CAPÍTULO 27

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Boa leitura!♡


     ESTAVA agora sentada em frente a minha ginecologista na sua sala, esperando que ela me explicasse todos os resultados dos exames que fiz há 4 dias junto com a Amanda. A minha irmã recebeu todos os seus resultados ontem mesmo, não sei por que os meus a Dra. Mônica marcou para hoje. 

   Será que eu estou doente? Meu Deus!

Talvez os meus exames mostraram algumas células cancerígenas. Balanço freneticamente meu pé debaixo da mesa nervosa. 

Ela olhava de maneira tão séria para os papéis dos exames em suas mãos. Não aguentando mais resolvi perguntar:

— Eu estou doente? É por isso que estou aqui, agora? — perguntei com os olhos marejados.

  

— Não, Alice. Longe disso. Você está muito saudável.  — sinto o alívio imediato. Já estava ficando com medo. 

— Eu irei passar para você mais exames, e algumas vitaminas que terá que tomar durante alguns meses. — o alívio simplesmente vai embora, não estava entendendo. Ela acabou de dizer que estava tudo bem comigo. 

Desconfortavelmente eu me remexo na cadeira me sentindo confusa. 

— Não tô entendendo, Dra.Mônica. Se está tudo bem comigo, por que teria que fazer mais exames e tomar remédio por alguns meses? 

— Ai, meu Deus! — falou colocando uma de suas mãos na testa. 

   Eu aperto a alça da minha bolsa com força em meu colo.

— Desculpa, querida. Esqueci de informar que você está grávida, meus parabéns. É por isso que a gente está fazendo essa consulta… — simplesmente tudo em minha volta parou quando eu escutei ela  falando que eu estava grávida. Eu estava incrédula. Grávida, eu? Não. Não agora. 

— Senhora, Alice, está me escutando? Você está tão pálida, vou mandar alguém trazer um pouco de água para você. — ela aperta um botão na mesa ao seu lado e logo um funcionário do hospital que eu não presto atenção  entra e a mesma manda trazer a água. 

Minhas mãos estão trêmulas, pisco meus olhos várias vezes para controlar as lágrimas.  

— Eu não estou entendendo, Doutora. Como posso estar grávida se tomo os remédios todos os dias nos mesmos horários, sem falta. Talvez o resultado do exame saiu errado. 

— Senhora, Alice, fizemos vários exames, e um deles tivemos suspeita da sua gravidez, então fizemos outro e dessa forma, graças a esse exame, é possível fazer uma avaliação precisa de todos os compostos presentes no sangue, como os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas. E elas indicam a sua gravidez. Não tem como ele está errado. Mas, não precisa ficar preocupada, vou passar outros exames que vão lhe dar a certeza da gravidez. — não parecia real aquilo tudo. Talvez não fosse mesmo. Provavelmente eu estava sonhando, e quando ele acabasse e eu abrisse os olhos, iria sentir um alívio tremendo.  

— Não é uma notícia boa? A senhora vai ser mãe! — aquilo não era portaria de sonho, era a realidade nua e crua rindo da minha cara mais uma vez.

 Não é que eu não queira ser mãe, porque eu quero muito. Mas o medo que eu tinha era por Liu, como ele iria reagir em meio a tudo isso?

— Eu não planejava ter filho agora, Doutora. Talvez daqui uns três anos ou cinco. — confessei desanimada.

— Ah, entendo. Você  talvez esteja grávida porque tomou algum remédio que cortou o efeito. Alguns antibióticos e anticonvulsivantes podem cortar ou diminuir a eficácia da pílula anticoncepcional e, por isso, sempre que é necessário tomar algum destes medicamentos, deve-se usar camisinha até 7 dias depois da última dose do remédio.  — tenho muita vontade de chorar quando ela me fala isso. Como eu fui burra!

Meu Anjo Azul #2/ Segunda EdiçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora