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Aviso: esse foi o primeiro livro que eu publiquei e ainda precisa de MUITA melhora, irei revisar ele completo ainda depois de terminar a trilogia, então sintam-se avisados :)

 Anastácio é uma garota ruiva de olhos verdes que mora numa pequena fazenda na beira de um rio, num bairro da roça chamado Vila do Riacho. O motivo pelo qual seu nome era "masculino" foi que na hora de registrar, sem intenção saiu o "o" no final, e então ficou Anastácio.  Um dia Anastácio pegou a bicicleta para ir à vila comprar erva seca e chá para sua mãe e ração para a porca Genivaldo. O sol quente fazia com que os cabelos ruivos de Anastácio parecessem de fogo, voando atrás dela no vento enquanto pedalava para o interior da vila. Quando chegou na lojinha da srta. Cassilda, uma pequena loja de chás, ervas medicinais, temperos e etc, que ficava não muito longe da fazenda na beira do rio, quem atendia era sua estranha assistente Persiana.
Ela parecia ter mais ou menos a mesma idade que Anastácio, nunca fizera questão de perguntar. Seu cabelo sempre fora azul, desde que Anastácio se lembrava, e seus olhos castanho esverdeados. Anastácio e Persiana eram colegas de classe desde o primário, mas nunca tiveram intimidade o suficiente para conversar muito, e Anastácio a achava meio estranha porque, às vezes, falava coisas sobre um reino do qual veio, clãs, batalhas, uma rainha e outras coisas que esperava que acreditasse... Sim, ela era estranha, apesar de nenhum outro de seus colegas de classe ter ouvido-a falar coisas assim além de Anastácio.
   —Bom dia. —disse ela. —Posso ser útil?
   —Ah...Eu quero chá de maçã e aquela erva branca de sempre. — Anastácio respondeu arrancada dos pensamentos e Persiana sorriu,  entrando na lojinha rústica, algum tempo depois retornando com os pedidos e uma sacola de papel, e antes que Anastácio fosse embora perguntou:
   —Pra quê você usa a erva da lua?
Anastácio se virou e olhou para a erva branca em sua mão, que estava colocando na sacola junto com os chás.
   —Ah, a erva branca? Eu não sei, minha mãe que sempre pede pra eu comprar.
Persiana sorriu misteriosamente e acenou com o dedo para que Anastácio se aproximasse e disse baixinho:
   —Você não tem vontade de saber?
   —Por quê eu teria...?
Persiana pigarreou, aparentemente desapontada, a olhou de lado e prosseguiu em tom de voz normal e despreocupado:
   — Ah curiosidade. Sua mãe não poderia estar escondendo algo de você?
Anastácio estava começando a ficar desconfiada e levantou uma sobrancelha, franzindo a outra. Aquela garota parecia saber mais do que realmente dizia. Finalmente disse soando mais irritada do que pretendia:
   —Fala logo, o que é? Sei que você tá escondendo alguma coisa.
Persiana pareceu pensar por um momento, observando a garota ruiva, então pediu que Anastácio a seguisse para dentro da loja e entrou na porta à direita do balcão. Anastácio poderia simplesmente ir embora e deixar a menina com suas loucuras, mas a curiosidade venceu e ela seguiu para dentro da loja.
Lá dentro era bem bonito e cheirava a ervas e chás ( como é de se esperar de uma loja dessas).
A srta. Cassilda, uma mulher baixa e gordinha com uma juba de cabelos castanhos e encaracolados, estava sentada numa mesa cheia de plantas estranhas em vasos de vidro colorido e levantou uma sobrancelha quando Persiana entrou acompanhada da garota ruiva que morava na beira do rio.
   —Eh...Olá —disse Anastácio meio embaraçada.
Ela observou a loja rapidamente, era repleta de plantas e potes que Anastácio desconhecia, como uma planta lilás com as pontas das folhas transparente, junto com outras estranhas numa prateleira.
   — Olá Anastácio.
   —Srta. Cassilda, não acha que está na hora de contar pra ela? —perguntou Persiana se balançando de um lado pro outro sob os pés.
Srta. Cassilda tirou o óculos depois de terminar de ler um artigo no jornal, olhando séria para Persiana e em seguida para a garota.
—Você acha..? Não está um pouco cedo?...
Persiana balançou a cabeça enquanto Anastácio olhava de uma pra outra completamente confusa. A garota de cabelo azul prosseguiu:
—Estamos em tempos de uma possível guerra, Srta. Cassilda, cada minuto perdido aqui é uma chance para o inimigo.
Srta. Cassilda suspirou e batucou a mesa, calada por alguns segundos, mas então se voltou para a garota ruiva.
   —Você sabe quem você é Anastácio?
Ela franziu as sobrancelhas tentando não parecer que estava achando a mulher doida, mas disse:
   —Eeh, é claro que eu sei...
Srta. Cassilda discordou com a cabeça.
   —Você está envolvida em mistérios perigosos, Anastácio. É possível que sua vida mude drasticamente a partir de agora.. Deixe Persiana lhe explicar tudo, pois está mais que na hora de você saber quem realmente é.
Se voltou para Persiana e disse séria:
   —Explique a ela Persiana.
Ela saiu do aposento e deixou as duas sozinhas.
   —Todas essas plantas são encomendas da Terra da Geada. É o reino governado por Kassandra e Luana.—Persiana disse como se Anastácio devesse conhecer a tal de Luana e Kassandra, tipo, "Ah tá, a Luana. Sei, sei ela estudou comigo", ou algo parecido. Anastácio estava ficando louca com essa baboseira toda.
   —Ah... Terra da Geada. Aham. — disse a garota ruiva.
Persiana sorriu sarcástica.
   —Pois é, a maioria não acredita.
Anastácio encarou Persiana, agora realmente começando a ficar com medo. Será que deveria ligar para um hospício?...
   —A maioria... De...? —gaguejou.
Persiana parecia séria mesmo e Anastácio imaginou seriamente se a garota estaria ficando louca, quando esta disse:
   — Não me olhe assim Anastácio. Você está em perigo aqui. Eu irei te explicar tudo, mas prometa que vai ouvir e acreditar.
   —T- tudo bem...
Persiana começou a dizer algo, mas parou quando o sino da loja tocou anunciando clientes.
   —Só um minuto por favor.— pediu e foi atender o cliente.
Alguns minutos se passaram enquanto Anastácio esperava, e ela começou a observar a pequena loja. As plantas ali eram realmente estranhas e Anastácio mal aguentava a curiosidade. Havia uma coisa pequena e verde de vários tons diferentes que parecia um ovo, com a superfície de desenhos em alto relevo. Anastácio ia tocar numa planta azul e rosa quando Persiana entrou novamente e disse:
   —Seu namorado quer falar com você.
Anastácio franziu a sobrancelha e foi para fora onde encontrou Kai, um rapaz do tamanho de Anastácio e cabelo escuro e liso, jogado de lado. Foram melhores amigos por alguns anos, mas então começou a se desenrolar para algo mais do que apenas amigos até o dia em que ele pediu Anastácio em namoro.
   —E aí?—Anastácio sorriu quando se aproximou e ele deu seu típico sorriso torto e disse que a galera iria para o cinema hoje, se Anastácio também não queria ir.
   —Tudo bem, vou ver com minha mãe. Ela deve deixar.
Sorriu e lhe deu um beijo quando ele foi embora e Persiana saiu da loja.
   — Que acha de voltar aqui amanhã? Agora preciso resolver algumas coisas, talvez a gente se fala na escola.
Anastácio deu de ombros dizendo:
   — Sem problema.
Mas internamente estava revirando seus miolos de confusão, curiosidade e cagaço do que estava por vir. Não era possível aquilo ser apenas uma pegadinha.
Oi galera, esse é o meu primeiro livro publicado, então eu espero que vocês gostem. Votem naquela estrelinha se vocês gostaram ou não, ou escrevam nos comentários! ;D
Obrigada!

Cavaleiros de DragõesWhere stories live. Discover now