Meditações

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Hoje, João resolveu falar sobre meditação. O seu caminho desde que a Andréa falou para fazer e explicou como deveria começar.

Lá foi ele, no primeiro dia (ou primeira vez),sentar em posição de lótus, no degrauzinho da sala para a varanda.Era cedinho. Fazia um friozinho gostoso, segundo ele. Posicionou seu celular numa marcação para 20 minutos com sub-marcações de 5 minutos de som de vaso tibetano.

Na realidade, apenas ficou ali aquele tempo,tentando "esvaziar a sua mente. Claro que foi frustrante e estimulante. Frustrante porque não conseguiu. E estimulante porque firmou o compromisso de ir adiante até conseguir.

Já fazem alguns anos e ele não conseguia. Sempre alguma ideia aparecia para ocupar a sua mente. E barulhos, também.

Parou. Mas resolveu pesquisar. E, como tinha sido estimulado a fazer japamalas para umas aprendizes de ho'oponopono,resolveu fazer um para ele mesmo.

Ok, feito, veio a pergunta: como fazer?

Seguiu nas pesquisas até chegar ao mantra "Om namah shivaya". Tentou, no primeiro dia fazer os 20 minutos (com a marcação e o terço). Não deu certo. Pelo terço acabou antes dos 20 minutos que havia se proposto desde sempre.

Teria, então que escolher como fazer: com ou sem marcação de tempo. Resolveu seguir sem a marcação de tempo mas recitando o mantra mais calmamente. E seguiu assim até que parou de usar o terço.

De volta às pesquisas, resolveu aprender o método zazen divulgado pela monja Coen.

Ganhou a almofadinha (em português, tá bem?) e fez um estradinho para colocar a almofada e ficar mais confortável.

E assim seguiu apenas usando o acompanhamento de sua respiração diafragmática e a acompanhando mentalmente. Isto fez com que aumentasse sua atenção à respiração e "abandonasse"o foco nas coisas externas. Com isso, conseguiu ter maior resultado.E, assim seguiu nessa nova fase.

Mas, ainda não estava confortável e acabou parando mais uma vez até que um fato novo e muito forte o fizesse olhar uma forma de fazer. Aprendeu algumas coisas novas e "montou" o seu jeito de fazer.

Sentou-se na almofadinha, contagem do tempo acionada no celular, mudra feito, forte expiração e vamos lá. Focado na respiração diafragmática. Conseguiu concentrar-se apesar das interferências sonoras (portas se abrindo, barulho dos operários nas obras, enfim, uma zorra). Mas, desta vez, por ter sido estimulado a fazer, tanto pelo psiquiatra quanto pelo psicólogo quanto pelo seu anjo da guarda, teve que aprender a ficar a sua mente na respiração.

Os primeiros dias, foram de adaptação até que ele achasse que estava no caminho para conseguir os 20 minutos.

Aí resolveu "apimentar a relação"! Aprendeu com seu anjo da guarda a dar ordens ao seu cérebro como se faz em programação neurolinguística. E aí, juntou tudo isso, criando seu próprio mantra (em português) e a divisão do recitar: vou estar (inspiração) e curado (na expiração).

Tomou esporro... Não, não foi esporro, foi coração do erro. Vou é vago e o compromisso precisa ser específico, direto. Então foi mudado para eu estou (inspiração)e curado (expiração).

Legal!!! E os dias foram seguindo com melhoras não só na meditação quanto na dupla sertaneja (Ansiedade &Depressão).

Foi quando leu alguma coisa sobre um monge (sempre eles!) e ele ensinava que a melhor meditação não era sentada e sim caminhando em algum lugar com a natureza presente. E lá foi ele tirar seu terço do saco de pano de algodão, dar uma encerada com cera de abelhas e partiu para suas caminhadas mesmo no asfalto. Era treino. Era aprendizado. E o mantra eu estou curado sendo recitado 108 vezes.

E assim tem sido feito.

Mas já tem um novo propósito: fazer a contagem de mantras para 1 minuto! Isto porque aprendeu que pode ser muito útil durante o dia quando algo sair do controle. E, assim, usar 1 minuto de meditação (respiração + mantra para que volte a dominar sua serenidade

E segue o baile!

Terapia - Muitas VidasWhere stories live. Discover now