[ 013 ]

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- 𝑱𝒐𝒔𝒉 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒄𝒉𝒂𝒎𝒑 -

Chegámos ao cais e felizmente a garota fez o que eu pedi sem resmungar ou debochar da minha cara.

- alguém fica a vigiar o local, outra pessoa vai pegar a droga e os outros mandam outras cargas de substâncias diferentes. - avisei a morena que parecia confusa. -

- eu faço o quê? - ela perguntou curiosa. -

- vem atrás de mim e mantém a sua postura de boa garota. Vamos pegar a droga.

Segurei na sua mão com certa força tentando impedi-la de se afastar para ver algo, nunca vi alguém tão curioso. A noite está fria e é possível sentir gotas de água fininhas a cair sobre a nossa pele.

- Josh? Eu escutei um barulho!

- foram os meninos, Gabrielly. Não estamos sozinhos.

- mas..

- Shiu. - acariciei as costas da sua mão com o meu polegar e puxei a corda presa ao pequeno barco para pegar a caixa. -

Fui até uma rocha e me sentei para assinar o papel e deixar no barco.
Funciona praticamente assim, os nossos aliados deixam a droga aqui em troca de jóias roubadas para o museu deles de antiguidades históricas, então eu assino em como recebi para garantir que não foi nenhuma emboscada.

- Any? - chamei a morena. - Abre aí a caixa só para garantir que está tudo certo, se estiverem 12 sacos aí dentro é porque está correto.

- Okay, 12 sacos. - ela falou para si mesma e abriu a caixa. - J-Josh..

Ela parecia estar assustada então eu me aproximei e espreitei a caixa.
Merda! Uma pequena bomba que dentro de dois minutos e trinta e três segundos iria explodir, estamos no meio do nada, um local cheio de árvores e depois oceano.

- calma, tem calma. - acariciei o seu braço e a puxei para trás de mim. - deve dar para desligar isso, está a ouvir esse " plim " irritante? Vem de algum outro lugar, deve ser la o sítio para desligar.

- eu acho que eu sei desligar. - a morena passou pelos meninos e seguiu o barulho, abrindo a porta da pequena cabine e se dirigindo até uma espécie de alarme que estava ali instalado. Boa.. restavam apenas cinquenta e quatro segundos e eu não faço ideia de como fazer aquilo não explodir para não morrermos todos. -

Any estava concentrada a mexer em algo, tirou um grampo do seu cabelo e começou a puxar alguns fios, os seus olhos estavam repletos de lágrimas mas mesmo assim ela não parou de mexer naquilo nem por um segundo.

- Any, vamos sair daqui o mais depressa possível por favor. - tentei puxá-la para longe. - faltam vinte segundos, por favor Any.

- eu não vou sair daqui! Eu prometi que ajudaria vocês. - ela falou focada naquilo e então apertou um botão. - se não for esse daqui.. desculpem. - ela baixou a cabeça e então eu a puxei para perto do meu corpo, any tinha os olhos fechados e o meu peito estava molhado pelas suas lágrimas, restava apenas esperar e ver se morríamos todos daqui a uns dez segundos. O corpo dela tremia e não era só de frio, então eu a segurei ao colo e acariciei as suas costas. -

Os dez segundos passaram e até agora estávamos a salvo. Os meninos correram para abraçar a garota assim que eu a pousei no chão.

Eu não conseguia dizer nada, era como se tudo estivesse a repetir-se.
A vida dela só depende de mim, se ela morresse nos meus braços eu nunca mais me perdoaria.

- Josh? - Any me chamou com a voz fraca mas o meu corpo não correspondeu ao que o meu cérebro queria fazer. - você está bem? Josh? Olha para mim! - ela segurou no meu rosto. - o que houve com você? Fala comigo caralho!

Senti as mãos do Noah sobre os meus ombros e em seguida ele ficou mais perto, agachado enquanto tentava me acalmar de alguma forma.

FLASHBACK ON

- por favor, corre. Se mantenha em segurança. - Ursula me olhava enquanto os seus olhos transbordavam lágrimas. -

Eu sentia o fumo adentrar as minhas narinas e o meu corpo ficava mais fraco a cada segundo que passava.

- papai! - dei leves tapas no seu rosto mas ele não abriu mais os olhos. - mamãe.. não me deixe sozinho por favor. - implorei sentindo o meu rosto arder pelas lágrimas e então eu tinha os meus pais nos meus braços, sem vida. E a culpa era minha, não os consegui salvar sequer. - por favor mamãe! Mamãe? Fala comigo, mamãe.. por favor! Por favor! Não me deixe! Mamãe!

- encontre alguém que te ame, e proteja essa pessoa do jeito que nós protegeu. Para sempre no meu coração. - Ursula pousou a minha mão sobre o seu peito e eu senti que parou de bater em questão de segundos. -

FLASHBACK OFF

Escutei o Noah falar algo para a morena mas ela não parecia ligar, apenas se sentou e puxou o meu corpo para cima das suas pernas.

- você é um filho da puta mas fala comigo Joshua! - Any deu um leve tapa no meu rosto. -

- Oh, Any.. tem calma, eu vou levá-lo para o carro. - Bailey me tirou do colo dela e então eu senti que o meu corpo estava sobre os bancos do carro. - alguém dirija por ele por favor.

- eu posso dirigir.

- não Any, você não está em condições para o fazer. - Krystian falava com a morena. - vai lá atrás com ele e o Noah, o Bailey vem comigo.

Depois de longos minutos eu consegui olhar para a morena.
Any tinha a minha cabeça nas suas pernas e várias lágrimas nos olhos, as suas mãos acariciavam o meu cabelo e estavam trémulas assim como as suas coxas.

- me desculpe por não ter sido mais rápida. - a morena limpou as suas lágrimas. -

- você salvou as nossas vidas, Any. - levantei a minha mão para chegar até à sua bochecha. - não chore. Eu estou bem, Okay?

- eu não me importo com você seu filho da puta. - é oficial, ela está de volta. - palhaço!

- está revoltada porque.? - perguntei confuso e ela virou o rosto para o outro lado, me sentei e passei a mão pelo rosto. - Gabrielly!

- não quero falar. - ela roía a unha e nem sequer me olhava. -

- nunca vi uma coisinha tão bipolar. - resmunguei. -

CRIMINAL HEARTS - beauanyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora