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Camila

Tava destruída pra caralho, jamais imaginei perder a minha mãe tão cedo assim, apensar de todas nossas diferentes, a gente tem uma conexão incrível, só nós duas entendemos isso. Chorei pra caramba já e eu só não entendo o porque disso sabe? Deus ta sendo injusto comigo, Deus ta tirando a minha mãe de mim e isso eu jamais irei aceitar, ela é a mulher da minha vida cara.

Viviane saiu cedo pra trabalhar e a Laura ta na escola e eu fiquei aqui com a Cris.

Cris: seja forte viu garota? Deus sabe de tudo.

Camila: Deus ta sendo injusto demais comigo, Cris.

Cris: não diga isso. Agora sua cabeça está cheia de coisa, você tem que processar o que está acontecendo, mas jamais diga que Deus foi injusto, ele sempre sabe de tudo que faz, lá na frente você vai entender. E para de agir como se tua mãe estivesse morta já, aproveita o tempo que tem juntas.

Camila: eu tô indo tomar meu banho, tenho que ir lá na casa deles ainda. Resolver o que falta. —ela assentiu.

Subi e tomei meu banho, coloquei a roupa que trouxe na minha mochila. Comi um pão sentada com ela, mas logo parti pro asfalto.

Cheguei na porta da casa deles e só estava criando coragem pra entrar, sabia que minha mãe estava começando a ficar mais frágil e eu odiava ver ela daquele jeito.

Roberto: não vai entrar? —apareceu atrás de mim— o que foi, Camila?

Camila: tô com medo de entrar e vê que a mamãe está pior que antes.

Roberta: ela está na mesma, entra. —ele abriu a porta e eu entrei.

Minha mãe estava no sofá assistindo Tv, como de costume. Fui devagar até ela e sentei ao seu lado vendo ela dar um sorriso.

Carla: oh minha filha, que surpresa.

Camila: eu tinha que vim aqui. —abracei ela— vocês estão bem mais calmos do que da última vez que nos vimos. —ela e meu pai riu.

Roberto: diga a novidade a ela, Carla. —minha mãe olhou brava pra ele.

Camila: o que foi?

Carla: não é nada.

Roberto: ela tem direito, é nossa filha.

Carla: diga você, eu conheço nossa filha, ela não vai entender. —gelei na hora.

Roberto: a doença da sua mãe é terminal, mas tem um tratamento que ela pode fazer pra aumentar a expectativa de vida.

Camila: isso eu já sei, mas ela mesmo não quer tentar.

Roberto: ela não quer fazer mesmo, mas ela ainda quer assinar um contrato que caso o coração dela pare, ela quer assinar a ordem de não ressuscitar. —já comecei a chorar.

Camila: porque mãe? Porque isso? Me diz por favor, já não quer fazer o tratamento agora isso. Me explica, porque eu não tô entendendo. —chorei ainda mais ao sentir o abraço dela.

Carla: porque eu vou morrer de qualquer jeito.

Camila: você nem ao menos quer tentar viver...

Carla: se eu fazer o tratamento, vou passar os meus últimos dias sofrendo por uma coisa que não vai ser certeza que irá dar certo. Já esse contrato é só pra adiantar ainda mais, porque se meu coração parar, é porque já estou mal o suficiente.

Camila: se é isso que você quer, tudo bem, eu aceito. Mas jamais vou estar concordando e te apoiando nisso. Porque eu preciso de você e do meu pai comigo.

Chorei ainda mais, eu estava destruída por completo, meu coração parece ter ficado pequenininho. Dói saber que uma hora ou outra minha mãe pode simplesmente morrer e me deixar aqui.

Passei a tarde toda ali com eles, e já estava até pensando em dormi aqui, então guiei pra casa somente pra pegar minhas roupas mesmo.

Boquinha: coe dessa cara aí loira? Tá destruída. —virei vendo ele e o Jogador.

Camila: tô bem hoje não, Boquinha.

Boquinha: tá afim de trocar uma ideia não?

Camila: sinceramente? Não. Só quero comer e chorar.

Boquinha: quer o que pra comer? —olhei pra ele— sem maldade, só compro o que tu quiser.

Camila: sorvete de limão e 2 lanches. —ele assentiu saindo.

Jogador: sinto muito, sobre tua mãe.

Camila: como se sabe? —logo pensei na vivi— já até sei.

Jogador: foi por mal que ela disse não, ontem brotei lá na casa dela e tu tava dormindo lá.

Camila: não tem problema.

Jogador: aí, se tu quiser grana pro tratamento, eu pago numa boa. Sem câo mesmo, tô ligado como é perder alguém assim, perdi meu pai pra uma doença maldita aí. Se tu quiser que eu pague, só me fala, jamais vou cobrar por isso. —sorri sem mostrar os dentes.

Camila: minha mãe nem quer fazer o tratamento, cabeça dura.

Jogador: mais aí, deixa eu te falar um bagulho. Aproveita esse tempo com ela tá ligado? Tu não sabe o quanto que eu queria ter tido esse tempo pelo menos pra se despedir do meu coroa. —assenti sorrindo.

Camila: valeu aí. Fala pro Boquinha encostar na minha casa, jaé?

Jogador: pode pá.

Sai dali de cabeça baixa, quando olhei pra trás ele tava saindo com uma garota na garupa. Certeza que ele vai bem é brotar no churrasco da mãe dele com a menina.

Destino traçado Onde as histórias ganham vida. Descobre agora