ATO 3

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Errar é humano, mas ser humano também é um erro.

      Desci enormes escadas em caracol que pareciam não ter fim

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      Desci enormes escadas em caracol que pareciam não ter fim. Fora os degraus que, de tão largos, me faziam dar dois passos para poder descer o próximo. O ambiente de pouco espaço me sufocava. Não havia janelas e a pouca luz vinha de algumas velas presas nas paredes.

     Tudo aqui era extremamente medieval. Por que não existia energia elétrica? Os degraus me deixaram exausta e Brok, apoiado em meu ombro, piorava a situação.

     — Por que este lugar é tão escondido? — perguntei sem paciência.

     — Proteção. Como eu disse, Srta. Pompoo prioriza nosso bem-estar — respondeu, segurando na outra mão um tipo de bengala que o auxiliava na locomoção. Nossas sombras dançavam entre as paredes com o reflexo das velas que passavam por nós. Ao olhar para o lado, notei um desenho mal feito, de um bicho com dentes afiados e cabeça baixa com os dizeres acima: "O lobo que rasteja nos observa".

     — Proteção? — perguntei.

     — Acho que chegamos — Brok bateu sua bengala em frente a uma grande porta de ferro, criando ecos acima de nós. Abriu empurrando-a.

     Minha atenção foi tomada de imediato ao ver a ala dos dormitórios. Por um momento larguei o braço de Brok e caminhei pelo lugar. Um cômodo pouco acolhedor, mas grande, com camas numeradas e alinhadas quase em perfeita harmonia com o resto do cômodo. Na parede, um relógio grande e alguns quadros pendurados em ambos os lados. O piso era de madeira.

     Na cabeceira de cada cama, existia uma máquina com um monitor e diversos botões, semelhantes à de hospitais, repletas de fios. Os lençóis brancos e limpos foram a única coisa em bom estado que vi até agora.

     — Essa é minha parte favorita do dia! — exclamou Brok colocando sua bengala em cima de uma das camas e se sentando.

     — O que são essas coisas? — me aproximei das máquinas e vi que cada uma possuía um botão vermelho ao lado da tela.

     — São drenadores! Colocamos eles aqui, veja — Brok pegou em minha mão e a levou até sua nuca. Reagi com repulsa ao notar um buraco lá.

     — Que horror! Não vou deixar que me furem! — disse me afastando e limpando as mãos em minhas vestes.

     — Mas você já está, creio eu — apalpei meu pescoço procurando o furo, e o garoto estava certo, havia um exatamente igual o dele.

     — Como...?! — perguntei horrorizada, olhando para os lados, tentando encontrar algum espelho para que eu pudesse ver com meus próprios olhos.

     — Calma, não sentimos dor! Esse mecanismo foi criado pela Srta. Pompoo. Os drenadores modificam nossos pesadelos e os convertem em sonhos. Qual é o seu maior sonho, Pan?

I - Onde Vivem Crianças IrrecuperáveisHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin