ATO 31

6.7K 1K 143
                                    




Meus poemas acabaram ao notar que eles não passam de palavras vazias, que jamais mudariam alguém.

     Os papeis estavam espalhados pela cama de Brok quando decidi guardá-los de volta na pequena caixa e devolvê-los onde encontrei

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Os papeis estavam espalhados pela cama de Brok quando decidi guardá-los de volta na pequena caixa e devolvê-los onde encontrei. Meus pensamentos estavam embaralhados e com muitas informações. Peguei o livro e retornei para seu lugar.

Fui para a ala feminina e deitei em minha cama. Depois de tudo, Brok era filho dela. Faz muito sentido agora. Sempre venerando-a, tratando-a como alguém importante. O que houve com os dois? Srta. Pompoo se quer nota sua presença quando aparece. É a parte mais estranha desta história. Brok vai ter de me contar a verdade.

— Pancada? Está fazendo o que aqui a essa hora?

— Estou apenas... refletindo, Petúnia.

— Rumpel vai dar mais detalhes sobre a segunda disputa daqui a pouco, melhor subirmos.

— Tudo bem — me levantei rapidamente, e segui Petúnia até a saída dos dormitórios. No meio da subida ela voltara a falar:

— Está tudo bem? — perguntou.

— Patrick.

— O que tem ele?

— Aquele livro que sumiu na biblioteca. Acho que foi ele que roubou. Ainda por cima, o vi escondendo de baixo do colchão de Dante.

— Gente! Isso é seríssimo!

— Pois é. Minhas suspeitas estão focadas nele, agora.

— Acha que ele... é o lobo que rasteja?

— Não acho nada, mas é bom ficarmos de olho nele — conclui, ofegante.

— Patrick, apesar de ser assassino como todos aqui, tem bom caráter. Não acredito que seja ele, pancada. Sua própria irmã!

— Psicopatas também fingem ter bom caráter, amiga.

Chegamos na superfície.

O pátio estava cheio. Todos parados frente à Rumpel, que havia acabado de subir em um caixote para ficar ao alcance dos demais.

— Quero chamar os seis participantes que sobraram. Patrick, Merle, Pandora, Dante, Dayse e Carrie — corri para o pátio e me juntei aos finalistas — Com base na análise que tivemos, separamos pelo sonho de cada um, alguém especial, e os prendemos no cenário da nova disputa. A missão de vocês é bem simples: Salvem seus entes queridos aprisionados e os levem para a saída do lugar. Mas logo aviso: Não confiem no cenário. Desejo a todos boa sorte e presumo que os resultados que tiverem hoje, já dirão quem será o novo Alfa deste mês — eu e os demais participantes entreolhamo-nos. Encarei Patrick e ele retribuiu.

Com duas palmadas, Rumpel encerrou a reunião e saiu do pátio.

— Te desejo toda a sorte, Pan — Patrick aproximava-se. Dei um passo para trás e desviei minha mão no instante em que ele ia pegá-la.

— Algum problema...? — perguntou sem jeito.

— Não, só ansiosa. Desculpe — e sai às pressas, rumo ao vestiário que ficava do lado esquerdo do Pátio.

Ao entrar, caminhei em direção ao enorme espelho dali que ia de ponta a ponta da parede. Abaixo, várias pias com torneiras enferrujadas. Do outro lado, boxes com chuveiros e outros com privadas velhas.

Me olhei após muito tempo. Estava pálida, com olheiras profundas e cabelos malcuidados, cumpridos.

Minha saúde estava preocupante.

A alimentação daqui é péssima e minhas noites de sono mais exaustavam do que confortavam. A partir de então, passei a me olhar com frequência, para ver se ainda me restava sanidade, saúde.

Mas ainda estou aqui. Viva e resistindo.


 Viva e resistindo

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
I - Onde Vivem Crianças IrrecuperáveisOnde as histórias ganham vida. Descobre agora