CAPÍTULO 46

308 40 17
                                    


Boa leitura!♡

SENTI UMA FORTE ANSIEDADE quando Hugo parou o carro na frente da clínica. Olhei para o meu marido ao meu lado e sorri.  Íamos ser pais, era inacreditável. Eu não conseguia encontrar palavras para descrever a alguém o que eu estava sentindo.

Com ajuda de Liu eu desci do carro. A roupa escolhida mostrava a leve protuberância  da minha barriga. Sempre achei que seria aquelas grávidas de barrigão enorme, mas aparentemente não era esse o meu caso, o que era bem-vindo para ser sincera. Pena que não posso falar o mesmo dos meus seios, eles estão grandes e um pouco pesados,  nem quero imaginar quando estiverem cheios de leite, não agora. 

Ao entrar na sala enrolei o meu braço no de Liu com coração batendo um pouco mais acelerado do que o normal.  

— Vamos ao que interessa? — o médico perguntou inclinando um pouco a cabeça para frente assim que entramos na sala.  

Eu virei para Liu com um grande sorriso animado, ele me encarou, parecia estudar minha feição, e por fim franziu o nariz liberado um pequeno sorriso torto.

— Sim. — suspirou Liu, ao responder o médico. Olhei bem para ele e percebi que estava tentando disfarçar o nervosismo e achei interessante. Apesar do seu jeito peculiar ele era gente como a gente. 

Já deitada, eu esfregava com as pontas dos dedos o cobertor branco debaixo de mim. Estava louca para saber o sexo, queria poder conversar com o bebê de uma maneira mais íntima quando o mesmo chutasse a minha barriga. Agora dava para sentir cada movimento seu, e era tão mágico a sensação de sentir outro ser dentro de mim. É tão única e sublime.

Assim que levantei a minha blusa o médico passou o gel, procurei Liu com os olhos, o encontrei reparando em cada passo que as mãos do médico fazia. Ele parecia hipnotizado, o que me deixou presa nele, encarando com carinho. Naquele momento eu queria poder abraçá-lo com força, demonstrar que apesar de tudo parecer assustador era também encantador.  

O barulho  que soou do coração batendo bem acelerado enchendo toda sala me deixando mais uma vez paralisada. Os meus olhos começaram a encher de lágrimas. Escutar o coração do bebê batendo transformava tudo mais real. O som era o mais maravilhoso que eu já escutei em todo universo. 

Enquanto o médico conferia todas as medidas do seu corpinho, eu tentava visualizar o pequeno ser que aparecia na tela do monitor, em meus braços. 

— Vocês vão querer saber o sexo do bebê agora, estou certo? 

— Sim. — respondeu eu e Liu ao mesmo tempo. 

—  O bebê de vocês agora tem 12 cm, e 110 gramas. É uma criança perfeita, sem nenhuma anomalia aparente.  — É um grande alívio descobrir isso, saber que o meu filho não tinha três braços e nem três olhos era muito confortante. 

O médico começa a chacoalhar um pouco o aparelho de ultrassom na minha barriga.

— Vamos, deixa de ser preguiçoso, papai e mamãe quer saber se você é menina ou menino... Olha  aqui mãe. — o médico aponta para o monitor na parte maior  do bebê que era cabeça. 

O dedo dele está apontando para uma parte mais escura naquele local. 

— Olha, está bocejando, parece que está se preparando para dormir. Vou mexer um pouco mais a sua barriga.

Meu Anjo Azul #2/ Segunda EdiçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora