CAPÍTULO 20

377 43 13
                                    

Boa leitura!♡

  SUBIMOS com ela nos braços de Marcos.  Fomos direto para o meu quarto e levamos para o banheiro. Enche a banheira para colocá-la. O semblante da minha irmã estava assombrado, ela estava tão diferente que quase não dava para reconhecê-la. Fui tentar abrir o zíper do seu vestido, não consegui, pois ela estava muito agitada. 

  — Amanda deixa eu te ajudar. 
  — Eu estou com medo, queria o meu pai. Toda menina tem que ter o pai para proteger ela, quando precisa. — quando ela falava assim me deixava emotiva.
— Posso ajudar? — escutei a voz de Marcos vindo do quarto. 

Pensei seriamente em negar sua ajuda, não seria confortável para ninguém ter ele aqui quando ela estiver sem roupa, contudo eu não conseguiria sozinha. 

  O braço de Amanda tinha manchas roxas. Parecia que alguém tinha assegurado com força. 

   — Ei, Amanda, vamos lá? A gente está aqui para te ajudar, sem julgamentos nenhum. — só bastou Marcos garantir aquilo, para ela  começar a falar coisas que eu não queria acreditar que fossem verdade.
— Eu pensava que ela era minha amiga. Eu falei não para ele, mas ele não queria parar. Tinha alguma coisa na minha bebida. — ela caiu no choro outra vez e nós não conseguimos entender mais nada do que ela falava. 

    Escutar aquilo foi como um soco no estômago. Sentir tanta raiva de quem fez isso com a minha irmã. 

    — Fica calma, gatinha. Vamos tirar seu vestido, você precisa de um banho para depois descansar. 

     Com um pouco de dificuldade, Marcos conseguiu tirar o vestido dela, e com apenas a parte de baixo da lingerie ele colocou ela na banheira já cheia. Rápido peguei um sabonete líquido e lhe dei junto com esponja de banho. 

   — Obrigada. — ele diz ao colocar o líquido na esponja e começa a passar nos braços dela. Ele começou a banhá-la como se Amada fosse uma criança. 

    Eu não parava de chorar, ver ela daquele jeito me abalou demais. Eu tentei sair do banheiro, porém ela pediu para eu ficar. Era muito constrangedor, porém fiquei.

Já tomada banho, peguei uma camisola e coloquei nela. Parecia que estava mais calma depois do banho. Apenas chorava demais. 

    — Você quer comer alguma coisa?  — perguntei sem saber muito como ajudá-la. Amanda balançou a cabeça, negando.

    — Vamos deitar, então? — há um silêncio antes dela confirmar. 

 Amanda deitou em minha cama e eu a fiz companhia até ela pegar no sono. 

Marcos estava sentado na poltrona do quarto encarando. Devagar  me levantei.

   — Eu acho bom amanhã a gente levar ela para o médico, para eles poderem medicar.
  — Não precisa. — ele disse com uma calmaria tão grande que me irritou.
 — Como não? Ela tem que tomar antirretrovirais contra HIV e o anticoncepcional. — alterei um pouco o tom da minha voz com ele.
   — Quando eu fui buscar, ela não estava dentro, estava encolhida em uma parede e tinha uma garota lá com ela.  Amanda me viu e praticamente correu para os meus braços, daquele jeito que você viu. Eu questionei a garota pelo estado dela e falou que o cara tentou ficar com ela à força, depois de ter dado algo para  ela beber. Eu não sei como, mas o cara não conseguiu o que queria.

   Mesmo  não tendo certeza dessa história, me sentir mais aliviada. Ninguém merece passar por isso. 

  Apesar do alívio eminente eu comecei a chorar descontrolavelmente. Coloquei a mão no rosto sem conseguir parar. Marcos ao ver meu desespero levantou e me abraçou tentando me consolar.

Meu Anjo Azul #2/ Segunda EdiçãoWhere stories live. Discover now