65

21.2K 1.3K 84
                                    

Carol

Tava afim de machucar de verdade essa puta mirim. Meu foco mesma era tentar acertar pelo menos uns socos na barriga dela, mas a vagabunda tava protegendo a barriga com toda a sua força, então tive que ir bater na cara mesmo.

Povo começou a se tumultuar tudinho em voltar e a gritar, eu nem conseguia entender porra nenhuma, tava ficada mesmo em matar essa criança!

Senti meu cabelo sendo puxado pra trás com tudo e sem nem eu conseguir reagir a Camila começou a meter vários socos na minha costela. Quando eu consegui reagi ela meteu uma joelhada na minha cara.

A vadia brigava igual macho mesmo!

Carol: na covardia sua piranha? Eu vou te matar. —falei quando conseguir me soltar.

Camila: Cade tua disposição? Tava batendo em grávida e agora não consegue sair na porrada?

Ela veio pra cima de mim e aí eu já sabia que iria apanhar mais ainda. Quando o Caíque chegou e entrou no meio eu agradeci.

X2: tá batendo na minha mulher porque Camila?

Camila: porque a bonitona aí tava batendo na Luana, na maior covardia. A garota tá grávida porra. Agora sai do caminho que ainda não acabei meu serviço com ela.

Jogador: precisa não Camila, serviço dela vai ser completado lá na boca. —chegou e me olhou com aquele olhar frio— Segunda vez que tu procura briga com a minha irmã, qual o teu problema?

Carol: a garota tá grávida do meu namorado!!

Jogador: i daí? Aí tu arruma câo com ela? Se resolve com teu macho. Mas ó, tô cansado já. Tô dando moleza demais nesse caralho, leva ela pra boca.

Carol: de novo não, coe.

Jogador: leva logo, tô perdendo a paciência. Aproveita e leva o macho dela também. —ele saiu e olhou pra Luana que estava junto com aquela amiguinha dela.

O vapor veio apertando meu braço e puxando, fiquei logo brava já.

Carol: me solta, buceta!

-fica parada porra, tô perdendo a paciência contigo.

Carol: então me solta.

-mina chata viu.

X2: oh Carol, fica na mora. Já estamos na merda, aí tu fica abrindo a porra da boca. Mas tu vai se foder legal comigo, foi bater na garota sabendo que ela tava grávida?

Carol: não amor, eu não sabia. Jamais bateria nela assim.

X2: eu ouvi tu falando porra, sabia sim caralho! E no meu filho tu não encosta a mão.

A gente foi jogado numa salinha que tinha mais cheiro de morte do que tudo. Caíque estava bem nervoso, mas imagine eu? Provável que vou tomar uma coça daquelas.

Jogador: vocês não cansam de arrumar problema aqui? —apareceu sem camisa e fumando um baseado, gostoso demais.

X2: cheguei depois, Jogador. Tu acha que eu deixaria tocarem na Luana sabendo que meu filho tá ali?

Jogador: tira essa pose de homem pra cima de mim. Tu segura essa garota, próxima vez que ela ousar chegar perto da minha irmã ela pode se considerar morta. Dessa vez vou ser muito bom, vou dar um pau bem dado nela e vai virar pão careca.

Carol: meu cabelo não. Tu pode me bater, mas meu cabelo não.

Jogador: eu até te expulsaria da favela, mas quero ter o prazer de ver você toda vez que passar perto da Luana abaixar a cabeça e se ela estiver numa calçada, você atravessa.

Carol: eu não vou abaixar a cabeça pra uma criança.

Jogador: então testa, me testa pra tu ver.

Ele saiu da sala sem falar nada, mas voltou com uma mulher, aquela eu conhecia bem! Era uma cunhada que cobrava as mulheres.

Logo vi o pau na mão dela e ela se aproximando.

-posso me divertir, chefe?

Jogador: toda sua! X2 fica aí pra olhar bem, pra toda vez que ela ousar abrir a boca pra falar da minha irmã tu saber o que vai acontecer.

A mulher se aproximou mais ainda e a primeira madeirada foi nas costas me fazendo urrar de dor, aos poucos eu já me sentia mais fraca.

Essa imunda fazia sem remorço nenhum! Batia nas pernas, na barriga, nas costas, até na cabeça ela deu! Eu já estava cheia de marcas, com muita dor e sangrando a beça a essa altura já.

Carol: por favor, chega.

-ainda não cansei. —voltou a me bater.

Caíque ficava olhando com olha bem fixo pra mim, aquele maldito não estava nem com dó, será que esse imundo não me ama mesmo? Puta que pariu..

Quando ela parou de me bater, eu nem conseguia se quer levantar. Mas ela veio com a maquininha em mãos e passou na minha cabeça.

Senti as lágrimas escorrerem ao ver meus cabelo caindo sobre meu corpo e grudando no sangue, meu muco era a coisa mais linda do mundo, que ódio!

-pode tirar tua marmita agora, X2. —a mulher sorriu pra ele— sera que ela sabe que a amiga dela senta pra tu também? A Keila né? A marmita da rocinha. —riu debochando.

Senti uma onda de fúria dentro de mim, mas infelizmente não tinha força pra me levantar e bater nele.

Coloquei a Keila dentro da minha casa, falava todos os detalhes do meu namoro pra ela e a sonsa dar uma dessa?

X2: bora, Carol. —me ergueu.

Ele me carregou e nem conseguia xingar ele. O bofe me levou em casa, me deu um banho, que ardeu pra caramba nas feridas e depois me vestiu e deu remédio pra dor.

Carol: brigada...

X2: de boa, mas Carol não da pra tu levar essa vida mais não. Mete o pé dessa favela, vai atrás da tua mãe. Tu merece isso não. Tô metendo o pé. —ele se levantou e saiu.

Sabe o que doía mais ainda? Que ele não tava falando isso por se importar comigo, mas sim porque eu não tô mais aquela garota bonita de antes, ainda mais agora careca né. Mas esse bofe vai engolir tudo isso, se vai ver.

Destino traçado Where stories live. Discover now