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- 𝑱𝒐𝒔𝒉 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒄𝒉𝒂𝒎𝒑 -

- Chama a sua mãe também. - pedi e ela arregalou os olhos. - nada que tenha de se preocupar, volte rápido por favor.

Any não pronunciou mais nada, apenas desapareceu do escritório, para voltar breves minutos depois.

- sentem-se. - Pedi e elas fizeram isso, me olhando confusas. -

- sabe, Any.. a sua mãe não me pagou este mês para eu continuar com você.

Priscila prendeu o riso porque deve que não é disso que se trata a conversa mas já que a any estava tão nervosa eu tive de tirar uma onda com a cara dela.

- É brincadeira amor! Não chora! - fui obrigado a levantar-me para ir dar um beijo nela. - oh neném, não é para chorar, é mentira.

- seu idiota! O meu cu trancou! - ela falou chateada e me empurrou levemente. -

- se trancasse as pernas igual trancasse o cu nunca ia ficar desconfiada se a menstruação não descesse no dia certo. - pisquei e vi um leve arrependimento na Úrsula acerca da estadia aqui. Any arregalou os olhos para a mãe que riu da situação. -

- o que você quer, engraçadinho? - ela perguntou já puta da vida. -

- Priscila, você trabalha no que mesmo? - perguntei me fazendo de desentendido. -

- Num hospital um pouco longe daqui, como cirurgiã. - Ela falou calma. -

- e como são as condições la? Gosta do seu trabalho?

- gosto, embora sejam poucas condições. O salário não é o melhor mas eu tenho a sua ajuda graças a Deus. O facto de salvar vidas já compensa parte do esforço.

- é algo que você faz com amor, então?

- muito mesmo. - ela sorriu fraco, any limpou uma lágrima que escorreu talvez de orgulho da mãe. -

- e o que você acha de ser a chefe da área de cirurgias do meu hospital? Fica a quinze minutos daqui, da para ir de carro e você continua na parte prática mas também tem o seu nome como membro mais importante daquele local.

- eu não posso aceitar isso! - ela me olhou cheia de lágrimas nos olhos. - eu nunca conseguiria te recompensar por tanto apoio!

- não preciso de recompensa. Faço-o porque quero o meu hospital nas melhores mãos possíveis.

- mamãe.. - any olhou a mulher que respirou fundo. -

- eu aceito. - Priscila levantou a cabeça e a filha não perdeu tempo antes de a abraçar. -

- preencha esses papéis por favor, o seu gabinete está pronto, e tem o seu nome la junto com as coisas necessárias.

Ela abriu a boca numa expressão de espanto e em seguida me olhou sem saber o que dizer enquanto as suas mãos tremiam ao assinar os contratos.

- E a senhorita Any Gabrielly formada em psicologia e em pediatria aceitaria juntar as duas áreas do hospital para realizar ambos os trabalhos?

Ela soltou um gritinho e em seguida tapou a boca dando vários pulinhos pelo escritório.

- mentira! - ela me olhou já chorando oceanos. - JOSHUA EU TE AMO! - ela pulou para cima de mim. -

- não quero que se sinta sobrecarregada, vai ficar encarregue das consultas das pessoas que você ajuda na parte emocional, o resto fica para os outros empregados, ouviu " senhora quero fazer tudo ao mesmo tempo"?

- sim! - ela correu para assinar os contratos e depois abraçou a mãe outra vez. Nada vale mais do que o brilho no olhar dela quando não é o das lágrimas de tristeza. - começamos quando?

- amanhã é tarde? - arqueei a sobrancelha e ela gritou mais uma vez. -

- EU TRABALHO NUM HOSPITAL MAMÃE! - any soluçou de tanto chorar enquanto gritava ao mesmo tempo e eu apenas rindo da situação e da criancinha que ela é. -

- um dia vai estar a cuidar do nosso bebé. - pisquei o olho e ela sorriu doce enquanto me olhava. -

Depois da manhã agitada, saímos para ir fazer algumas compras e depois ela foi numa ultra som com a sina que está grávida de cinco meses, não quis fazer o chá revelação em forma de festa grandiosa, preferiu apenas pedir para a any mandar fazer o bolo com o recheio azul ou rosa.

- tenho aqui uma coisinha. - a morena sorriu com a caixa do bolo nas mãos e pousou na mesa da sala, abrindo e revelando o doce branco, com as palavras " gostosa ou gostoso dos papais?". Ideia do Noah. -

- corta logo, tenho fome. - Lin resmungou enquanto Noah e Sina ficavam mais nervosos. -

- 3..2..1.. - Sabina contou e então o recheio azul começou a sair de dentro do bolo fazendo todos gritarem inclusive o Noah que sempre sonhou ser pai de menino e a sina que sempre imaginou o primeiro filho com o sexo masculino. -

- PARABÉNS! - Bailey berrou e todos nós rimos de felicidade junto com eles. Any segurava na minha mão e eu apenas penso " quando será o nosso momento?" -

Nunca pensei que fosse ser um sonho tão grande mas com ela ao meu lado sei que é aquilo que eu realmente quero.

- to com uma sensação ruim. - any me olhou e eu respirei fundo. - tá doendo o meu peito.

- você quer se sentar? - perguntei preocupado e ela apenas parou por alguns segundos antes de deixar o corpo cair sobre a cadeira. -

- o que houve com ela? - Sabina perguntou preocupada. -

- diz que não se sente bem e tem uma sensação ruim. - expliquei e então Krystian pegou um copo de água para a morena tomar. - dói aqui? - perguntei tocando o meio do seu peito e ela apenas moveu a minha mão para o meio do seu coração. -

- tenham calma. - Priscila segurou no corpo da filha. - vou levá-la la para cima para descansar um pouco.

Segui a mãe dela juntamente com a estrela que aparenta estar preocupada, passei a mão no seu pelo e então prestei atenção à morena.

- Você consegue aquecer duas compressas? - Priscila perguntou enquanto passa um creme na zona que a Any se queixou. -

- claro.

Preparei aquilo e depois a mãe dela pousou as compressas no seu peito, na área do coração.

- provavelmente foram muitas emoções hoje e quando ela tem essas sensações ruins costuma ser algo que a abala bastante. - assenti com a cabeça, o quarto ficou mais escuro depois das cortinas serem fechadas e o ar quentinho foi ligado. - qualquer coisa me chame.

- certo, obrigado. - sorri fraco e ela retribuiu o gesto antes de sair do quarto, any não pronunciou nada, ficou apenas a encarar a parede. - hm.. bebé? Olha para mim. - pedi mas ela não o fez, movi cautelosamente o seu queixo na minha direção, obrigando-a a olhar diretamente nos meus olhos. - já vai passar, foi só um susto.

- algo vai acontecer Josh. - ela se mexeu desconfortável. -

- está tudo bem agora, se acontecer, aconteceu. Não há nada que a gente possa fazer em relação a isso neste exato momento.

CRIMINAL HEARTS - beauanyWhere stories live. Discover now