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- 𝑨𝒏𝒚 𝑮𝒂𝒃𝒓𝒊𝒆𝒍𝒍𝒚 -

Ele me encarava com uma expressão que eu não consigo decifrar.
Mordi o meu lábio esperando ansiosamente por uma resposta.
Depois daquilo que passámos juntos em apenas dois meses, ele me mataria assim tão facilmente?

- os seus órgãos iriam gerar uma boa quantia, que iria equivaler a toda a droga roubada. - aquilo era um sim. - mas não vamos pensar nisso agora, a sua mãe deve fazer tudo certinho, se ela te ama, você não tem de se preocupar com isso.

- tá, vamos mudar de assunto. - me repreendi mentalmente pela pergunta que eu já sabia a resposta. Eu sou uma pequena exceção dele apenas porque fodo bem, mas qualquer deslize e eu serei apenas um coração nas suas mãos, literalmente. - hm.. me conte, como foi lá em Londres? Correu tudo bem? A irmã da Savannah foi entregue em segurança pelo Bailey?

Começámos a conversar sobre a breve estadia deles em Londres e depois da minha incrivelmente terrível estadia no hospital.

- o seu cabelo deve dar um trabalho do caralho para cuidar. - ele fez a observação enquanto eu passava um creme para definir os cachos. -

- nem me diga nada. Se você quiser eu posso cuidar do seu. - fiz o meu sorriso mais doce para ver se o convencia mas.. sem efeito. -

- Nem sonhe que vai meter as mãos no meu cabelo! - ele resmungou. -

- se eu meto e cuido bem do seu pau, também meto e cuido bem dos caracóis! - falei séria e puxei o seu braço, contra a própria vontade ele se sentou na privada fechada e eu comecei a cuidar dos seus caracóis dourados. -

- para que merda essa porra serve?!

- para deixar mais macio e hidratado. - sorri e passei aquilo enrolando os seus cabelos nos meus dedos. -

- mas que merda, coisa de gay.

- não seja assim, Joshua! - revirei os olhos e decidi ameaçá-lo. - se reclamar eu te puxo fio a fio, assim. - exemplifiquei puxando um pequeno fio de cabelo. -

- ai caralho! - ele resmungou. -

- isso é o que você tem a mania de fazer com o seu lindo braço quando estamos no carro. - sempre que eu baixo um pouco a cabeça ele começa a puxar fio por fio. - viu que dói?

- filha da puta. - ele bufou de irritação e eu sorri vitoriosa. -

Depois da saga dos caracóis rebeldes de Joshua Kyle Beauchamp nós descemos as escadas.

- você disse que ia me dar comida de verdade, morangos, sorvete, crepe..

- você tem o estômago fraco pela medicação, amanhã se estiver bem você come.

- ah claro, até parece que eu vou ver vocês a comer Mac enquanto eu olho! Eu to ótima!

- com cara de zumbi né gata? - revirei os olhos e então ele pegou no celular para fazer o pedido, enchi tanto o saco dele que ele pediu para mim também. - caralho! Eu tava tentando me concentrar! Praga! Inferno!

- vou conversar com o único ser que me entende nessa casa! - cruzei os braços e virei as costas. -

- vai conversar com o Pipo, faz melhor figura. - ele debochou, eu deixo nome de Pipo ao passarinho. -

CRIMINAL HEARTS - beauanyWhere stories live. Discover now