Fim da Batalha

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Depois de um bom tempo da luta de Luana e Saguhr, Kenny terminou seu encanto e Luana a agradeceu mentalmente pelo fortalecimento de sua energia, e, sem se desconcentrar da própria luta, disse às gêmeas:
Vão lutar ao lado de Edward, já recuperei o suficiente das minhas forças para essa batalha! Eu irei matá-lo logo.
Kenny e Jenny assentiram, confiando na fúria da Princesa, e Aska levantou vôo na direção dos seis dragões e Cavaleiros que lutavam contra Sam e Pikan.
A batalha no ar estava cada vez mais árdua, mesmo sendo seis contra um, o dragão roxo e seu cavaleiro estavam conseguindo, com a ajuda dos seres da tempestade e Citras, dar conta dos antigos companheiros e dificultar sua derrota. Quando Edward avistou o dragão negro de duas cabeças se aproximando, sua expressão se fechou, e Jenny o olhou assustada quando o comandante exclamou:
—O que estão fazendo aqui?! Eu disse para se manterem longe do pior da batalh... —o Cavaleiro não teve tempo de terminar a frase, pois uma saraivada de flechas negras e venenosas disparou em sua direção fazendo-o praguejar, esticando instantaneamente o braço para pegar seu escudo, mas antes que ele e Garra de Prata fossem atingidos, ouviram Kenny gritar um encanto desconhecido e as flechas se desfizeram em pó negro. Edward lançou um olhar perplexo para as gêmeas e recebeu um olhar duro de Kenny de volta, fazendo com que o Cavaleiro se calasse e se concentrasse novamente na batalha.
Vamos, Aska. Cuidamos dos Citras e outros monstros voadores e deixamos os Cavaleiros cuidarem de Sam.
Aska, rodeando a luta no ar, cuspia fogo a abocanhava todos os monstros que cruzassem seu caminho, distraindo-os de ajudar o dragão roxo e seu cavaleiro.
—Jenny, preciso da sua ajuda! —gritou para a irmã gêmea acima do barulho dos exércitos lutando e Jenny assentiu. —Usarei um encanto que consome muita energia, então, mesmo a magia não sendo seu forte...
—Eu vou te dar suporte!—Jenny interrompeu e apontou para os outros dragões. —Apenas faça algo!
Kenny sorriu e acenou com a cabeça, fechando os olhos então e colocou as mãos em um dos pescoços de seu dragão respirando fundo. Sua corrente de chakra estava fraca, ela mal podia sentir a energia mágica fluindo por seu corpo, tentando se concentrar mais, mas atrapalhada pelo barulho e ação da guerra abaixo de si.
Sua mente estava agitada, mas de repente sentiu um toque reconfortante e calmo, um calor atravessando seu peito que reconstituiu sua força e fez com que pudesse se concentrar. A voz de Jenny ecoou em sua mente acalmando-a e a energia da irmã a fortaleceu, junto ao toque da mente de Aska.
—Sey'kjen fweh! —o corpo de Kenny estremeceu, um tremor percorreu seus ombros e braços até chegar nas mãos, que emitiram uma luz amarela ofuscante no pescoço do dragão, e foi engolida pelo negro de suas escamas, logo em seguida saindo de sua boca em forma de raios e fogo verde vivo. De uma vez, dezenas de Citras foram eliminados, atingidos pelos raios, e despencaram para o meio da batalha lá embaixo, assim como muitos dos seres da tempestade foram atingidos pelo fogo brilhante, se desfazendo como se tivessem sido mergulhados em ácido.
Aska desviou por pouco de um jato de fogo vindo da direção oposta e ouviram a voz de Persiana gritar sob o barulho da batalha e uma forte explosão ofuscou sua vista, mas logo as gêmeas puderam ver seu dragão Olho de Tigre despencar, soltando uma estranha fumaça negra e rugir de dor, Persiana na sela. Edward gritou aterrorizado e furioso, se lançando na direção de Sam e Pikan com a espada em punho, já recitando um encanto de alto nível de ataque. De repente, no momento em que Kenny viu o líder dos Cavaleiros e seu enorme dragão branco se preparando para um ataque mortal contra Sam, lhe veio a imagem do velho Cavaleiro sorrindo na cabeça, no primeiro dia em que se conheceram. Blaze havia disparado para dentro do portal da Terra da Geada para salvar Shilamir, deixando as gêmeas para trás com os Cavaleiros restantes, e Sam e seu dragão roxo as haviam levado pelo portal.
Desde o início Kenny e Jenny gostaram dos dois, Sam e Pikan, e vê-los manipulados e sendo atacados pelos seus companheiros não era uma cena agradável. Kenny gritou para Edward que não o matasse, mas o Cavaleiro não podia ouvi-la e Aska rugiu, disparando na mesma direção no instante em que os dois dragões se chocaram. A atmosfera ficou tensa enquanto os dois dragões se enfrentavam corpo-a-corpo e os demais assistiam, combatendo os últimos Citras e monstros da tempestade que restavam.
  —Ei!!—Kenny gritou desesperada, o dragão de duas cabeças já voando na direção da batalha, mas foram detidas, Kady as impedindo com um encanto que lançou cordas brilhantes em sua direção, que se enroscaram em Aska e a seguraram, impedindo-a de prosseguir.
—Kady! Eles vão matar Sam!! —Jenny gritou, já com lágrimas nos olhos, mas a Cavaleira segurou firme as cordas que prendiam Aska, a expressão inabalável. Kenny assistia à luta em pânico, Edward e Garra de Prata atacavam com toda força e finalmente o líder arrancou a lança da mão de Sam, deixando-o indefeso. Pikan se virou, impedindo no momento certo que seu Cavaleiro fosse fatiado, recebendo um golpe profundo no ombro esquerdo que o fez rugir de dor. Kenny gritou, as lágrimas já descendo seu rosto, e ela agarrou as cordas do encanto de Kady com fúria, desfazendo-as com uma única palavra.
A Cavaleira arregalou os olhos e seu dragão, Bizza, seguiu Aska, mas foi lançada para trás por uma força invisível de Kenny, e enquanto retomava o equilíbrio o dragão preto e as gêmeas alcançaram a luta. Kenny esticou os braços para a frente, a mão da irmã sobre seu ombro lhe fornecendo energia.
—Sey' kjen Àrhem!
No momento em que Kenny lançou o encanto, ouviram o barulho de uma enorme explosão às suas costas e logo depois outra e outra. O encanto de Kenny nocauteou ambos os Cavaleiros e dragões que se enfrentavam e Blaze e Shilamir, Keysin e John e Bizza e Kady os pegaram antes que caíssem.
Logo viram Mauk, o dragão de Patrick, levantar vôo em meio à fumaça a centenas de metros de distância, o dragão cinza rugindo em alerta. Patrick fez contato imediato com todos os Cavaleiros, dizendo assustado:
Alguém precisa pará-la! Se sair do controle vai matar todos nós!
Anastácio e Zimäh, na beira de uma enorme rachadura no chão por onde haviam saído imensos jatos de lava, luatavam contra o que parecia ser um mago inimigo e a garota ruiva atacava com todo seu poder.
Os dois Cavaleiros inconscientes haviam sido levados pelos outros três  para longe da batalha, bem atrás do exército aliado onde um mago cuidava de Dina e seu dragão azul, que haviam caído no início da batalha.
Persiana e Olho de Tigre haviam voltado a lutar depois da primeira queda, apesar de feridos, mas a jovem se recusava a recuar e cuidar dos machucados. Os dois dragões negros voaram na direção de Mauk, que os levou até a enrome rachadura no chão, onde Syla gastava suas últimas forças agarrada à ponta de rocha lá embaixo no precipício e Persiana e Olho de Tigre desceram até lá, enquanto as gêmeas se dirigiam na direção de Anastácio e Zimäh, já sentindo o calor da intensa aura de poder que irradiava da garota ruiva.
 
