Capítulo 31

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– Amigaaa! Ana exclamou quando saí do provador com o que seria a última coisa que provaria, porque do contrário iria matá-la. – Você está linda com esse vestido verde. Nem precisa tirar! Agora vamos comprar uma sandália bem linda para combinar...

O vestido era realmente muito bonito, frente única, quase no estilo anos 60, relativamente curto, em um tom de verde que combinava com meus olhos. Ela ainda comprou uma sandália em um tom bege, com um saltinho médio. Ana estava com um vestido tomara que caia rosa envelhecido, lindo. Fomos para a casa dos pais dela, as outras sacolas seriam entregues depois. Eu estava exausta.

Já deveria imaginar que Ana não resumiria meu aniversário a uma tarde de compras. Chegamos à casa dela e tudo estava escuro. Quando entramos, acenderam-se as luzes e ouvi um grito coletivo de "surpresa!"; tinha bastante gente lá dentro. A casa estava enfeitada e havia um bolo que dava no mínimo para o dobro de pessoas. A família da Ana e algumas pessoas do colégio cantavam parabéns para mim, enquanto Ana me empurrava em direção à mesa onde estava o bolo com uma vela rosa em formato de estrela.

Não contive algumas lágrimas, nunca havia ganhado uma festa, meus aniversários eram restringidos à família Werner. Não que eu não gostasse, mas nunca tinha sido nada assim.

Estava tudo muito lindo, enfeitado com bexigas cor-de-rosa e brancas. Abracei Ana, e ela também deixava algumas lágrimas escaparem. Quando acabaram de cantar os parabéns, ela pediu que eu fizesse um pedido antes de apagar a vela.

Olhei para todos ali e o vi. Gabe estava do outro lado da sala, me olhando com uma cara apaixonante; já sabia o que pediria. Se essa coisa de pedido de aniversário funcionasse, então muito em breve eu saberia absolutamente tudo sobre Gabe, e ele nunca mais se afastaria de mim.

Assoprei as velas e as pessoas vieram me abraçar e entregar presentes. Conhecia a maioria só de vista (já que eu não era muito sociável) ou então dos passeios que fiz nas últimas semanas com Teddy, mas todos me deram presentes, nem sabia o que abrir primeiro.

Eu estava muito emocionada. Os pais da Ana, que eram como se fossem pais para mim, me deram o "iPod surpresa". Teddy me deu um ursinho e um cartão, no qual dizia que o nome do urso também era Teddy e que, pelo menos, o urso poderia estar na minha cama. Acabei rindo daquilo, era típico dele. Gabe parou do meu lado e leu o cartão por cima do meu ombro.

– Ele está pedindo para morrer, só pode – eu sabia que ele estava brincando, pela sua voz divertida e a revirada de olhos. Eu apenas sorri. – Ainda pego esse sujeito – ele disse, ficando do meu lado e analisando todos os presentes, pelo menos não foi matar o coitado do Teddy.

Ganhei uma bolsa da Ariel, um chaveiro de coração do Rafa, que fez com que Gabe fechasse os punhos, um DVD do Anderson, e tantas outras coisas que mal sabia qual era de quem. As meninas do vôlei me deram roupas, Danny me deu uma linda luminária.

Por fim, fomos para uma improvisada pista de dança na sala. Algumas pessoas conversavam pelos cantos da casa, e os pais da Ana conversavam na cozinha com alguns de nossos amigos. Gabe me puxou para o andar de cima, quando percebeu que não estavam mais prestando atenção em mim. Fomos para a sacada, que era no quarto da tia Su e do tio Roberto.

– Feliz aniversário – ele disse, sussurrando em meu ouvido e me abraçando.

– Obrigada! – consegui dizer, meio sem jeito.

– Você ficou lindíssima com esse vestido – Gabe segurou uma das minhas mãos e me vez girar para que ele pudesse me ver por completo; óbvio que fiquei pink. – Sou ótimo para dar presentes – ele disse cinicamente.

O Último BeijoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora