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Viviane

Consegui curtir legal lá nesse tempo e se eu falar pra vocês que não criei um sentimento pro Jogador tô mentindo. Porque eu sinto algo por ele, só não sei o que é ou pelo menos não queria admitir.

Só que eu parecia estar criando um sentimento totalmente sozinha, o Jogador certamente era o tipo de homem que não se apaixona, talvez ele esteja me usando por um tempo e quando esse tempo acabar, o que ele faria comigo?

Durante o tempo que o Jogador estava dentro daquela sala na reunião a tal garota que ficava me encarando veio até mim, dizendo coisas que com certeza não teria como ela saber, a não ser que tivesse tido contato com a minha mãe, que até então nem minha vó sabia mais aonde ela estava.

Fiquei quieta e guardei pra mim, até porque não foi as únicas coisas que a menina me disse, falou que ela também já foi uma das garotas do Jogador e que hoje em dia, ela era totalmente descartada e ele tratava ela como lixo, já fiquei com isso na cabeça né?

Nunca tinha gostado de ninguém e agora cada momento que eu fico longe dele eu sinto saudade do sexo, do nossos papos e até das neuroses que ele tinha. Nossos corpos tinha a maior sintonia no sexo e eu gostava muito do que nós tínhamos, porque pra mim era além de sexo. Mas pra ele, eu era só mais uma.

Cris: chegou quieta, o que foi? Aquele rapaz te fez mal?

Viviane: claro que não, só tô pensando aqui, aonde minha mãe esteve pela ultima vez?

Cris: não sei Viviane, última vez que soube ela estava em Niterói, mas não a vi depois.

Viviane: ah sim, e você tem falado com ela?

Cris: não, você mesmo disse que não queria mais saber dela, porque isso agora?

Viviane: não é ... —fui interrompida pela Laura que entrou correndo e me abraçou.

Laura: eu senti sua falta, Vivi.

Viviane: agora eu tô aqui —abracei ela— fiquei sabendo que tu aprontou bastante hein! —ela fez uma carinha de sonsa.

Laura: eu? Que nada!

Viviane: tem certeza? —ela assentiu sorrindo sapeca.

Aquele sorrisinho me fez esquecer de todo o problema. Fiquei brincando com ela até mais tarde e ainda prometi levar pra escola de manhã, eu que lute mesmo.

[...] dei um beijo em sua testa e me despedi vendo ela entrar no colégio e cumprimentando os funcionários que estavam ali.

7hr da manhã e a única coisa que tinha na rua era as pessoas indo trabalhar, comércios sendo abertos e uns caras de plantão, óbvio.

Boquinha: fala patroa.

Viviane: Patroa? —encarei ele— é assim que sou conhecida agora?

Boquinha: ficar com o chefe tem suas consequências, patroazinha.

Viviane: patroa seu cu. Antes você era mais educado, me oferecia carona.

Boquinha: isso era antes da gente fazer amizade, agora tu que ande a pé mesmo.

Viviane: sabe se a Camila está por aqui? —ele negou ajeitando o fuzil nas costas.

Boquinha: vi ela última vez com aquela outra pirralha, mas isso foi sexta.

Viviane: me deixa lá em casa vai, tá de bobeira aí. —ele subiu na moto e girou a chave.

Boquinha: vai subir não? Vou desistir de deixar tu lá.

Encarei ele serinho e subi na moto, agarrei a cintura dela bem forte porque Deus me livre cair de moto. Ele e o Jogador andam igual louco.

Viviane: tu é amigo do Jogador a quanto tempo?

Boquinha: crescemos junto, porque?

Viviane: se eu te fazer uma pergunta, você vai estranhar? E promete que vai ficar só entre nós dois.

Boquinha: começa falar assim não, fala logo.

Viviane: ele já teve muitas garotas? —ele me olhou sem entender— eu só quero saber para que eu não crie expectativas. —mais ainda né.

Boquinha: seja mais direta.

Viviane: você acha que daqui um tempo quando ele enjoar ele vai me descartar?

Boquinha: Jogador só se envolveu com 3 pessoas firme assim. Você, Samanta, mas foi só pela Sofia, tá ligado? E a Alessa, que foi um bagulho passageiro. E mesmo estando com elas, o que todo mundo sabia, ele nunca desfilava pelos cantos, pelo menos eu acho que por você pode ser uma coisa diferente, sabe? Mas eu não sei, isso você tem que falar com ele. Conheço ele há muito tempo e mesmo assim é difícil de conhecer sobre ele.

Viviane: valeu, não fala nada pra ele tá? Me sinto uma tola. —ele concordou e saiu.

Tava parecendo uma emocionada, que ódio!! Não queria estar assim, mas meu maldito coração mole tá foda.

Eu estava bem disposta a ir atrás da minha mãe, queria saber até onde ele chegaria pra tentar se aproximar de novo, porque aquelas palavras da menina pregava na minha mente.

"Ela tá sempre de olho. E quando tu menos imaginar, ela aparece. Pra buscar a filha menor dela"

Eu nunca deixaria ela levar a Laura, jamais mesmo. Aquela atitude que ela fez não foi extremamente escrota, o que ela vai fazer com a minha irmã agora?

Eu só não sabia como iria conseguir saber informações sobre ela. Mas eu precisava e ia dar meu jeito.

Luana me mandou mensagem dizendo que precisava de mim amanhã na casa dela as 14hr em ponto, aí tive que explicar que eu trabalho né? Não posso largar minhas coisas assim pra resolver coisa dela.

Então fiquei de passar lá assim que acabar tudo, umas 19hr. A garota nem tinha falado o que era, mas já imaginava que era o bagulho da gravidez dela né.

Depois que voltei da viagem eu mal falei com jogador, tudo pelas minhas paranóias. Não sabia o que ele achava de tudo isso, mas eu precisava só de um tempo, antes de ficar mais emocionada.

Mesmo não estando no melhor momento com ele, eu ia dar essa força a minha amiga, já até imaginava a reação dele, seria péssima com certeza. Se quando um colega dele brincou que a Luana estaria grávida
ele já ficou bolado, imagine se ele soubesse que ela tá grávida já.

Eu me sentia meio excluída por estar indo resolver um negócio que era somente pra família deles né? Não tenho nada a ver com isso, mas a própria Michele falou que eu podia ir numa boa, porque pra controlar ele seria difícil, tava imaginando um homem igual um bicho já.

Destino traçado Where stories live. Discover now