A batalha no ar havia terminado com Edward e Sam nocauteados, Luana não soube por quem, mas agora os Cavaleiros se dirigiam ao seu próximo objetivo e cabia à ela decidir o fim e terminar aquela guerra.
Agora com a energia das gêmeas fortalecendo-a, Luana podia ir com tudo o que tinha, vingar sua amada mãe e dar um fim àquele traidor assassino. Luana deixou a emergia fluir livremente por seu corpo e se transferir para sua poderosa espada, que se incendiou com chamas azuladas e novamente Luana impeliu seu cavalo para a frente, na direção de Saguhr.
Agora, no auge de sua força, Luana atacou com toda sua fúria, dando estocadas violentas contra o inimigo, que mal conseguia se defender à mesma velocidade.
Saguhr cerrou os dentes, tomando fôlego para um último encanto, aquele pequeno e decisivo encanto que havia guardado para o fim da batalha, mas que chegara a hora de usá-lo. Defendeu com convicção os golpes de Luana, apesar de que estava ficando cada vez mais difícil de defender, mas quando abriu a boca e disse a primeira sílaba, a dor lacinante em seu braço fez o encanto se tornar um urro de agonia.
O sangue espirrou longe com o golpe da Princesa e a espada do inimigo caiu embaixo dos pés de cavalos e monstros que lutavam ao seu redor, junto com seu braço.
Saguhr oscilou e caiu da sela, sentindo o sangue escorrer do que sobrara de seu braço, e logo a lâmina afiada da Princesa Luana estava em sua garganta. Saguhr ofegou, tremendo, e disse entre os dentes, a raiva e dor aparente em sua voz:
—Tudo bem, Alteza. Você venceu. Eu me rendo.
Luana o encarou, o braço rígido segurando a espada, perfurando-o com o olhar. Os monstros, homens e todos à sua volta pararam, paralisados com a tensão do momento, até que, lentamente a lâmina de Luana se afastou do pescoço de Saguhr.
O inimigo soltou todo o ar de seus pulmões e caiu de joelhos, um leve sorriso começando a se formar em seu rosto contorcido de dor. Mas ele voltou à tensão anterior quando a Princesa voltou a falar, olhando-a de baixo:
—Você se rende..? É uma pena que ninguém tenha lhe perguntado, Lorde Saguhr.
Os rugidos e gritos explodiram em seus ouvidos quando pôde-se ver apenas o rápido reflexo da lâmina azulada formar um arco no ar, levando sangue junto e respingando a armadura dourada e prateada da Princesa, agora, herdeira do trono, rainha.
O corpo sem vida de Saguhr caiu no chão e o elmo negro caiu de sua cabeça quando esta rolou para longe, parando aos pés de seus próprios homens.

Demorei um pouco, mas como prometido publiquei hj o penúltimo capitulo, uffa 😁
Se gostou dá aql like q me ajuda muito e vlw

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