[ 021 ]

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- 𝑱𝒐𝒔𝒉 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒄𝒉𝒂𝒎𝒑 -

Hoje o dia foi tão corrido que eu nem sequer consegui ligar uma única vez à any e quando ia pegar no celular o Noah entrou no quarto.

- ele saiu agora da sede, podemos tirar as crianças de la e levá-las para um orfanato ou ver sobre os seus pais. Não podemos nos esquecer de matar o homem amanhã, certamente ele vai lá ver das crianças e nos o pegamos desprevenido.

- vamos! - falei firme e peguei nas coisas que deixem prontas. -

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Não foi difícil entregar as crianças ao orfanato que depois de termos entrado em contacto com os pais, as iriam buscar, estamos com a irmã da Savannah aqui em casa, a salvo, já avisamos a mulher.

Esse processo durou dois dias inteiros, fora o dia anterior em que trouxemos as doze crianças para casa e matámos o homem, estamos em Londres fazem quatro dias e ainda há milhares de coisas para resolver sobre a sede e o tráfico de crianças que não sabemos se estão mais pessoas envolvidas.

Significa que não ouço a voz da any três dias. Não vou negar, tenho saudades dela, até de quando me está a perturbar.

- Josh? Você deve estar exausto. - Noah bateu à porta. -

- pode entrar. - falei levantando a cabeça do travesseiro. Aqui são oito da manhã o que significa que no Canadá são três da madrugada e eu não tenho coragem de acordar a morena agora. Segundo a Savannah ela está tendo uma boa recuperação, já não sente tantas dores mas ainda está meio fraquinha e abalada pela medicação. -

- você não sente saudades da any? - ele perguntou se sentando ao meu lado. -

- sinto, porquê? - perguntei confuso, pelo assunto aleatório. -

- sei lá, apenas curiosidade, você tem estado tão na sua e sem reclamar com tudo, apenas seguindo o plano, achei estranho.

- vocês não perturbam assim tanto então não tem um porquê para eu reclamar igual eu reclamo com a Any. - dei de ombros. -

- ouvi dizer que ela tem umas amigas gatas. - ele mordeu o lábio. - poderia levá-las la a casa.

- ah claro, era aí que você queria chegar né? Eu sei que você segue a Loirinha no instagram, eu vi.

- especifique, tem duas loirinhas. - ele sorriu orgulhoso. -

- você não me engana, me refiro à finlandesa.

- tá bom, ela é diferente, e linda
para caralho.

Quando dei por mim, estávamos a falar da any e das amigas dela, vulgo eu sobre a any e ele sobre as outras três.

Então começámos a resolver as coisas todas e amanhã vamos voltar para o Canadá, Noah teve a incrível ideia de eu ignorar a any caso ela me ligasse hoje, para causar um impacto maior amanhã mas não sei se seria bom fazer isso com a ansiedade dela.

No máximo eu vou ser grosso, mas grosso eu sou todos os dias.
Basicamente ele queria ver se ela sente a minha falta e eu a dela, e talvez esses dias foram essenciais para eu também entender se preciso dela, se gosto assim tanto da sua presença..

Depois de horas a resolver assuntos pendentes, nos finalmente fomos ao médico com a Nakita para depois irmos para o apartamento.

- você está bem? - perguntei preocupado e a mais nova assentiu com a cabeça enquanto eu segurava nas suas mãos para ela subir as escadas com mais equilíbrio, tem o corpo muito fraco e emagreceu bastante. - você quer que te leve ao colo?

- não é preciso.. - ela sorriu fraco mas eu insisti, segurei nela e a deitei na cama do seu quarto. -

- se você tiver fome, a nossa empregada, Helena, pode te ajudar. Tá bom?

- sim! Obrigada. - ela falou de forma doce. - boa noite tio.

- boa noite, pequena. - sorri simpático e deixei o quarto. -

- 𝑨𝒏𝒚 𝑮𝒂𝒃𝒓𝒊𝒆𝒍𝒍𝒚 -

Josh não tem falado comigo durante um tempo, tentei ligar para ele mas também não atendeu.

As meninas estiveram aqui comigo e a Savannah também, hoje era suposto o Josh voltar mas eu duvido que isso aconteça, ele parece estar muito ocupado ainda.

- como se sente? - o médico usou o estetoscópio no meu peito. -

- estou bem agora..

- a sua cara não diz isso, tem alguma dor mais forte?

- não, eu estou bem mesmo. - sorri fraco. - são só coisas.. pessoais.

- namoradinhos! - o senhor corrigiu e eu ri, assentindo com a cabeça. - é aquele loiro que te deixou aqui?

- sim.. é o loiro.

- vocês parecem gostar muito um do outro tirando o " insuportável " e o "idiota". - ele deu de ombros e começou a tirar as ligaduras da minha mão para passar um creme. - ele vem te buscar hoje?

- não sei. - mordi o meu lábio. - acho que não, ele viajou para outro país e tem estado muito ocupado.

- ah.. lamento muito. Mas ainda restam esperanças.

Relaxei a minha cabeça no travesseiro e me limitei a ouvir o senhor cantarolar enquanto volta a enfaixar o machucado, ele é bastante simpático, me faz sentir muito melhor neste lugar infeliz e solitário.
Além de que é muito cuidadoso e atencioso.

- bom.. eu vou te dar uma medicação mais forte para depois não se sentir mal em casa sem o soro. Depois tem de passar pela farmácia para comprar os remédios da receita, tá bom?

- Okay. - sorri fraco e senti a agulha na minha coxa, em seguida tomei um comprimido e finalmente fiquei quieta, eu, o celular e eu. -

Encarei a tela preta e me peguei pensando " será que ele realmente tá pegando outras?".
Suspirei e afastei esses pensamentos da minha cabeça assim que me senti mais mole, então acabei por adormecer.

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Sorry pelo capítulo meio merda mas eu vou recompensar vocês no próximo.
Amo vocês <3

CRIMINAL HEARTS - beauanyWhere stories live. Discover now