CAPÍTULO 23

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Boa leitura!♡

 ESTAVA DEITADA no peito de Lincoln. O tomei para mim de uma maneira tão impulsiva. Fiquei até com receio dele negar o meu desejo por estar muito cansado da viagem. Que bom que não fez, ficaria arrasada se tivesse feito naquele momento. Estava precisando tanto ser acalentada por ele. Essa semana além da saudade bater constantemente a porta do meu coração teve problemas com Amanda. Apesar dela estar bem, o susto para mim foi muito grande. Nunca pensei que ia passar por algo assim.

Com cuidado eu saí dos braços de Lincoln para não acordá-lo. Ele fez um ótimo trabalho me consolando, porém foi muito exaustante. Não dei tempo para ele descansar. 

Naquele mesmo dia já à noite eu e Liu conversamos um pouco. Contei tudo que tinha acontecido com Amanda, e novamente voltei a chorar. Ele me consolou como eu sabia que faria. E quando falei que esse era o motivo que tinha feito Marcos estar em  casa naquele horário, ele contou que mesmo assim não gostou, e que não queria que aquilo se repetisse. Falou que Marcos poderia vir desde que ele estivesse em casa. Eu compreendi e não o questionei.

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AO passar pela portaria do prédio, Clóvis o porteiro veio falar comigo. Ele era um homem muito conversador, se deixar ele fica horas falando.

— Dona Alice, tudo bem? — me abordou e logo os meus olhos foram para sua gravata torta. Parecia que ele não sabia dar o nó  correto nela. 

— Tudo, Clóvis. 

— Então o Mestre falou sobre o evento beneficente que ele vai fazer para ajudar a minha sobrinha? — abre um largo sorriso quando o escuto chamando o Liu de Mestre. 

— Sim. Eu já estava vendo uma data para esse evento acontecer, o que você acha do dia 28 de agosto? Fica bom para vocês?  — com os olhos muito, mais muito emocionado ele levanta as duas mãos para o céu e agradece. 

   

Quando Liu me falou sobre esse assunto, eu questionei se não seria melhor dar a cadeira a garota sem precisar do evento. Ele me relatou que não foi isso que Clóvis pediu, e sim para ele fizesse um show e arrecadar dinheiro. Me contou que Clóvis também falou que a família dela gostava muito de vê-lo tocando, e queria poder juntar o útil ao agradável. Depois disso eu não questionei mais.  O importante era que ele iria ajudar.  

    

— A data que a senhora marcar tá ótimo pra  gente, já até falamos com o proprietário do local e ele falou que a qualquer momento, era só pedir. O local não é muito grande, eu acho que dá para umas 300 pessoas. Eu sei que o Mestre está acostumado em fazer apresentações para muita gente…. 

— Clóvis! — eu o interrompi colocando a minha mão no seu braço.

— O importante desse evento, não é a quantidade de pessoas que vão, Lincoln não está se importando com isso. Vamos focar no verdadeiro propósito que é ajudar sua sobrinha, está bem? Eu irei colocar alguns anúncios na internet sobre o evento. E vou colocar todas as informações que precisa, como conseguir os ingressos e essas coisas. Não se preocupe, vai dar tudo certo. 

— Muito obrigado, dona Alice, só Deus para pagar o que vocês estão fazendo por minha família. 

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JÁ no meio de julho eu comecei a sentir muito mal-estar, não sabia o motivo. Comecei a sentir muitas dores de cabeça, e sempre me sentia indisposta. Quando Amanda me ligou  só piorou. 

Estava uma tarde chuvosa, eu me encontrava sentada tomando uma xícara de chocolate quente com Lia em meu colo, enquanto olhava algumas redes sociais sentada na sala. Liu estava tentando compor alguma música  no seu piano. 

Meu Anjo Azul #2/ Segunda EdiçãoWhere stories live. Discover now