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Jogador

Luana me mandou mensagem dizendo que a Cris estava nervosa para caralho, só pedi pra acalmarem ela e ninguém sair de casa, porque eu ia parti pra buscar a Viviane e não ia conseguir me concentrar se tivesse que ficar preocupado com elas.

Jogador: quero uns 4 seguranças armados até o dente na casa da minha mãe, segurança redobrada. Eu não quero estar no meio de uma missão e tem que ficar me preocupando com os bagulho aqui.

Boquinha: Charles, Neguinho, Pt e Pato vão ficar na casa da tua mãe, tão com as melhores armas.

Jogador: quero nego de vacilação não. Vamo invadir na maciota, quando a Viviane  tiver longe daquilo, a gente bota a bala pra comer. São Carlos vai virar vermelho de novo! —gritei.

Os menor ficaram tudo agitado, a gente entrou nas vans. Papo de 100 soldado pra invadir aquela porra toda.

Quando se aproximamos do São Carlos, eu já comecei a fazer a minha oração, pedi proteção aos meus, por fim falei amém e beijei meu terço.

Jogador: atividade caralho, quero erro nenhum. Boquinha e Jota vem comigo que a gente vai invadir aquela porra pela mata.

Plano era simples tá ligado, não tinha muito o que dar errado. Eu ia invadir pela mata com alguns soldados e íamos chegar na casa aonde o Lipe tinha avisado que ela estaria. E depois os moleque iam tirar a Viviane  daqui da favela pra aí sim eu começar a meter bala em todo mundo. Queria achar aquele arrombado e a mãe dela também. Ia matar os dois sem leme mesmo.

Fui abaixado junto com os cara, no maior silêncio. Quando a gente chegou na parte de trás, começamos a passar nos acessos pra chegar até então naquela casa.

Do nada mesmo um dos meus soldados caíram no chão, morto. Aí já fiquei bolado, a porra já tá saindo do plano.

Jogador: fiquem atento nessa porra. Que se foda agora, já sabem que tamo aqui dentro. Vamos ser rápidos nesse caralho. Manda sinal pro nossos invadirem já, que se foda.

Não demorou muito e os barulhos da bala comendo começou. Os fogos foram soltados e aos poucos os moradores iam desaparecendo das ruas. Avistei a casa aonde o menor disse que ela estava de longe, também vi uma mulher de relance com a cara na janela.

Boquinha: bora porra, pula os muros. —concordei.

Eu já tava suando pra caralho e o nervosismo tomando conta do meu corpo todo. Acabei me arranhando todo pulando os muros e desviando da porra desses tiros.

Quando finalmente faltava só um pouco pra mim chegar na casa, as balas começaram a ficar mais fortes e mais frequentes.

Boquinha: vai da pra tu passar não! Vão atirar em tu.

Jogador: se a gente demorar eles vão mudar ela de lugar, a intenção deles é essa mermo, a gente não chegar até lá logo e eles tirarem ela de lá.

Boquinha: então vai, eu dou cobertura.

Jogador: só não vacila menor!

Fui sem pensar mesmo, corri pra caralho atirando pra aonde eu olhava que tinha soldado inimigo, conseguia nem mirar neles.

Quando abri a porra da casa e vi a Viviane no chão amarrada, meu coração acelerou pra caralho, senti uma parada surreal mesmo. Fui até ela e passei a mão no rosto fazendo ela acordar assustada.

Viviane: Jogador? É você mesmo?

Jogador: pode crê que é.

Viviane: só posso estar alucinando.

Jogador: tá não e eu vim te tirar desse inferno. —peguei ela no colo.

Jota: aí patrão, bora. Conseguimos liberar o caminho, da pra tirar a patroa daqui agora.

Jogador: então leva ela. —peguei ela no meu colo. Vivi tava fodida pra caralho pra se manter em pé.

Viviane: espera.... —disse fraca— a Samanta, ela tá aqui. Eu não sei aonde colocaram ela. Mas ela tá morta. —disse e logo depois apagou.

Jogador: te amo, tu vai ficar bem —sussurrei baixo e beijei a testa dela— leva ela pra longe daqui menor, se possível já deixa no upa da rocinha. —entreguei pra ela.

Boquinha já estava aqui comigo. Só esperei passarem o radinho dizendo que eles já tinham saído daqui pra mim sair dessa casa e sair metendo bala.

Eu tinha que achar a Samanta, mesmo sem vida eu precisava fazer isso. Minha cabeça tava a mil, mas não tava com tempo nem de pensar.

Boquinha: Francisca tava por aqui, foi avistada no beco próximo.

Jogador: então vamo atrás, eu quero a cabeça dela.

Eu vim na sede dela e do Dentinho, e são eles que eu vou matar! Não aceito sair sem eles daqui. E de quebra ainda vou dominar a São Carlos.

Na hora que vi uma mulher correndo pelos becos desesperada, minha única reação foi correr sem nem ver porra nenhuma e puxar pelos cabelos.

Jogador: tu não sabe o quanto eu tava te caçando, maldita. —ela sorriu debochada.

Fran: veio buscar a sua marmita?

Jogador: vim te matar.

Podia ter o tempo todo pra torturar e falar coisa pra caralho com ela, mas no meio de um fogo cruzado não da né.

Só apontei a pistola bem na testa dela.

Fran: se eu morrer, você vai perder um dos seus.

Jogador: manda um beijo pro capeta. —engatilhei e atirei de uma vez fazendo com que o sangue dela espirrasse toda em mim.

Na hora ouvi um grito de dor e olhei pro Boquinha que já estava caído no chão, fui até ele é puxei pra dentro de um barraco velho.

Jogador: relaxa caralho, respira. —tirei a camisa e coloquei no abdômen dele, tava saindo sangue pra caralho.

Dei uma olhada por cima e aparentemente a bala ainda estava lá dentro. Não dava pra ele continuar aqui, ele precisava ir pro postinho urgente.

Boquinha: Lipe de..u o papo.. que.. aí caralho. —tentou falar.

Jogador: cala a boca menor, falar só piora porra. Vou te tirar daqui e você vai pro posto, ouviu? Quando tu sair vivão daqui eu te dou aquela minha moto que tu sempre quis, tu é meu irmão porra —dei um tapa na cara dele— dorme não arrombado.

Boquinha: vai.. se fo..der. Cata.. a mãe da.. So..fia... ela tá num beco aqui atrás.

Jogador: menor, vai no beco 6, pega o corpo da Samanta. Boquinha foi baleado porra. Ajuda aqui —chamei no radinho.

Tava suando pra caralho e não fazia a mínima ideia de onde prosseguir a parti de agora.

Destino traçado Where stories live. Discover now