25. De volta a cidade do amor

953 71 45
                                    

Terminamos de arrumar nossas coisas no hotel bem devagar visto que a cada cinco minutos parávamos para nos beijar loucamente. Isso era bom, poder beijar ele a qualquer hora, não só na frente dos outros para deixar nosso namoro falso real. Perdida nesse tipo de pensamento cheguei a conclusão que meu pior medo está acontecendo, estou viciada no beijo de Henri.

Fizemos o check-in no hotel às 10:17 e pegamos um taxi rumo a estação de trem.

— Primeiro as damas. — Henri diz para mim, me deixando sentar primeiro no trem para que eu ficasse na parte da janela.

— Está tão cavalheiro agora. — brinco me sentando na poltrona.

— Agora a gente praticamente namora, então tenho que mostrar um pouco esse meu lado se não não vou conseguir conquista-la. — ele explica.

— Bom, vou te dar uma dica de como me conquistar. Seja você, amo seu jeito chato de ser. — sorrio.

— Eu não sou chato, só tenho uma personalidade forte. — ele sorri de volta. Agora sinto meu corpo sendo projetado para trás, isso significa que o trem deu partida e que não há mais volta, realmente estamos deixando Marsella.

— Quer dizer então que ser insuportável significa ter personalidade forte? Ata! — exclamo pondo minha mão na frente de minha boca tentando disfarçar minha gargalhada provocadora.

— Você não pode falar muito de mim, petit monstre. — Henri rebate tirando uma mecha do meu cabelo do pescoço para beija-lo. Arrepiei com seu toque. Nunca me canso.

— E por que? — pergunto.

— Porque você é minha versão feminina. — ele se contém para não rir.

— Aí meus Deus! — exclamo. — Eu não sou sua versão feminina, Henri! Sou muito superior a você em vários sentidos. — dou uma pausa para pensar no Henri como uma mulher. — E meu Deus imagina você um menina! Ela seria muito feia! — sorrio botando meu cabelo em cima da cabeça de Henri para fazer um cabelo grande fake.

— Então torce para que nossa futura filha não seja parecida comigo. — Henri diz me fazendo parar de sorrir para encará-lo. Ele disse isso mesmo? Disse que quer ter um filho comigo? Meus olhos enchem de lágrimas.

— Você quer ter um filho comigo? — pergunto engolindo em seco para não chorar. É estranho ouvir isso dele porque Chay não queria ter filhos comigo então para mim é algo assustadoramente novo.

— Não só um mais vários. — ele segura minha bochecha e a caraicia. — Imagina vários Henri Junior.

— Oh não! — exclamo rindo. — Seria castigo botar o nome do menino assim.

— Ah é! — Henri começa a fazer cosquinha em mim.

O resto do caminho foi calmo, dormi no ombro do Henri enquanto ele acariciava meu cabelo, visto que ontem a noite fui dormir tarde por causa da festa de Matteo.

— Vamos para a minha casa. — peço ao Henri enquanto estávamos esperando o taxi na estação de trem. — Laurent me disse que hoje não precisaremos trabalhar e o tempo está pedindo para assistirmos algum filme.

— Oe! Lembra que você disse que eu não era bem vindo na sua casa? — Henri brinca fazendo sinal para um taxi para que ele parece.

— Antes você era apenas um imbecil pé no saco. Agora você é o meu... namorado? — explico. A palavra namorado faz Henri esboçar um sorriso fraco. Acho que até ele ainda não acredita no nosso status de relacionamento. — Por favor motorista, vamos para a Belleville. — peço dentro do táxi.

Aonde mora o amor?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora