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Pt

Tava nervoso pra caralho, mas fiquei ali do lado dela segurando a sua mão e dando maior apoio. Era o que ela precisava, de alguém do lado dela.

Quando ela ouviu aquele chorinho do bebê, começou a chorar e eu fiquei todo estranho, uma sensação esquisita, mas era boa.

Luana: meu menino, meu filho. —segurou eles no braço.

Pt: moleque é bonitão, parabéns pô. —ela sorriu me olhando e depois voltou a olhar pro Murilo.

Ela não pôde ficar muito com ele no colo, porque as enfermeiras levaram pra limpar e fazer outros bagulhos.

Depois ela fez uma pá de bagulho e eu so esperando acabar, quando finalmente acabou e só ficou eu e ela na sala, soltei a voz.

Pt: tu tá bem?

Luana: Eu to ótima, uma sensação incrível sério. Meu coração está acelerado, mas parece que assim que vi meu bebezinho, soube que agora meu coração tá fora do peito.

Sorri todo orgulhoso dela, garota não aceitava a gravidez de jeito nenhum, vivia falando uns bagulhos sem pé e nem cabeça. Aí agora tá toda feliz com o bebê, se tornou uma mulher.

No aniversário de 17 anos dela, tava toda triste, quis comemorar nada! Eu deixei passar, mas não esqueci, guardei um presentão pra ela e vou dar agora, aproveitar que tamo sozinho aqui.

Pt: toma, isso é pra você. —entreguei uma caixinha pra ela— presente do seu aniversário.

Luana: Eu não acredito. —disse abrindo— é lindo cara, sério. Brigada Patrick.

Pt: e tem outro, so que não é pra tu, é pro menor.

Luana: hmmm, deixa eu ver. —entreguei a outra sacolinha.

O dela era uma corrente com um L e em volta várias pedrinhas de diamante mesmo. O do moleque era uma pulseirinha de ouro escrito "Murilo".

Luana: você tá sendo tão bom pra mim! —me olhou— brigada por estar do meu lado sempre e agora.

Pt: vou ta sempre aqui contigo, maluca. —olhei no vidro e o X2 me encarava de cara fechada— vou meter o pé, depois passo na tua casa pra te ver.

Luana: tem que ir mesmo? —concordei— valeu.

Pt: é nois gata. —beijei a casa testa dela e sai.

Eu sinto uma parada muito doida pela Luana tá ligado? Nem sabia o que era direito, só sabia que tava me enrolando pra caralho.

Não queria passar como talarico na visão dos caras e muito menos entrar de cabeça num bagulho que talvez não tenha futuro.

X2: posso bater um papo contigo, Pt?

Pt: hm, solta a voz.

X2: o que tu tem com a Luana? Tá ligado que ela é mãe do meu filho né?

Pt: devo satisfação pra tu não, brabão que vou sair dando satisfação pra homem agora.

X2: acontece que eu e ela tem um vínculo, sacou? Eterno.

Pt: i o que eu tenho haver? Com ela o único vínculo que tu tem é a criança. E eu não vou entrar numa disputa contigo tratando ela como objeto, porque é o que tu sempre fez com ela. —falei e sai.

Guiei pro morro com a cabeça a mil, tava ligado que o Jogador não tava pela boca, então fui pra lá e sentei na minha cadeira, pedi um combo e fiquei ali, bebendo sozinho e pensando.

Boquinha: que foi? Tá deprimido aí.  —entrou na sala.

Pt: problemas. —ele negou com a cabeça e catou o celular.

Boquinha: tá pegando o que?

Pt: nada.

Ficamos calados, um em cada canto, e eu só bebendo pensando. Passou dez minutos e o Jogador brotou aqui.

Jogador: passaram a visão que alguém precisa de apoio, quem? —apareceu na porta.

Pt: fofoqueiro pra caralho tu.

Boquinha: Menor avisou que tu pediu bebida pra beber sozinho, aí brotei e tive que acionar a Florzinha, pro bonde tá completo.

Jogador: comprar whisky e não chamar a gente, é trairagem.

Boquinha: solta a voz neguinho, tá rolando o que contigo?

Pt: as psicólogas chegou.

Boquinha: as super poderosas pô, respeito.

Jogador: tô dando maior moral de tá aqui pra ouvir você, meu sobrinho nasceu  e eu aqui—pegou meu whisky e eu olhei pra cara dele— se liga pô, tu dando em cima da minha irmã e eu não posso beber o whisky? —dei risada.

Boquinha: ala, nem negou! Pode falar pô, a gente é as super poderosas.

Jogador: caralho Boquinha, vai se foder —deu risada— tu tá vendo mundo desenho com a tua mina.

Pt: papo é sobre tua irmã, tem como falar não.

Jogador: tô filmando vocês a maior tempão, tu é moleque bom e eu gosto de tu pra caralho. Nunca quis a Luana com ninguém do crime, mas o motivo de eu ficar puto quando descobri do lance dela com o X2, não foi por ele ser bandido, mas porque eu sabia que ele não era pra minha irmã. Menor nunca prestou, tinha várias por aí e a minha irmã não é mulher pra ficar se passando pra trás não!

Boquinha: e o que a Luaninha fez pra tu precisar de uma garrafa.

Pt: ela não fez nada. Mas o b.o é que eu tô na dela pra caralho, tem nem como negar —Jogador deu um corte no whisky dele e eu ri— só que o problema...

Jogador: problema é que tu tá se importando em ser taxado como talarico? Ou o problema é se envolver que ela tem filho com outro menor?

Pt: isso mermo, só que o problema não é nem ela ter filho com outro, problema é ela ter filho com X2.

Boquinha: se liga Pt, Luana tá na tua tanto quanto você tá na dela, geral já sacou isso. Tu tem que se importar com o que geral vai achar não, tá pior que mulher porra.

Jogador: aquele lá nunca teve porra nenhuma seria com a Luana, tu não tá sendo talarico. Mas aí, se for pra tu jogar sujo com a minha irmã e magoar ela, eu castro você.

Boquinha: agora vai lá e pede ela em namoro, leva pra maldivas. —Jogador riu.

Jogador:  tu tá vivendo na Disney né.

Boquinha: se precisar de mais conselhos, aciona as super poderosas de novo. —mandei ele se foder.

Esses filhos da puta ficaram aqui maior cota gastando na minha mente.

Destino traçado Where stories live. Discover now