CAPÍTULO 53

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Boa leitura!♡

 NUNCA EM MINHA  EXISTÊNCIA  acreditei em amor no primeiro olhar. É um tempo pequeno demais para um sentimento tão profundo. Contudo algo “mágico" aconteceu, não que eu acreditasse em mágica, mas a palavra me pareceu apropriada para o acontecido. 

Pois no momento em que  vi o ser pequeno e delicado, deitado na barriga da mulher que amo, não houve qualquer dúvida sobre o sentimento que encheu o meu coração. Foi arrebatador! Eu daria tudo que tinha, só para vê-la feliz. Por outro lado, o medo de não ser tudo o que elas precisavam me partir ao meio. Era assustador! Eu sabia que a minha condição me deixava um ser pouco amável  muitas vezes,  Alice não concordava com isso. Bom, ela me chama de Anjo Azul, mesmo não sendo nada disso. Sou humano como qualquer um. Nunca quis ser visto como um ser perfeito, ou qualquer outra coisa parecida. Estava longe de ser algo assim. 

Anjo parecia a Lúcia — Olha só para ela — sorri encantado, todo bobo. Ela era linda. Sério: linda mesmo. Me senti paralisado. Será que era possível explodir de orgulho por elas? Não sabia dizer. Lúcia era incrível, e saber que eu fazia parte daquilo parecia irreal. 

Mesmo tendo pouco cabelo dava para perceber que eram loiros. Suas mãos, pés, eram perfeitos e maravilhosos. Tão pequenos. Uau, deu para ver tudo acontecendo. Alice tinha inclinado a cabeça e apoiado no meu ombro e um segundo depois, nosso lindo bebê tinha nascido. Pensei que iria entrar em pânico, contudo acredito que o bom e extraordinário Deus pois suas grande mãos em mim e acalmando-me.

»»——⍟——««

  MEUS PENSAMENTOS ILUSÓRIOS

em relação à volta da minha filha para casa após uma semana foram jogados e pisados em piedade pela Dra. Luciana, quando informou que Lúcia não sairia tão depressa de lá. Relatou que apesar do ganho de peso, Lucy tinha que ficar mais um pouco. Me doeu saber, era sofrido não poder levá-la para nossa casa, desejava muito que ela conhecesse o seu lar, o quartinho que decorei com amor.

Voltei mais uma vez sem meu pacotinho rosa que tanto amava, chorei ao deitar na cama abraçada ao Liu com saudade dela.

A Lucy tinha uma boquinha linda em formato de coração, seu cabelo loiro como o do pai, eram sedosos, e brilhantes igual ao sol da manhã.

Ela não tinha cara de joelho como as pessoas falam que os recém-nascidos têm. Os seus olhos eram tão lindos  quanto ela. O direito era uma cor  alaranjada, provavelmente iria ficar com a cor de âmbar, parecidos com os meus. Já o esquerdo era verde-claro igualzinho aos de Liu. Minha Lucy tinha um pouco de nós dois, mais do pai, muito mais para ser honesta.  — Meu Deus! Igualzinho ao sonho que tive há um tempo atrás antes mesmo de estar grávida. Tinha sido uma revelação?

Na última noite dela no hospital fui pega de surpresa com Liu conversando com a nossa filha. Meu marido estava  sentado com Lucy no seu colo quando eu cheguei. Fiquei escondido observando eles.

— Devo dizer uma coisa, Lúcia — sussurrou olhando para ela.  — Você parece uma coisinha tão frágil, mas, por Deus, é bem durona! 

No batente da porta sorri, encantada com eles juntinhos.

— Continue assim, está bem? — ele falava tão sério que parecia que Lucy já tinha idade para entender. 

— Às vezes, mesmo sem querer sou arrogante, então fique firme e tenha paciência com seu pai. 

A nossa filha soltou um gemido como se estivesse concordando.  

Ver ele conversando com ela me deixou terrivelmente emocionada.

Meu Anjo Azul #2/ Segunda EdiçãoTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon