54. Somos um só

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[...]

— Porque eu confio plenamente em você. Porque eu te amo, Henri Rousseau, como nunca amei ninguém na minha vida. — concluo olhando em seus olhos azuis, cristalinos.

Ele parece surpreso, não acreditar no meu pedido. Não o culpo, tantas vezes já tentamos e falhamos. Só que dessa vez estou confiante. Estou certa do que quero. Do meu futuro.

Assinto sorrindo a ele. Passo meu nariz sofre a sua bochecha.

— Eu te amo. — Repito. — Eu te amo.

Minhas mãos caminham pelo seu peito. Sinto a região subir e descer de um jeito tão brusco e isso é muito prazeroso. Saber que causo algo assim no seu corpo me deixa contente.

Termino de desabotoar a sua camisa social preta que só estava abotoada só pela metade, enquanto encaro os seus olhos que estão focados em meus dedos.

Henri pega uma de minhas mãos e  acarissia as costas dela com seu polegar.

Seus olhos brilham como uma noite estrelada. Ele me estuda como se não acreditasse que estou bem em sua frente pedindo o que estou pedindo.

Ele aperta a minha mão sobre a dele. Em seguida ergue meu braço e me gira ao ritmo lento da música clássica que tocava no salão.

Seria Mozart? Não sei. Meu foco não está na canção.

Agora estou de costas para ele sentindo a sua respiração desgovernada em minhas costas. Ainda dançamos, mesmo que lentamente. Tento erguer meu rosto para olhar seus olhos mais Henri me impede depositando beijos em meus ombros.

Seus beijos... tinha me esquecido de quão bons podem ser.

Sinto o seu nariz roçando por todo o meu ombro enquanto suas mãos conduzem lentamente a minha cintura no ritmo da música.

Isso é tão incrível.

Me sinto a mulher mais especial do mundo quando Henri toca na minha pele.

— Está sentindo o meu cheiro? — Pergunto já sabendo a resposta. Minha voz sai fraca. É difícil falar quando suas mãos estão no meu corpo.

— Sim. — ele deposita um beijo na ponta do meu ombro direito. — Quando eu te falei que você é a mulher mais cheirosa desse mundo eu não estava mentindo. E, Deus, como eu amo sentir o seu cheio. — Henri aperta a minha cintura. Seus dedos em mim... suspiro baixinho. — Meu passatempo favorito quando estávamos juntos era sentir o cheiro de suas roupas. Cheiro da casa. Da minha casa. Talvez eu tenha ficado viciado nisso. — ele sorri sobre a minha pele.

Agora ele beija o meu pescoço, com mais intensidade, por isso ergo meu rosto para que ele consiga beijar um maior espaço de minha pele. Seus lábios dançam sobre a minha pele e eu quero transportar de felicidade. Quero me virar e beija-lo com todas as minhas forças, mas não faço isso porque seus beijos estão me mantendo estática.

— Quero que me beije mais. — ordeno com a voz fraca já que falar é difícil.

Por alguns segundo Henri não pareceu me ouvir. Seu foco estava quase por completo no meu pescoço, se afogando na minha pele. Arfando baixinho contra mim quando eu aperto uma de suas pernas.

— Levante. — ele pede quase que imperceptível. Sua respiração está descontrolada de mais, e isso de alguma forma é sentido pelo meu corpo. — Levante os braços. — Agora Henri ordena um pouco mais alto.

Entro em colapso ao sentir as mãos dele na bainha da minha camiseta. Seus dedos roçam na minha barriga e eu quero gritar mesmo sendo tão cedo. Seus dedos brincam sobre a minha pele de modo peoposital, sei disso.

Aonde mora o amor?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora