Depois que Laurent disse que eu e Henri competiriamos o cargo de jornalista, o moreno ficou ainda mais focado no trabalho. Agora ele nem me provoca como antes.
Eu estava sentada na minha mesa tentando adivinhar o que Henri tanto digitava no computador. Será que estava fazendo uma matéria ou algo do tipo só para impressionar a Laurent?
Não vou me preocupar com ele, mas minha vontade mesmo era ir lá ler o que ele tanto escrevia. Para controlar minha curiosidade pego minha bolsa e ponho em cima da minha mesa na tentativa de procurar o meu batom nude. Pego junto de um espelho para passa-lo nos lábios, posso não ser expert em maquiagem, mas um batom eu sei passar.
No meio tempo entre passar o batom na minha boca olho de relance para Henri e vejo que ele estava me observando passar o batom. Como não perco uma, mando um beijo para ele e digo:
— Quer emprestado? Acho que combina com seu tom de pele.
Henri lançou um sorriso perverso que se desfez assim que ele levantou o dedo do meio para mim.
Que sem noção.
— Aqui pra você também! — digo retribundo o gesto com o mesmo.
— Stella? — ouço alguém perto de mim me chamar.
— Lorenzo! — respondo engolindo seco. Será que ele viu o gesto que fiz para Henri? Falando no imbecil, olho para ele novamente e vejo-o tirando o olhar de mim para focar no computador novamente. — O que faz aqui?
— Vim visitar minha estagiária preferida. — ele diz com um sorriso. — como estão as coisas aqui na La couture?
— Estão ótimas. — respondo. — Aceita algum café ou água?
— Não obrigado. — Lorenzo diz. Ele ia pronunciar algo, mas desistiu antes que se tornassem palavras. — Na verdade eu vim aqui te convidar para almoçar, topa?
— É… — estava num impasse, aceito ou não almoçar com o Lorenzo? Olho para Henri novamente e não sei o porquê. Vejo que ele estava olhando para nós dois, então digo com um grande sorriso:
— Claro! Vamos almoçar sim.
Henri parecia ter ouvido a minha resposta porque ele revirou os olhos e se levantou indo em direção a lanchonete.
— Que tal comida italiana? — Lorenzo pergunta me fazendo olhar para ele.
— Uma ótima.
Recolho minhas coisas e vou junto com Lorenzo até um restaurante que parecia super caro em frente a torre Eiffel.
— Já sabe o que vai pedir? — Lorenzo me pergunta quando chegamos ao local.
— Para ser sincera não. Existe uma infinidade de comidas italianas incríveis que fica difícil escolher só uma.
— Eu gosto de Inhoque. Meu avô sempre fazia esse prato para mim quando eu era mais novo. — Ren diz com um brilho nos olhos.
— Eu já comi inhoque algumas vezes nos Estados Unidos, mas acho que não se compara com o inhoque italiano verdadeiro. — digo.
— Uma vez quando eu fui na Itália para uma campanha publicitária eu visitei um restaurante super renomado, então pedi inhoque e foi instantâneo lembrar da minha infância. Incrível como comidas podem estar ligada a memória.
— Comer Hambúrguer me faz lembrar da minha infância. — digo tentando não rir. — Eu sei que parece ridículo, mas eu amava quando meus pais me levavam no MC Donald para comer Hambúrguer com batatas fritas.
— Não é ridículo. Cada um tem uma comida que marca a sua infância.
— Bom, acho que de tanto você falar de inhoque eu vou pedir esse prato, me acompanha? — pergunto.Realmente o prato estava incrível, nem se comparava ao inhoque industrializado que eu comia nos Estados Unidos.
Assim que terminamos de almoçar fomos andando até a La couture.
— Obrigada por não ter deixado a La couture. — falo enquanto andávamos.
— Não foi nada. — ele deu uma pausa e me olhou de relance. — O que você me falou sobre as pessoas que precisam dessa união me fez mudar de opinião. Você é boa em convencer. — Ele brinca.
— Anos de treino! — digo rindo.
De repente Lorenzo para de andar e me diz:
— Talvez você me mate, mas eu tive que fazer isso.
— O que? — indago com as sobrancelhas erguidas.
— Olha para trás. — ele pede.
E eu obedeci, olhei para trás e me deparei com uma banca de jornal qualquer. Fui para mais perto da banca, dando de cara com a revista da La Couture edição de inverno com nada mais nada menos que eu na capa.
— Eu estou na capa da revista? — faço a pergunta retórica toda eufórica.
— Gostou? Nada mais do que a menina que ajudou a salvar a La couture estar na capa dela. — ele diz botando sua mão em meu ombro.
— "Mulheres versáteis: de estagiária da La Couture para uma grande modelo. É claro que as mulheres podem dominar o mundo." — leio a manchete.
— Você está incrivelmente linda. — ele me diz apontando para a revista.
— Tenho certeza que isso tem dedo seu, Lorenzo.
— Um pouquinho. Viu ai, eu provei que você pode ser uma ótima modelo. — ele sorriu convencido. — Se mudar de ideia me procura.
— Eu procuro sim. — digo.
Quando cheguei na La couture ela estava quase vazia. Alguns funcionários não tinham voltado do horário do almoço ainda, inclusive o Henri.
Botei minha bolsa na mesa e então tive a ideia de ir até o computador de Henri ler o que ele tanto escrevia. Olhei para os dois lados e só tinha uma funcionária que estava focada e não iria prestar a atenção em mim.
Atravesso o corredor e me sento na cadeira de sua mesa. A primeira coisa que pude perceber foi seu perfume enjoativo que ainda estava empreguinado no local. Ligo o computador e dou de cara com o pedido de senha.
Como eu não tinha pensado nisso? Agora que já estou aqui não vou voltar atrás.
Normandia123. Essa é a primeira senha que eu tento e erro. Vamos raciocinar qual seria a senha desse imbecil? Lindinho123? Nem a data de aniversário dele eu sei para poder arriscar.
De repente uma luz se acende na minha cabeça. E se for essa a senha?
— Não custa tentar. — sussurro a mim mesma.
Tento e consigo desbloquear.
Isso me faz criar uma exclamação na minha cabeça, porque a senha do computador do Henri é petit monstre, o apelido que ele me deu?
E ai gente, o que acharam
Do capítulo?Esse Henri da muito
Mole kkkkkNão esqueçam de deixar o ❤.
Beijos e abraços, missSaah
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Aonde mora o amor?
RomanceDireto das ruas charmosas da França, está La Conture, a empresa jornalística de moda feminina e masculina mais estilosa. E por trás desse sucesso existem estagiários como a determinada Stella Stan, a americana que sonha em ser uma jornalista reconhe...