CAPÍTULO 55

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Boa leitura! ♡

AO ENTRAR NO ESCRITÓRIO ME deparei com uma linda cena de Lucy, sentada no colo do seu pai em frente ao piano.  Os seus dedinhos estavam em cima das teclas  que liberavam pequenas notas desordenadas ao ser pressionados. Enquanto isso, Liu balançava a cabeça, rindo. Os olhos dele brilhavam. 

Ele pegou uma das mãozinhas dela e colocou em cima de uma tecla e depois de outras, produzindo um lento e belo som.  Rápido, mas sem fazer barulho peguei o meu celular e tirei uma foto. Queria registrar aquele momento, era lindo demais!

Ao perceber minha presença ele virou, e liberou um  sorriso torto.

— Já podemos ir?  — perguntou enquanto voltava a dar atenção a nossa pequena filha. Íamos apresentá-la ao Senhor. Já estava na hora da nossa pequena ser consagrada. Bom, não era bem assim  que o pai dela pensava, mas consegui convencê-lo. Liu acreditava que a igreja era muito barulhenta para os ouvidos da nossa menina, e que aquilo poderia estressar-la. Era como ele se sentia, ao ir a um local com multidões. Ouvir muita gente conversando ao mesmo tempo era difícil para ele. Aprendi com Liu que quando se chega ao seu limite não se pode forçar mais, não é uma coisa saudável para a mente. 

— Sim. Está tudo pronto. 

 Lucy estava com um vestido amarelo-suave, bem charmoso. Presente da vovó. 

— Vamos, Lúcia, conhecer mais um lugar novo. — informou ele a Lucy, como sempre faz quando vamos fazer algo  pela primeira vez.  Amava vê-los juntos. Admirá-los virou o meu hobby preferido.

Deus tinha colocado o Liu na minha vida para me mostrar que eu não era só mais uma na multidão, eu era mais que isso. 

Logo que descemos em frente à igreja fomos fotografados por um homem. Eu não sabia informar se ele era da imprensa, ou trabalhava por conta própria, vendendo fotos para quem quisesse comprar. Mas apesar dele estar um pouco distante percebi que a sua câmera era profissional. 

Minha irmã assim que nos viu correu ao nosso encontro empolgada.  

— Cada dia a Lucy está mais linda. Como isso é possível?  — elogiou, apertando a bochecha de Lucy de leve. Minha filha balançou os pezinhos e colocou uma de suas mãos na boca. 

Amanda a chamou para os seus braços, porém Lucy virou as costas agarrando o pescoço do pai.

— Chata — Amanda diz de maneira brincalhona para Lucy.

— Não chame a minha filha de chata. Ela virou as costas para você porque não gosta quando apertem as bochechas dela. Nenhuma criança gosta. 

 Liu se afasta indo em direção à igreja, e eu o segui junto com Amanda que resmungou chamado Liu de chato, apenas para eu ouvir.

Tinha bastante gente na igreja, até a Val com o marido e o filho estavam lá. Não é a primeira vez que ela vai fazer uma visita a igreja, mas hoje ela falou que veio por causa da Lucy. Contou que não perderia a consagração dela ao Senhor. 

Todos nós sentamos juntos. Lucy ficou no colo da vó entretida a morder o seu mordedor em formato de cogumelo. As suas gengivas estavam grossas e avermelhadas, provavelmente se preparando para os primeiros dentinhos dela.  

Faltando alguns minutos para encerrar o culto, Lucy foi levada por mim e Liu até o altar da igreja a pedido do pastor, lá ele tomou Lúcia dos braços de Liu, e com toda a igreja apresentando a nossa filha a Deus.  Naquele momento muita gente aproveitou e tirou bastante foto dela

— GAAAA — resmungou Lucy, em protesto, por tudo aquilo. Acredito que ela não gostou de ser tirada dos braços confortável do seu pai. 

 Liu segurou uma de suas mãos, para tentar acalmá-la enquanto oravam. 

Meu Anjo Azul #2/ Segunda EdiçãoWhere stories live. Discover now