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X2

Tô preocupado pra caralho com esse bagulho da Luana aí, garota é nova pra caramba, fora que eu e ela vamo tomar o maior esculacho do Jogador se ela estiver mesmo grávida né.

Agora que eu tô me acertando com a Carol de novo, tá tudo fluindo. Não vou negar dizendo que eu não gosto da Luana, gosto, mas não da não, bagulho que não tem futuro não adianta nem insistir.

X2: aí ó —joguei 200,00 na cama— fica só entre nós esse bagulho, tá ligado? Sigilo total.

Keila: fica tranquilo, não quero estragar minha amizade com a Carol.

Nem falei mais nada, com a Keila foi só sexo, primeira e última vez. Sai de lá e guiei pra casa da Carol mesmo, tava precisando falar com ela.

Carol: tá fazendo o que aqui essa hora?

X2: vim te ver cara, posso não?

Carol: pode —me deu um selinho— ta com perfume de mulher.

X2: não começa não cara, tu e essa mania de me arrumar mulher. Eu tava na casa da minha mãe. —ela me olhou desconfiada— falei pra você que ia mudar por nós, não falei? Então, agora é só eu e tu!

Carol: eu espero mesmo caíque, cansei de ser feita de otaria. Até cai na porrada com peguete pirralha tua.

X2: já quero te avisar pra tu não ir roncar em cima da Luana de novo não.

Carol: tá defendendo ela? —cruzou os braços.

X2: irmã do meu chefe porra, qualquer b.o que tu arrumar com ela quem vai se foder sou eu! Agora que tu é minha mulher, vai ser assim.

Carol: repete, sua o que? —sorriu toda besta.

X2: minha mulher. —puxei ela pela cintura e dei um beijo.

Carol veio cheia de fogo pro meu lado já, metendo mão boba ali e aqui, já comecei tirando minha camisa. Mas a porra do telefone começou a tocar na hora, que ódio.

X2: pera aí Carol. —me afastei dela.

Ligação on

X2: solta a voz!

Luana: deu positivo. —ouvi a voz baixinha dela de choro.

X2: fica suave Juninho, daqui a pouco tô aí.

Ligação off

Carol: que Juninho?

X2: cara da boca, vou tem que resolver um bagulho.

Carol: não conheço nenhum Juninho, caíque.

X2: e tu conhece todos os traficante daqui? —ela ficou quieta— ah bom, tô indo resolver o bagulho, meia hora tô aqui.

Dei um beijo na boca dela e mandei a Luana guiar lá pra casa, não posso dar mole de ir na casa dela. Tudo bem que já tô na merda né, se eu for la agora é o de menos, fodido eu já estou!

Minha mente tava a milhão, caralho! Eu sou novo pra caramba, ela é nova ainda e eu deixei isso acontecer, maior vacilo dos dois, papo reto! Mas eu vou assumir meu b.o, tô nem maluco de deixar ela na mão, por mim, até assumir ela eu assumia.

Cheguei em casa e ela já estava lá com minha mãe, a garota chorava pra caramba e minha mãe abraçava ela.

Meire: vocês dois foram muito irresponsáveis, vocês sabem disso né? Mas Luana, fica despreocupada, que o caíque vai assumir o papel dele de homem! Ele vai criar essa criança, vai ajudar financeiramente, vai lá e vai falar com sua mãe, com seu irmão. —falou assim que eu entrei, não deu nem chance pra mim falar— ele vai fazer o que tiver que fazer, porque eu espero ter criado um homem e não um moleque.

X2: tô ligado das minhas responsabilidades, vou assumir isso. Posso bater um papo contigo, Luana?

Meire: vou sair, fiquem a vontade. E você —apontou pra mim— quero falar contigo depois.

Ela saiu e eu olhei pra Luana que continuava olhando pro nada e chorando.

X2: não adianta ficar assim cara, já foi. A gente vai assumir nossa responsabilidades, sacou?

Luana: eu já entendi isso, só que eu não vou ficar sorrindo, eu não queria essa coisa!

X2: que da próxima vez usasse camisinha porra! Agora para de falar assim do nosso filho cara, tu tá sendo infantil.

Luana: você que não quis por camisinha!

X2: e tu reclamou? Se quisesse que eu colocasse, eu teria colocado porra. Vou nem discutir contigo, não vale a pena. Vamos criar essa criança juntos e não tem pra que discutiu.

Luana: eu não quero que a gente esteja junto, entendeu? A gente vai ter uma boa relação por isso —apontou pra barriga— mas nos dois não rola nunca mais.

X2: se tu quer assim, problema teu! Quando se vai falar com tua mãe e com seu irmão?

Luana: fim de semana eu quero falar pra minha mãe. Pro meu irmão eu sinceramente não sei. Por mim eu nem falava, deixava ele vendo minha barriga crescer ou só soubesse quando eu fosse parir.

X2: viaja não cara. Se tu quiser eu falo com ele.

Luana: isso fala lá, tudo que eu preciso agora é que o pai disso aqui morra. Se tu for sozinho, ele te mata.

X2: tu me chama nesse número aqui —chamei ela pelo meu outro celular.

Luana: não fala ninguém Caíque. Só sua mãe e a Viviane sabe.

X2: teu irmão come a Viviane, se acha que ela não vai abrir a boca?

Luana: ela não é as piranhas que você tá acostumado a lidar não, Viviane é fechamento. Quando for falar dela, fala com mais respeito. Meu papo é só isso, tô picando o pé.

Puxei ela pra perto e abracei a mesma contra a vontade dela.

X2: sei como tua cabeça ta confusa, mas pensa pelo lado bom, vamos ter nosso filho pô. Se nem precisa parar de estudar, até a criança nascer tu acaba esse ano e já termina. Depois o próximo é moleza. Fica suave neguinha! —beijei a testa dela— tudo que precisa pode me acionar, a gente tem um vínculo eterno agora.

Ela nem falou nada e só saiu da minha casa, tava confuso, mas feliz ainda. Minha mãe voltou pra casa e me deu o maior esculacho, falou coisa pra caramba no meu ouvido e eu só de cabeça baixa, podia discordar de nada que ela falava.

Destino traçado Where stories live. Discover now