Ao castelo

2.9K 346 6
                                    

A viagem durou poucas horas a partir de Moorland, e, segundo Kenny, a paisagem era tão igual em todos os lugares, que poderiam estar voando em círculos à horas. Tantas florestas que chegava a dar sono, e a cabeça esquerda de Aska a repreendeu por tirar um cochilo na sela.
Até que, uma hora, viram lá no final, o começo de uma cidade. Primeiro não dava pra ver muito, só as torres pontudas do castelo, e os estandartes azuis com o símbolo do reino, um dragão enroscado numa rosa. Logo o castelo todo se mostrou, as torres e muralhas se erguendo com toda sua beleza contra o céu alaranjado do pôr do sol, e a cidade real lá embaixo, envolta de florestas cobertas por uma fina camada de geada, que brilhava como purpurina branca ao sol.
A Terra da Geada é realmente um lugar maravilhoso, pensou Kenny naquele momento, apreciando a beleza e majestosidade daquele mundo. Estava morrendo de curiosidade para ver o castelo de perto, e mais ainda para ver a Rainha e sua filha Luana. Pelo que ouvira, a princesa Luana tinha um castelo mais ao sul, no feudo Tiira.
Será que a Luana vai estar aqui no castelo? Perguntou Kenny à Aska, mas o dragão não podia responder, também não sabia.
Os dragões voaram por cima da cidade, ela era muito bonita, suas construções antigas davam um aspecto europeu na opinião de Jenny, e o sol se pondo deixava-a ainda mais bonita. Mas algo estava errado. Ninguém andava nas ruas, as poucas pessoas que chegaram a ver entravam em suas casas e fechavam portas e janelas. Os comércios estavam fechados e o número de guardas era certamente maior do que o normal.
Quando alcançaram o pátio do castelo, foram recebidos por guardas e empregados, que pegaram suas bagagens e levaram-nos ao castelo.  
Enquanto marchavam assim pelos corredores, Anastácio reparava nos  ricos detalhes da decoração e nas armaduras majestosas que estavam de cada lado dos corredores com armas em punho. O único barulho presente enquanto eram escoltados pelos guardas era o barulho das armas e da malha de ferro da guarda real.
Finalmente chegaram a um enorme salão onde estava posta uma mesa de banquete, e uma mulher de branco estava sentada na cabeceira da mesa. Um sorriso estranho estampava seu rosto, mas seus olhos estavam ocultos pela sombra.
Assim que os Cavaleiros entraram, ela se levantou estendendo os braços e sorriu mais ainda.
   —Sejam bem-vindos, Cavaleiros de Dragões e aprendizes. 
Edward fez uma reverência com a mão direita no peito, e os outros o seguiram, inclusive os aprendizes.
   —Sentem-se. —ordenou e todos se sentaram, até que ela disse:
   —É um prazer conhecer os futuros guerreiros da Terra da Geada. Meu nome é Princesa Luana, sou primeira herdeira do trono.
Ela sorriu e colocou a mão direita no peito, numa saudação e se sentou novamente.
   —Se me permite, Alteza. —falou Dina e sorriu. —Onde está a Majestade Kassandra?
   —Este é o problema que eu gostaria de discutir com vocês, meus Cavaleiros. Minha honrada mãe teve de ir para o sul onde se encontra meu feudo, pois os ataques de Saguhr recomeçaram.
Edward arregalou os olhos, a surpresa dos outros Cavaleiros também não foi disfarçada.
   —E dessa vez com muito mais intensidade. Teremos que usar todas as nossas forças para impedi-lo!
Anastácio ouvia atenta à Princesa. Seus olhos demonstravam um ódio pelo inimigo que a garota nunca tinha visto, e Anastácio perguntou insegura:
   —Impedi-lo  de fazer o que?A-assim, eu sei que ele é o inimigo, mas...
     —De roubar os ovos de dragões que ainda existem aqui, e usá-los contra nós, forçando os filhotes a saírem. —Luana sorriu, mas levou um susto quando Shilamir deu um murro na mesa:
     —Tirano! Ele nunca vai conseguir, aquele... Ah, ele só sabe lançar maldições!
Luana suspirou, e se recostou na cadeira de encosto alto, encarando seu prato.
   —Temo que não, Cavaleiro. Saguhr é um inimigo perigoso, e devemos tomar todo o cuidado possível... Afinal, ele pode ter como alvo a prisão de Saphira, onde estão os rebeldes, e se isso acontecer...
     —Logo agora, que as coisas estavam indo bem...   —murmurou Dina, pensando nas várias batalhas que tiveram contra os rebeldes.  —Mas o que pretende fazer, Alteza? Quais são as ordens?
     —Esse é o problema, eu ainda não sei, Cavaleira. Os ataques ainda não chegaram até aqui, o que nos dá algum tempo. Enviamos um pedido de socorro ao Rei do País do Sol, porém ainda não obtivemos respostas.
Os Cavaleiros murmuraram desanimados, e Luana disse em tom encorajador:
     —Mas temos que continuar lutando! Minha mãe foi para o sul cuidar do mais importante, portanto temos que conseguir ajudar ao máximo e proteger nossas fronteiras, não podemos desistir!

Após a reunião, Anastácio e os outros aprendizes foram para a arena de combate (que era muito maior e mais completa que a da Base deles) com seus mestres, onde praticaram exercícios por mais de uma hora, com e sem os dragões, com e sem armas.
Terminada a sessão de treino, Anastácio andava exausta pelos jardins do castelo, sob a permissão de Luana. Enquanto se arrastava dolorida pelas árvores  e flores, encontrou Jack, que a cumprimento sem jeito.
  —Hã... E aí..?
Anastácio o encarou. Ele era tão fácil de ler, que Anastácio preferiu nem comentar, além do fato do quanto ele estava vermelho.
  —Ah.. Tudo bem comigo. O que faz aqui? —perguntou indiferente e Jack deu de ombros.
   —Bem, estava só andando um pouco aqui.. E quis ver como você estava depois do que aconteceu em Moorland...
Então ele estava mesmo me observando... Ts..
   —Estou bem. Obrigada por me salvar..
   —Bem... Na verdade quem te salvou foi o John... Eu só apanhei, pra distrair o mago.
Anastácio deu de ombros e sorriu.
   —É verdade, ainda não tive a chance de agradecê-lo. Tanto faz. Já que estamos aqui, que tal um vôo?
Jack ficou surpreso por um momento, mas sorriu a concordou animado, com um aceno de cabeça.
   —Seria bom pra distrair um pouco.

Helloo!
estou eu novamente querido(a) leitor (a)! Espero que esteja gostando, e se curtiu não esquece de dar aquele like ou comentar (saiba q amo comentários) kkk e Falouu ^^ até a próxima

Cavaleiros de DragõesWhere stories live. Discover now