Capítulo 25

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— Ora, finalmente está aqui, Alteza. A senhorita não sabe como te aguardei ansiosamente! Os olhos de Garret se iluminaram ao ver a sua encomenda diante dos seus pés.

O corpo da princesa estava encurvado desde o momento em que foi jogada no chão do palácio, observada por todos como um animal raro exposto ao público. Alyssa sentia-se fraca, não havia comido nada desde que foi levada do castelo, a lateral da sua costela doía, assim como várias outras partes do seu corpo. Achou que não chegaria viva até ali. Seu vestido estava sujo e rasgado, sua tiara real havia sido arrancada da sua cabeça com força, levando um punhado do seu cabelo junto do movimento.

Havia sido ridicularizada pelos soldados de Medroc durante o percurso, sentiu medo e por muito se arrependeu de ter se deixado levar por aqueles homens. No trajeto os homens tentaram tocá-la, erguendo a barra da sua roupa e depositando as mãos nojentas em sua coxa, no entanto, a princesa rebateu em proteção, levando um soco em resposta, enquanto os demais riam e gracejavam da situação.

A princesa de Ílac é intocável? – um deles zombou, segurando o rosto dela. — Aqui não, menininha, aqui você será o que nós quisermos. – Abriu um sorriso horripilante, mostrando seus dentes amarelos e deixando à mostra a falta de alguns deles.

Afaste-se de mim! – Alyssa rangeu, virando o rosto para evitar o toque dele, enquanto os homens faziam um círculo ao seu redor.

Pegue ela, Crigh, quem a princesinha acha que é?! – um deles gritou.

Eu também vou querer um pedacinho – outro soldado avançou sobre ela por trás e agarrou a sua bunda.

A princesa pulou assustada e tentou fugir, escapando das mãos de alguns que tentavam segurá-la. Um homem alto e rechonchudo a abraçou quando ela passou por ele e a apertou contra o seu corpo, segurando as mãos dela em suas costas.

Onde que pensa que vai, princesinha? – Abaixou a cabeça e mordeu o ombro dela com força, fazendo-a gritar de dor e se debater. — Hum, saborosa! – Riu e arrastou-a de volta para o círculo. Os soldados, erguendo seus copos e gritando em zombaria, estendiam as mãos para tocá-la no caminho e começaram a puxar as roupas dela, rasgando partes do seu vestido.

Solte-me, seus crápulas! – Alyssa gritou enquanto tentava se livrar das mãos dos homens, porém o círculo ia se fechando e ela sentia mãos passando em várias partes do seu corpo enquanto ela tentava se soltar, sem chance alguma.

A princesa chutou a canela de um deles e a sua palma atingiu o rosto de outro, entretanto, eram muitos. Começaram a puxar o seu cabelo e alguém a jogou no chão. O soldado, que havia a levado para o círculo, deu um grito e abriu os braços, chamando a atenção dos homens e caminhando até ela, que estava com as costas no chão, o seio direito quase exposto e sua perna desnuda.

Deixe a menina comigo, quero ver se assim que eu terminar com ela, a sua postura continuará tão altiva! – ordenou e os homens se endireitaram em volta da princesa, ao passo que ele andava até ela com a mão no cinto da sua calça, desabotoando-o.

Alyssa começou a se rastejar, recuando de costas e tentando manter distância daquele soldado, mas atingiu a canela de um outro atrás de si. Estava cercada e sem saída. O homem abriu as calças, abaixou-se diante dos pés dela e puxou-a pelas pernas em sua direção, o que estava atrás dela abaixou-se também e segurou os braços da princesa, impedindo que ela tentasse se soltar.

Os olhos da menina encheram-se de água e ela começou a gritar, enquanto sentia os dedos ásperos do homem tocar as suas coxas e subir o seu vestido. Quando seus dedos calejados atingiram a lateral da sua roupa de baixo, o comandante ruivo – mandante do seu sequestro – entrou na roda, rugindo contra os homens e fazendo todos eles recuarem imediatamente.

Trono de SangueWhere stories live. Discover now