Epílogo

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Epílogo

Boa leitura!♡

Estava dormindo quando senti a mão do meu marido me sacudir um pouco zangado. Tínhamos deitado tarde, por causa do aniversário da nossa filha de um ano. Não dava para acreditar que o meu pacotinho rosa estava crescendo. Confesso que chorei quando soprei a vela junto com ela. Lucy estava linda vestida com o seu tutu rosa de bailarina. Quando meu marido tocou a música que fez para ela, eu chorei horrores. Lucy estava tão encantadora agarrada à perna do pai procurando um apoio para se remexer com as notas alegres que enchia o ambiente. 

— Seu celular não para de tocar, Alice. Pelo amor de Deus, atenda. — ele mal acabou de falar e o celular voltou a tocar.  

O quarto ainda estava escuro. Fiz uma careta ao procurar o celular que não parava de tocar. Liu resmungou pela minha incompetência de acha-lo na escuridão. Fiquei chateada com a pessoa que está me ligando aquela hora, tive vontade de ignorar a ligação, mas não fiz,  minha consciência simplesmente não permitiu. Se estavam me ligando aquela hora era algo importante. 

Eu arregalei os olhos, preocupada quando vi o nome na tela. 

Por que o Marcos está me ligando a esta hora?

 Passei a mão no rosto para expulsar o sono que teimava em mim. 

Liu sentou e franziu a testa, irritado.

Alice — A voz do Marcos pareceu dolorosa do outro lado da linha, o que fez o meu sono simplesmente desaparecer.

Quando ele falou o motivo da ligação, senti como se tivesse arrancado um pedaço do meu coração. Não poderei ser, não de novo. 

Vem pra cá — implorou em um sussurro, e a dor na sua voz era gritante. Ele parecia em pânico e sem saber o que fazer.

— Sim. Estou indo— falei tentando não demonstrar a tristeza em minha voz.

Com as mãos trêmulas eu coloquei meu celular na cama quando a ligação foi encerrada. Respirei profundamente e fui para o closet me trocar.

— O que você está fazendo? — Liu perguntou, intrigado quando entrou no closet. 

Eu não tinha tempo para explicações, simplesmente precisava sair. 

Enquanto vestia o meu casaco contei de maneira breve para onde estava indo e o motivo. Ele quis me acompanhar, porém não podia, já que tinha que ficar com a nossa filha.

Eu não chamei o Túlio para me levar, era cedo demais para incomodá-lo. Ao entrar no carro respirei fundo, tentando reter as lágrimas. Eu tinha que parecer forte, ela acreditava que nunca mais passaria por aquilo de novo…eu também.

Continua…

Meu Anjo Azul #2/ Segunda EdiçãoWhere stories live. Discover now