Um dia... Uma hora... Um momento

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Vai acontecer algo que você não quer mais que aconteça. Alguma coisa que você já largou pelo caminho mas como cachorro de mudança, te segue. Não quer te abandonar por nada.

Você para, atônito para aquele cachorro ou ouve aquele pensamento que te amofina. Você não quer mais aquilo na tua vida.

Assim tem sido estes últimos tempos. Acordar, tomar café (matte) gelado e sem açúcar e uma tapioca com ovo frito na antiaderente, sem sal nem gordura. Mudar, na minha idade é foda! Tudo fica mais complicado de aceitar, de modificar. Uma vida inteira vivendo de um jeito ue te levou quase a beira da besteira. Eu, agora sei, o que sente quem faz. É uma pressão louca em cima de ti. Tudo que você fala ou faz é motivo de críticas dos outros que até fazem aquilo que te criticam. Parecem macaco que só vê o rabo dos outros. O dele é braço...

Ai você encontra pessoas fora do teu círculo, que não conhece tua vida, teus defeitos e qualidade e começa praticamente um interrogatório, apesar de ser você a falar, a despejar, a vomitar tudo aquilo que lá dentro te incomoda. O cérebro fica quente de tantos neurônios andarem de um lado para o outro. As glândulas ficam sem saber o que devem fazer e a coisa vai descendo até chegar na bunda. Tudo e modifica. Quase todos entram em desarmonia. E os números e gráfico nos papéis de resultado do exame mostra como e fosse um terminal de uma Corretora de Valore acompanhando a oscilações do mercado.

Isso começa cedo, quando você abre os olhos procurando no teu corpo o que você estava mexendo no sono. E isto tem acontecido com frequência. Sem contar o que vejo com os olhos fechados no teto e nas paredes, principalmente do quarto de dormir.

Já faz um ano. Já houve momento em que esta coisas de agora não aconteciam. Era apena a irritação com a vozes da peoa que falavam comigo todo o dia o dia todo. Isso foi passando sem eu perceber o que estava me ajudando a superar. Apena a consciência do meu esforço para tirar isto da minha vida. Estava conseguindo. Me sentia bem melhor. Conseguia viver e conviver. Mas, de uns tempos para cá estas novidades que falei ali no começo apareceram como invasoras da minha mente.

Tem sido comum eu parar e ficar como estátua, em pensar e sem raciocinar. Sem saber o que fazer. Pouco tempo, mas tem sido frequente. Isto pode até ser uma sensação de paz, de nada pensar nem fazer mas tem me deixado preocupado. Já me abordaram para me perguntar e eu estava bem. Um fato bizarro aconteceu no Centro Espírita que semanalmente vou receber passes magnéticos: após o passe tomei o sentido oposto ao da saída. Uma senhora me segurou pelo braço e eu fiquei como se estivesse fora de mim, como se houvesse tido um curto-circuito. Pedi para sentar e ainda fiquei um tempo ali até recomeçar a tomar consciência de tudo e de todos à minha volta. Sai pela porta direita. Devagar. E segui meus propósitos.

Tem sido assim. Nem na hora da meditação tenho conseguido deixar de pensar nas coisas que povoam meu mundo. As coisas que tenho que fazer na rua estão sendo adiadas até o limite máximo.

Isso é muito ruim.




Terapia - Muitas VidasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora