Capítulo dez

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Os convidados saíram, restando apenas os funcionários pelo salão

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Os convidados saíram, restando apenas os funcionários pelo salão. Muitos deles estavam na cozinha terminando de arrumar as coisas e guardando as bandejas para ir embora. Andei até eles, deparando ainda com o cheiro de comida impregnado no lugar, misturando com o barulho de panelas e talheres sendo guardados. Alguns restos de salgadinhos estava em cima da bancada encostada à parede.

Os garçons enchiam a mão com coxinhas e quibes, levando um monte deles a boca ao soltar um suspiro de satisfação. Eles riam e conversavam um com os outros, com os corpos relaxados. Ergui as sobrancelhas, era certo comer os salgadinhos? Tudo bem, a festa terminou, mas ninguém falou nada para mim sobre aquilo.

E se Anna não gostasse que comessem? Não queria depois levar uma bronca por isso — ainda mais se ela me descontar do meu pagamento.

Larguei a bandeja na mesa, perto dos garçons com suas bocas cheias e conversas animadas. Fitei-os por um tempo até perceberem minha presença. Uma mulher se virou para mim, era a mesma que havia me ajudado no começo da festa.

— Pode comer. Sobrou muita comida. Pelo menos os donos não foram mãos de vaca dessa vez.

— Tem vezes que não sobra nada pra nós. Eles contam nos dedos cada coxinha que compram — comentou outra pessoa, revirando os olhos.

— Dessa vez a gente pode comer o resto.

Eles voltaram a conversar, me deixando de lado. Minha barriga roncou e eu enchi um prato de plástico com bastante coxinha, cachorro-quente, quibes e pastéis. Minha boca salivou e eu mastiguei com rapidez.

Na festa eu me controlei para não roubar nenhum deles enquanto entregava aos convidados. Eu não havia comido nada antes de trabalhar, a única coisa foi um arroz e um pedaço de carne no almoço. Meu corpo estava me agradecendo por colocar alguma coisa no estômago vazio.

Sorri, sentindo ondas de satisfação me percorrendo. Salgadinhos de festa eram uma das melhores coisas do mundo. Eu poderia comer sem reclamar.

Também não podia deixar de notar nos brigadeiros e beijinhos ao lado dos salgados. Havia uma grande variedade de doces, fazendo minha boca salivar.

Andei para perto da mesa e peguei um prato para colocar os doces. Os garçons ainda estavam conversando. Um deles disse algo que fez os outros rirem.

— E você viu as mágicas que ele fez? Eram boas, mas também não entendi porque está tentando trabalhar com isso.

Parei com um quibe perto da boca.

— Talvez esse seja um trabalho extra enquanto faz faculdade — disse outro garçom.

— Bem, espero mesmo que seja isso. Carreira de mágico não dá em nada. É só uma brincadeira, nem profissão é de verdade. Ele precisa dedicar aos estudos para conseguir se manter. Fazer uma profissão que dê um futuro. Pelo menos seria isso que eu falaria pra ele se fosse meu filho.

Frangos Explosivos [Completo]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora