CAPÍTULO 4

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Boa leitura!♡


ESTAVA  com a Sra. Laura na sala enquanto Liu e seu pai conversam com um amigo no escritório. O assunto era que Lincoln iria apoiar uma ONG já existente de um conhecido que ajuda crianças carentes que não tem condições de custear um curso de música.

Ele fez uma apresentação beneficente para outro conhecido que tem uma instituição que ajuda mães carentes em umas das favelas aqui em São Paulo. Foi lá que Liu teve o conhecimento da ONG e quis ajudá-la. A mesma estava pensando por um momento difícil financeiramente.

Meu marido sempre ajuda essas ONG, porém especificamente essa quis participar mais.
Ele gosta bastante de ajudar as pessoas sempre no secreto. Liu as ajudam porque elas precisam e não para se promover perante a sociedade.

Fico muito feliz por ele querer ajudar tanta gente.

A ONG não só ajuda apenas dar cursos gratuitos, mas também dá suporte para que os alunos tenham dignidade no meio social.

— Meu filho está muito empolgado com tudo isso. — confessou a Sra. Laura com sorriso radiante.

Eu sentia que ela está muito orgulhosa do filho, mas orgulhosa do que já era.

Eu também senti muito orgulho dele, pois nós sabemos que estamos nesse mundo para ajudar uns aos outros. É isso que Jesus nos ensinou.

— Verdade. Mas eu devo confessar que eu não tive sossego depois que Liu teve essa incrível ideia. Ele não para de falar, virou assunto do momento.

— Eu imagino.

Ele ficou conversando por horas, sobre a ONG enquanto eu queria muito dormir, mas Liu não deixou. Ficava me relatando como era importante essa ONG. Pesquisou o site delas e sempre que ele via uma foto que achasse importante me chamava para ver. Às vezes eu acabava de pegar no sonho e, ele me acordava mesmo assim. Eu brigava bastante dizendo que estava na hora de dormir mas nada adiantava, só quando ele se sentiu vencido pelo sono se deitou, isso lá pra 2hs ou mais.

— Fomos dormir mais de 2hs, senhora acredita? — relatei, coloco uma das mãos em cima de uma das sobrancelhas.

Ela começou a rir e eu a acompanhei.
Liu e as suas peculiaridades.

— Ah, e sua amiga como está com o lindo bebê dela?

Enzo era um bebê muito bonito mesmo. Ele era filho da minha amiga Val, que eu amo como se fosse uma irmã. Fiquei tão feliz quando ela veio morar definitivamente aqui no Brasil. Principalmente porque eu não tinha outras amigas.

Tenho minha irmã que era para ser  minha amiga, porém ela não é. Amanda é muito interesseira, só aparecia quando queria alguma coisa. Eu não me importo muito, pelo menos ela falou que me perdoou e que ia tentar ter um relacionamento comigo por causa do filho dela que me amava. Aquele blá, blá, blá de sempre.

— Estão bem. Ela falou que tem dormido pouquíssimo depois que ele nasceu.  Relatou que ele só poderia ser descendente de vampiro, porque o menino  queria dormir de dia, e à noite ficava ligado no 220.

A Laura dá um sorriso discreto quando escuta.

— Eu gostei muito da sua amiga apesar dela não ter muito juízo, gosto de quem sempre me faz rir.

— Qualquer coisa eu entro em contato com vocês. — escutei o moreno alto falar para eles quando abriu a porta do escritório de repente.

— Tudo bem, muito obrigada pelo esclarecimento, nós estamos muito felizes por essa parceria, principalmente porque vai ajudar muito mais crianças. — Sr. Álvaro fala enquanto aperta a mãe do moreno alto.

— Vamos para casa, querida? — o meu sogro voltou a falar logo assim que se sentou ao lado da sua mulher, depois que o amigo deles foi embora.

— Vamos comer o bolo que a Alice fez para gente, querido. — avisou ela.

Eu amo cozinhar apesar de não ser lá essas coisas, mas eu gosto de praticar. Quem sabe um dia  chegue lá. Laura sabe que eu sempre gosto de fazer alguma sobremesa quando eles vêm para cá, isso já virou lei, até o Liu já se acostumou.

Levantei para começar a servir o bolo.
Fiz um de chocolate, que modéstia parte, está com a cara ótima. Eu sempre gosto dos bolos que faço, meu marido que é muito crítico, sempre tem algo a dizer. Helena  me ajudou levando a bandeja com o bolo para servir.

Eu trouxe a bandeja com as  xícaras. Um café para mim e o meu sogro, chá para Liu e minha sogra.

Conversamos umas meia hora antes deles ir para casa.

A conversa principal foi sobre a ONG, porém Laura abordou o assunto sobre nós temos filhos. O assunto não durou muito tempo já que meu marido não se interessava sobre ele. Liu nunca está interessado na verdade, sempre que eu converso sobre termos filhos ele puxa outro conversar e eu acabo deixando. Não faço a mínima ideia por que ele tem essa atitude. Chego a ficar um pouco preocupada, mas tento deixar isso para lá por enquanto. Até porque no momento não penso em ter filhos, só daqui uns três anos mesmo, quero aproveitar meu casamento um pouco.

— Eu estou bem empolgado com a ONG. — confessou balançando a cabeça para frente e para trás.

— Fico muito feliz por você está, contudo a gente vai dormir cedo, me ouviu? — apontei o meu dedo indicador para ele.

— Mas a gente no combinou que todas as terças tinha namoro à noite?  Independente do que aconteça. — ele joga as mãos no ar ao me perguntar.

Eu olho para o meu marido balançando a cabeça de um lado para o outro com as bochechas vermelhas.

Isso está  na lista que nós fizemos.
Com ela ficou mais fácil de saber onde Liu gosta de ser tocado e onde não gosta no nosso momento íntimo. 
E a sugestão de namorarmos toda terça-feira partiu dele, não que a gente não namorasse outros dias, porém nas terça-feira era sem falta.  Não queríamos ficar muito tempo sem esses momentos. Eu acredito que seja como se fosse uma rotina para ele. Liu falou que não queria deixar a desejar, colocou um dia na semana. No começo eu tive dificuldade em aceitar, porque me parecia que ele fazia mais por obrigação, porém quando a gente levou o assunto para terapeuta ela me explicou que isso seria legal para nossa vida conjugal.
Falou que seria como uma prioridade para Liu, então ele iria se adaptar melhor, e não  por obrigação. Perante tudo isso eu acabei aceitando.

— Verdade. Me desculpa. Mas por favor não vamos dormir muito tarde.

Eu avisei, pois Lincoln se perdia muito fácil em seus pensamentos que nem percebia as horas passando.

— Tudo bem. Eu vou ficar só um pouco no escritório depois de jantar.
Informações

INFORMAÇÕES

O autismo,  então, segundo especialistas,  segue continuamente e dura por toda a vida e, ciclicamente,  os sintomas podem aumentar ou diminuir no decorrer da vida e , por este motivo,  é que o diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais.


Enfim postei o quarto capítulo. Ufa! 😄😄 Não esqueçam de votar, isso incentiva muito. Beijos azulados 😘

Meu Anjo Azul #2/ Segunda EdiçãoWhere stories live. Discover now