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- 𝑱𝒐𝒔𝒉 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒄𝒉𝒂𝒎𝒑 -

Any está a dormir, toda coberta e cheia de febre, está de calça moletom e sutiã apenas, esteve cheia de calor e depois começou a ficar com frio.

Ela não me tem deixado tocar nas suas costas, não percebo porquê mas ela entra em pânico quando eu o faço.

- acorda aqui, baby.. quero medir a sua febre. - beijei a sua bochecha. - sei que você está acordada, deixa eu colocar o termómetro.

Pensei seriamente em levá-la a um psicólogo, any não quer falar com ninguém, não tem saído da cama e nem quer mais participar dos roubos. Só a vim assim duas vezes, quando esteve internada e agora.

- quer que chame as suas amigas para se distrair? - perguntei calmo enquanto levantou um pouco o seu braço. -

- eu quero ficar quietinha..

Respeitei a sua vontade.
Esperei que o termómetro apitasse e vi que está na mesma na casa dos trinta e nove/quarenta. Peguei no remédio e na colher e dei-lhe à boca.

- vamos tomar um banho? Pode ser quente, eu deixo.

Ela assentiu com a cabeça e nem sequer se mexeu, então eu a tirei da cama ao meu colo e a ajudei a tirar a roupa, ela tirou apenas a calcinha.

Tirei a minha roupa também e entrámos juntos na banheira. Ela ficou sentada entre as minhas pernas enquanto eu deslizo a mão pela sua coxa.

- vai fazer algo comigo e os meninos hoje? Você tem trabalhado os dias inteiros.

- eu sei.. me desculpe. Hoje eu vou te dar atenção. - falei sincero e ela sorriu fraco deitando a cabeça no meu peito. Suspirei e pensei em como fazer uma pergunta. - porque é que isso te deixa com tanto medo..?

Tentei levar a mão às suas costas mas ela nem sequer deixou.

- porque foi depois disso que tudo começou.

A olhei certamente confuso.

- como assim, baby?

- ele fazia carinho nas minhas costas na intenção de me acalmar para eu achar que ele não faria nada mas depois me batia e tentava abusar de mim, nunca aconteceu porque eu não deixava mas tudo começava com o carinho nas costas, eu já sabia o que vinha a seguir. Eu gostava quando você o fazia.. porque eu confio em você mas depois de te falar sobre isso, as memórias voltaram..

- carinho nas costas é tão bom, baby. - falei calmo. - você deveria deixar que eu o fizesse, para se acostumar e se sentir bem com isso.

Comecei a lavar o seu cabelo com o shampoo e depois passei a água.

- agora sou eu! - ela começou a lavar o meu cabelo e eu não reclamei. -

Talvez ver a felicidade dela, resolve vários dos meus problemas e acalma os meus medos.
Ver a morena sorrir e se divertir me faz sentir bem.

Depois do banho eu a enrolei numa toalha e quase assassinei o seu cabelo com o secador, foi difícil não destruir os seus cachos mas ela não tem forças para o secar sozinha.

CRIMINAL HEARTS - beauanyWhere stories live. Discover now