Capítulo cinco

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Júlia estava debruçada na frente do computador quando cheguei em casa

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Júlia estava debruçada na frente do computador quando cheguei em casa. Havia uma xícara de café ao seu lado. Peguei um pouco de suco de laranja na geladeira e sentei em sua frente.

Ela estava usando uma blusa com uma pintura que ela mesma fez no tecido. Era um cachorro usando uma gravata. Ela sempre customizava suas roupas e deixava a sua marca. Eu gostava disso, queria ter talento para realizar o mesmo. Era uma forma de torná-la única e transformar uma roupa sem graça em outra estilosa.

As pessoas gostavam de suas customizações. Ela fazia bastante sucesso no instagram com suas fotos. Eu já falei para ela seguir carreira com isso, criar uma própria loja para suas criações ou algo assim, contudo, ela sempre dizia que era apenas um hobbie.

— Você é mais viciada em café do que qualquer outra pessoa que conheço — disse eu enquanto ela terminava de tomar outra xícara de cafeína. — Desse jeito não vai dormir a noite.

Ela pulou de susto e me fitou com olhos arregalados.

— Que susto, Axel! Não vi você. — Ela olhou para o relógio e piscou, surpresa. — Já são oito horas da noite?!

Ergui as sobrancelhas e sentei em sua frente. Havia alguns pedaços de queijo e goiabada cortados em um prato. Júlia devia estar comendo-os, mas peguei alguns pedaços para mim. Soltei um suspiro de satisfação quando o gosto me invadiu. Era o melhor Romeu e Julieta que já experimentei.

Júlia grunhiu e desistiu de digitar pelo notebook. Colocou a cabeça entre as mãos.

— Não estou conseguindo prestar atenção nessa droga de trabalho — Sua voz estava abafada.

Franzi o cenho.

— Tá tão ruim assim?

Ela tirou as mãos do rosto para me encarar.

— Não é isso. É que eu não consigo tirar aquela garota da cabeça. A da festa que eu te falei outro dia, lembra? — Assenti. — Então, tentei mandar mensagem, mas ela não responde.

— Tenta falar com ela pessoalmente.

— Não consegui encontrar com ela ainda. Vou tentar de novo e chamá-la para sair. Se disser não, vou conseguir voltar a viver minha vida em paz.

Ela pegou o celular, decidida. Encostei meu corpo na cadeira e fiquei a encarando. Seus olhos estavam brilhando. Todos os sentimentos de Júlia eram intensos e verdadeiros. Ela se apaixonava fácil. Talvez algumas semanas depois estaria falando para mim que estava gostando de outra pessoa.

Eu nunca me senti assim antes. Na verdade, eu poderia contar nos dedos os momentos que me apaixonei e não passaria do número um. A única garota por quem gostei foi aos meus dezessete anos, eu ainda estava confuso e a nossa história não durou por muito tempo. Eu não me entendia muito bem e nem como meus sentimentos funcionavam.

Frangos Explosivos [Completo]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora