CAPÍTULO 16

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Boa leitura! ♡

 RESPIREI profundamente quando coloquei a mão na maçaneta da porta. 

— Liu. — Chamei logo que abrir a porta. De cabeça baixa com as bochechas vermelhas entrei. 

— É melhor você voltar outra hora, querida. — o tom da sua voz parecia manso, mas tinha algo a mais. 

Ele estava debruçado sobre o piano. Nem levantou a cabeça.

Olhei ao redor, para ver se estava tudo em ordem. Aparentemente sim, porém quando olhei para o chão encontrei o seu celular jogado lá. Ah não.

Culpada, me abaixei e peguei. Com passadas leves fui ao seu encontro e coloquei o celular em cima do piano. 

— Bem. — comecei insegura. 

— Achei que deveria vir até aqui lhe pedir desculpas. É totalmente inaceitável o que eu fiz. Eu deveria ter lhe perguntado primeiro, antes de tudo. — Sou uma bagunça tão grande que tenho medo dele em algum momento me deixar. 

Por que eu sempre tenho que pensar o pior?

— Eu desculpo você, apenas não faça de novo, por favor. — O fato dele falar com a cabeça ainda encostada no piano me desequilibra emocionalmente. Eu queria tanto ser uma boa esposa para ele. 

— Eu tenho tanto medo, Liu. De ficar te magoando, e um dia você cansar e me deixar. Você disse uma vez que se eu mentisse para você novamente iria me deixar, porque não aguentaria passar por aquilo de novo. E se em  algum momento você não aguentar mais esse meu jeito que acaba te magoando? 

— Sabe por que você pensa assim? — finalmente ele levanta a cabeça, mesmo que ainda não olhe para mim.  

— Você está presa ao meu diagnóstico. Parece que não está mais conseguindo me ver além disso.  Porque eu sei que sou muito mais do que uma droga de diagnóstico. Só eu, mais ninguém sabe o que é todo dia levantar e enfrentar esse mundo. Ninguém conhece a minha dor e também ninguém conhece as minhas vitórias. Apenas eu. Apesar delas não verem, luto todos os dias contra mim mesmo, e lutarei para o resto da minha vida. Para mim tudo bem, desde que Deus e você sempre estejam do meu lado.  — Ele olha para mim e eu percebo o motivo dele ter evitado o contato visual e, aquilo me despedaçou. Os seus olhos estavam vermelhos e inchados.

A minha insegurança o machuca e o perturba.

—  Antes de me casar com você, minha mãe veio falar comigo. Ela me falou que o casamento era igual uma rosa. Ela falou e foi embora. Eu fiquei pensando o que isso queria dizer, só depois eu percebi que ela usou a rosa porque ela era bonita mas nem por isso não continha espinhos.  O casamento é bom e bonito, mas isso não quer dizer que não terá dificuldade. Alice, por você eu suporto todos os espinhos. Amar é isso? Suportando os obstáculos juntos, eu nunca largarei tua mão. Lembra do versículo que o pastor falou no casamento? Porque o amor tudo suporta. O amor é a essência de Deus. É por isso que eu digo todos os dias que eu te amo. Sei que gosta de escutar. Beijo você inúmeras vezes ao dia porque eu sei que gosta de ser beijada. A necessidade não é minha de expressar sentimentos sempre, porém eu faço por você. E não pense você que não vale a pena, porque vale muito. Ver o sorriso nos seus lábios todas as vezes que me escuta dizer que eu te amo, me deixa feliz também.

Não sabia o que dizer, depois das duas lindas, apenas chorava. Meu marido era um anjo enviado de Deus para mim. Isso me fazia sentir tão, tão ocupada.

— Para de ter dúvida do meu amor por você. Isso não faz bem para nenhum de nós dois. Vem cá. — ele pega minha mão e me faz sentar de lado em seu colo.

Ele enxuga meu rosto e dá um beijo na minha testa. Eu fecho os olhos para aproveitar a sensação dos seus lábios. 

— Não pense você em nenhum momento que  eu vou embora por causa dos espinhos. Sou bastante forte, Alice. Tenho minhas crises, eu sei, mas depois que elas passam, eu volto a ser esse cara  pronto para encarar mais um espinho. — desse afagando meus cabelos.

— O que é isso? — ele perguntou olhando para a sacola que eu trouxe comigo.
— Foi o presente que eu ganhei da Val. 
— Você trouxe o presente dela pra cá… por quê?
— Quero mostrar a você.  Quem sabe você  queira ver eu com ele hoje à noite. 
— Quando a gente for para cama?

 Perguntou com ternura, colocando um dos fios de meu cabelo atrás da orelha. Eu adoro quando ele faz isso. 

— Sim. — confirmei olhando para a sacola em minha mão com as bochechas provavelmente vermelhas.
— Me mostra? —  eu encarei seus olhos vermelhos e inchados. 
— Deixa eu beijar os seus olhos? — eu pedi com carinho
— Não precisava pedir, fica à vontade. O meu corpo é o teu corpo. — Ele é tão lindo! Sorri com o seu jeito.

Eu beijei delicadamente cada um. Eles estavam quente.

— Agora me mostra o que tem aí nessa bolsa, Sra.Lincoln. — envergonhada eu tiro da bolsa um espartilho todo em renda vermelha, junto com uma calcinha extremamente pequena também de renda  vermelha. 

Fiquei tão encabulada quando ele pegou a calcinha minúscula de cada lado.

— Isso cabe em você? 
— Acredito que sim. — respondi com rosto da mesma cor do tecido das peças, com certeza. — Nossa! — reage ele escorrendo a mão no cabelo. 

Eu tomo a calcinha da sua mão e coloco ela novamente dentro da sacola com a outra peça também. 

— Estou ansioso para a noite chegar. 
— Seu bobo. — selo os meus lábios nos seus e quando eu tento me afastar de sua boca, Liu Coloca a mão atrás da minha cabeça aprofundando mais o nosso beijo.  Cada beijo seu, era para mim um eu te amo sem palavras.

  Cada beijo seu, era para mim um eu te amo sem palavras

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Esse foi o capítulo mais curto desse livro até agora. Hahaha

Meninas, podem comentar.Gosto muito de ler os comentários de vocês.

Meu Anjo Azul #2/ Segunda EdiçãoWhere stories live. Discover now