Um dia de cão

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Na realidade, apenas uma manhã cheia de coisas estranhas.

João foi se deitar mais tarde do que de costume. Acabou dormindo quase 4 horas à tarde.

Dedilhou de um lado para o outro até cansar e o sono chegar.

Dormiu direto. Apenas uma entrega rápida de xixi e voltou a deitar virado para o outro lado da cama.

Ao acordar, cedo para o seu costume, sentiu tonteira. Parou no meio do caminho e pensou com sua camiseta sem botões: "devagar, cara, pra essa porra não te derrubar". Foi se virando e conseguiu ficar de pé, firme. Arrumou de qualquer jeito os travesseiros e lá foi fazer o xixi da manhã.

Olhou suas plantinhas e viu que todas estavam bem. Foi preparar seu café e depois, sentado como tem sido seu costume,foi até o fim, sem o celular por perto. Outro hábito sendo construído na hora das refeições.

Preparou seu altar fez os preparativos de autoaplicação de Reiki. Uma rotina para os dias vindouros. Certamente uma nova rotina.

Nessa atividade, um fato inusitado aconteceu... A tempos soube que possuía a faculdade de dupla-vista (enxerga com os olhos de seu perispírito). A visão, diferentemente de outras, era de uma parede revestida com algo como argamassa. A cor predominante era púrpura não tão forte. As imperfeições eram em preto. Até aí tudo pareceria normal se não fossem os detalhes.

A cada posição de aplicação, começando pela cabeça, essa "parede" se aproximava do seu rosto. Isto foi acontecendo até a posição sobre o chakra cardíaco quando foi sumindo até completamente até que suas mãos estivessem sobre o plexo solar.

Seguiu a autoaplicação até o chakra básico quando a parede quase toca o seu rosto.

Os detalhes não ficavam mais detalhados à medida em que se aproximavam. Ao terminar a aplicação sumiu!

Refez-se e seguiu para sua meditação zazen que faz após a autoaplicação.

Concentrado em acompanhar a sua respiração, não mais viu essa "parede".

Ficou a intriga e curiosidade no ar: qual o significado ou "sinal" que estava chegando.

Arrumou a almofada no seu lugar e foi ler as mensagens. Uma delas, a pessoa terminou com voz embargada.

Do lado de cá, João desabou descontroladamente em choro. Pela sua cabeça os acontecimentos do último mês,principalmente os do final de semana com uma amiga querendo abandonar o barco.

Intuitivamente e aos prantos, encheu um copo com água e com as mãos em concha sobre o copo, tentou, apenas isto,tentou, com a ajuda de Espíritos amigos, impregnar aquela água com fluido Universal para que pudesse voltar ao normal.

Ao primeiro gole já começou a sentir os efeitos da caridade recebida apesar de não ter sentido nada em suas mãos.Elas acusam, sempre, a passagem desses fluidos.

Tomou, paulatina e calmamente o copo todo até quase sentisse "normal", novamente.

Pode estudar um pouco mais, antes de ir, novamente ao encontro com seus amigos invisíveis, onde conversaram um pouco mais.

Caminhou lentamente, observando a paisagem do caminho.

Agora, pode escrever...

Terapia - Muitas VidasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora