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Viviane

Como sempre, baile cheio já. Jogador me colocou na frente dele e segurou minha cintura enquanto os seguranças abriam caminho pra gente passar, geral olhava, mesmo depois de tanto tempo, eu não me acostumava com isso.

Subi as escadas pro camarote na frente e só senti ele abaixando meu shorts, sempre assim.

Minhas soldadas estavam todas abatidas cara, Andressa com Boquinha, Maya e Camila. Luana e Pt, todas bem comprometidas.

Jogador: vai beber o que?

Viviane: whisky.

Jogador: vai ficar doidona e se jogar do camarote aí. —dei risada— vou mandar o mano levar até você, vou com os caras ali.

Ele me deu um selinho e saiu, camarote tava bem cheio também, muita mulher pra pouco bandido.

Logo o balde chegou e eu já fiz meu copo, hoje vou nem abusar da bebida porque sou fraquíssima e quem tem que aproveitar o dia é meu boyzinho, dia dele.

Luana: Ruan caprichou no baile, fiquei sabendo que o Ret e o Poze vão cantar hoje.

Ruan é apaixonado nas músicas do Ret, eu não fico pra trás não, amo as músicas e acho o Ret um gostoso, mas isso a gente deixa bem no off.

Agora só tocava os funks de putaria e a nossa bunda mexia no ritmo. Como sempre, tinha muita mulher olhando e jogando pro Ruan né? Mas eu tava só de olho, ele não estava nem aí, só conversava e bebia com os parceiros dele, então tudo ótimo, sem estresse nenhum!

Quando comecei a ficar bem bêbada eu pedi água e fiquei de boa. Ret subiu no palco e foi todo uma loucura, o homem começou a cantar e todo mundo acompanhava.

Jogador: somos ideias um pro outro. Na verdade eu não quero só metade. Quero mais, eu quero em dobro. Ret a vélico neurótico bolado. Sou jogador camisa 10 apaixonado. —chegou cantando no meu ouvido e me abraçou.

Vou tirar sua roupa te deixar louca
Sou chefe do crime perfeito
E dono da sua boca
Nosso futuro é incerto, papo reto
Quanto mais longe eu fico
Mais eu quero estar perto daqui
Me sinto tão vazio mesmo que eu esteja transbordando em rios
Mas você sabe sempre luto contra o tempo
Enquanto estivermos lado a lado
Aproveite cada momento amor.

A gente curtiu o show assim, bem agarradinhos, cantando juntos. Ele tava bem alterado já, dava pra perceber só pelo olhar e o jeito de andar dele.

Jogador: tu tá ligada que é a mulher da minha vida né? Eu te amo demais, preta. —me virei e fiquei de frente com ele— a gente vai ter muita história juntos ainda.

Viviane: com certeza vamos, eu te amo demais. —coloquei a mão na nuca dele e beijei— você é tudo que eu precisava.

Boquinha: porra, cheia das declarações aí. Agora deixa meu amigo livre pô, libera o preso aí. —dei risada— bora Jogador.

Andressa: tá muito soltinho Júnior, o preso daqui a pouco é você, se liga não. —ele deu risada e ela só fechou mais ainda a cara.

Eles eram tão surtado, que chega a ser engraçado. Os meninos marcaram um tempo aqui, mas depois já saíram.  Poze já estava cantando, só olhei pro lado e vi o outro todo altinho já, tava até dançando lá com os meninos.

Jogador: aí, vou puxar ronda, ta? — veio até mim e falou baixo perto do meu ouvido. Olhei bem pra ele, tava querendo ficar de rolê por aí.

Viviane: vai.

Jogador: ii qual foi? Papo de ir e voltar rápido.

Viviane: tá bom Ruan, vai ué.

Eu que não ia ficar prendendo homem. Se ele quiser ir dar o giro dele, ele que vá. Só não sei porque não consegue ficar com o cu quieto.

Saiu ele e um monte de macho, camarote até deu aquela esvaziada. Show do Poze acabou e aí começou a tocar só as putaria, me empolguei a beça e comecei a jogar a bunda com as minhas faixas. Até voltar a beber eu voltei.

Nem demorou e os bonitos apareceram, menos quem? Ruan. Já comecei a ficar mega estressada. Mas deixa, deixa ele bem à vontade e curtir a noite dele, porque se eu descobrir qualquer babado, eu saio da vida e finjo que nunca nem existiu eu e ele.

Boquinha: aí, o cuzão ficou na boca resolvendo um bagulho lá e mandou eu te avisar.

Viviane: no aniversário dele, jura? Se ele quisesse comer alguém que inventasse uma coisa melhor.

Boquinha: tá bêbada já, falando bobagem aí. Menor é fechado contigo, Vivi. E eu não ia tá vindo aqui passar essa visão pra acobertar erro dele não.

Fiquei na minha, confiava na palavra do Boquinha, mas mesmo assim continuei bolada. Aniversário é dele e ele é o chefe, podia mandar alguém ir lá e resolver o problema pra ele.

Passou uma hora e ele voltou, veio falar comigo e eu bem neguei voz.

Jogador: aí, quando tu parar de cu doce a gente conversa, tá legal? Tô aqui maior tempão e tu negando voz aí. Tá certa Viviane, vou aproveitar o resto do meu dia. —falou e saiu.

Não ia dar em nada os dois conversar com o álcool na mente, preferi ficar quieta porque com certeza eu ia falar o que não devia e só iria piorar.

[....] Deu 8hr da manhã e o baile tava cheio ainda, eu aqui de pé, mas morta. Tava querendo ir pra casa já, só que o Jogador tava bem curtindo ainda.

Viviane: tô indo embora gente. —falei para as meninas.

Camila: quer que a gente te leve? Sem câo.

Viviane: precisa não, essa hora ta de boa já. —me despedi delas e fui até aonde o bonito tava— tô cansada, vai ficar ou vai ir?

Jogador: da pra segurar mais não?

Viviane: tô com sono, com dor no corpo. —meus pés e minha cabeça já tava latejando.

Fiquei esperando ele se despedi dos meninos e depois a gente saiu, ele andando na frente e eu atrás, bem distantes.

O caminho todo maior silêncio no carro, ele não abriu a boca e nem eu.

Destino traçado Where stories live. Discover now