CAPÍTULO 22

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Boa leitura!♡

﹏﹏LIU﹏﹏

  HUGO PEGOU as minhas malas para colocar no carro que já estava aqui nos esperando antes mesmo do jatinho pousar.  

Gosto de tudo bem organizado, já pronto para mim. Não suporto esperar, ela me traz uma ansiedade muito grande. Lembro como foi agonizante para mim esperar Alice no altar para poder nos casar, e torná-la oficialmente minha, e como não bastasse tudo aquilo, sua amiga  não me deixou vê-la de maneira nenhuma. Me falou que era um ritual. Não entendia para quê esse tal de ritual? O mundo inventa cada coisa sem sentido. 

Se qualquer pessoa marcar comigo um horário eu estarei lá em ponto, nem antes e nem depois, e quero que a outra pessoa também me ofereça a mesma pontualidade. Até porque, se não oferecer simplesmente não saio e nem marco mais nada com aquela pessoa. 

Piso na pista isso ando rapidamente, com as mãos enfiadas no bolso da frente da calça brim. 

— Lincoln! — grita de modo exagerado o meu empresário.

   Eu não lhe dou atenção, continuo com os meus passos firmes ao encontro do carro à minha espera, quero chegar o mais rápido possível em minha casa. Estou com muita saudade da Alice, ir sem ela é algo bastante difícil de fazer. Eu ficaria feliz se ela decidisse me acompanhar sempre, não gosto e nunca gostarei de dormir sem ela ao meu lado.

— Ei, Lincoln. Eu sei que você está escutando. — berrou ele, correndo atrás de mim. 

    Impossível seria não escutá-lo. Arthur está gritando sem necessidade alguma. Afinal de contas, não estamos tão longe um do outro assim.

 Não respondi porque não queria realmente conversar com ele. Será que não foi o bastante a nossa conversa na vinda para cá? Os meus ouvidos já não aguentam mais. Eu me segurei para não colocar as minhas duas mãos no ouvido para tapá-los. Não queria ser rude, porém já estou sem paciência. E, paciência era algo que eu não tinha muito, a pouca que me restava eu guardava especialmente para minha querida esposa, pois ela usava todas que eu tinha. As pessoas cobram tanto compreensão de mim, quando me ofereciam tão pouco, porque sempre eu tinha que entendê-las? Já que as mesmas se esforçaram tão pouco para me entender? Cobraram tanta empatia de mim quando elas não me oferecem na mesma medida. Mundo mesquinho, egoísta. Por que elas não poderiam viver nas suas benditas bolhas próprias?  Não, tinha sempre que querer mexer na bolha dos outros.

— Qual é Lincoln, Vai me ignorar? — sou obrigado a parar quando ele pega no meu antebraço. Olhei de cara feia para sua mão e só tirei o meu olhar dela quando ele o soltou. 

— Sabes que é um equívoco pegar em mim dessa maneira. — falei incomodado e voltei a andar o ignorando novamente.  Será que não está claro para ele que eu não quero conversar? 

— Saiba que vai ter uma hora que os seus fãs vão cansar de você. E não sei até quando eu irei te aguentar, você deveria ser mais receptivo, Lincoln. Nunca esqueça que você chegou em cima do pódio com a minha ajuda. — Escutar tudo aquilo foi demais para mim.  

  Lentamente eu me virei para ele já perto do carro.

— Esses fãs que você está falando, são pessoas que admiram o meu talento, elas gostam de me ver tocar. É apenas isso, eles não são os meus amigos, então pare de tentar me obrigar a sentar  com eles em uma rodinha como se fosse. Só  porque são pessoas da elite, isso é uma besteira. Eu não me importo quais são as posições delas. Sou filho do ser mais importante do mundo, você acha que vou me importar? Não vou me submeter a algo que eu não quero para agradar a um governador ou qualquer outro.  Você, melhor do que eles, sabe que eu não sou assim. Não é dessa maneira que funciona comigo. — eu paro um momento para respirar e continuo com o meu sermão.

Meu Anjo Azul #2/ Segunda EdiçãoWhere stories live. Discover now