14 - Capítulo

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   POV Rebecca


Pela manhã quando cheguei na cozinha, só meu pai e minha irmã estavam lá, o que é estranho, mamãe sempre acorda primeiro, o café estava pronto, e dava pra perceber que quem tinha feito era meu pai, torradas queimadas e só. Meu pai é maravilhoso com várias coisas, mas na cozinha é uma negação, peguei uma maçã e comecei a comer.

- Ué, não vai comer as torradas? – meu pai perguntou, ele é péssimo na cozinha mas não precisa saber disso.

- Não, hoje só quero uma maçã mesmo, cadê a mamãe? – perguntei.

- Ela ainda tá dormindo, durante a noite passou meio mal, acho que comeu alguma coisa que fez mal pra ela. – ele disse.

- Não seria melhor levar ela no médico não? – eu perguntei.

- Eu disse, mas ela não quis ir, é cabeça dura demais. – meu pai disse.

- Vou tentar falar com ela pra irmos quando eu voltar da escola. – eu disse e terminei de comer a maçã.

- Não vou tá em casa a tarde, e nem Irin. – meu pai disse.

-  Eu peço a Freen pra ir com a gente, como a mamãe disse, ela é um amor. – eu disse e meu pai riu.

- Por falar em Freen, fale com ela sobre as aulas pra mim por favor. – papai disse e eu ri. – Não ria, é sério. – disse e eu percebi que realmente era sério, assenti com a cabeça.

- Eu já vou, até a noite. – minha irmã disse antes de dar um beijo no meu pai e sair. Meu celular começou a tocar em cima da mesa e eu atendi ao ver que era Lauren.

- Oi, Saro.

- Oi, Becbec, quer que eu passe na sua casa? Eu já estou saindo de casa. – ela disse e ao fundo eu ouvir tio Otto gritar " Vamos norinha " eu sorri, ele sempre foi um homem engraçado.

- Claro, manda um oi pro meu sogrinho. – eu disse e vi meu pai engasgar com o suco. Nos despedimos e eu desliguei, bati nas costas do meu pai e ele parou de tossir.

- Filha, a quem você chamou de sogrinho? – ele perguntou depois de respirar profundamente.

- Tio Otto. – respondi.

- Você e Freen, sabe, como eu posso dizer? Ela vem falar comigo quando? – meu pai perguntou me olhando carinhosamente.

- Não estamos namorando pai, e eu chamei o tio Otto assim, por que ele me chamou de norinha, só por isso. Não viaja, Freen e eu somos só amizade, mas se tudo ocorrer bem, não vai demorar muito pra que alguém venha falar com você. – eu disse e meu pai arregalou os olhos.

- Posso saber quem? Pra ver se tenho que preparar minha espada samurai. – meu pai disse completamente sério.

- Saberá na hora certa, e pai, o senhor não tem uma espada samurai. – eu disse enquanto lavava as mãos.

- Mas isso não quer dizer que eu não possa encomendar uma. – ele disse com uma sobrancelha arqueada.

- Não vai precisar. – ouvi uma buzina. – Olha ai, minha carona chegou, tchau pai, te amo. – dei um beijo em sua bochecha.

- Não esquece de falar com Freen sobre as aulas, e manda meus cumprimentos para Otto. – ele disse alto por eu já está saindo de casa, o vidro se abaixou e eu pude ver a Freen com óculos escuros sorrindo docemente pra mim.

- Sua carruagem chegou, princesa. – ela disse com um tom brincalhão, saiu do carro e eu pude ver que ela usava um shorts branco e uma blusa azul escura,  abriu a porta do carona pra mim e o tio Otto estava atrás. Ela voltou para o banco do motorista.

- Bom dia, tio Otto, Freen deu meu recado? – perguntei e olhei pra ela que sorria de lado.

- Deu querida, bom dia. – ele disse sorridente.

- Ah, meu pai mandou cumprimentos para o senhor, e disse que quer umas aulas com você, Saro. – ela olhou rapidamente pra mim e voltou sua atenção para a pista.

- Aulas comigo? De que? – ela perguntou.

- Mamãe disse que você é um amor, e que é romântica e tal e disse que meu pai tinha que aprender com você, e ele quer aulas agora. – eu disse e tio Otto riu alto.

- Esse é o charme Sarocha, norinha. – ele disse e Freen sorriu de lado.

- Depois eu vou falar com ele, pode deixar, podemos transferir conhecimento para um dos Armstrong, não é pai? – tio Otto assentiu e logo Freen parou em frente ao trabalho dele, seguimos para a escola.

- Saro, eu queria saber se tem como você ir comigo e com minha mãe a um hospital hoje? – perguntei e ela me olhou me analisando antes de parar o carro na vaga da escola.

- Tá tudo bem com a dona Kate? – perguntou visivelmente preocupada.

- Ela só passou mal ontem a noite, e eu disse que convenceria ela ir ao médico. – eu disse e ela assentiu.

- Depois que sairmos da escola vamos direto pra sua casa. – ela disse e beijou minha mão, desceu e veio abrir a porta pra mim, fomos de mãos dadas até nossos amigos que estavam em meio a uma rodinha, eles só deixavam nosso espaço lá, e como sempre Freen me abraçava por trás.

- E ai casal, estavam se amassando lá no carro é? – Lauren perguntou, provavelmente por termos demorado alguns minutos a mais lá dentro.

- Seja mais discreta Lauren, por favor. – Freen disse e beijou minha bochecha. 

Olhei para Hanna e ela demonstrava que não estava gostando muito da situação, a gente ficou ontem e foi bom, mas eu não posso tipo correr para os braços dela, seria errado, mesmo que o meu namoro com Freen seja de mentira, ainda sim seria errado. Acho melhor contar para Freen, e tirar esse peso da consciência que eu estava sentindo. Não demorou pra que o sinal tocasse, essa aula eu tinha com o Heng e Camila, resolvi mandar uma mensagem pra Freen.

"Preciso te contar uma coisa. - Becky"

"Se for sobre sua aula estar chata, a minha tá muito pior. - Freen"

"Não, não é sobre isso, se bem que nem estou prestando atenção. Ontem quando eu levei Hanna pra casa, acabou que a gente ficou. - Becky"

Mandei e a resposta dela não chegava, esperei quase cinco minutos pra que a mensagem dela chegasse.

"E o que você decidiu? - Freen"

"Nada ué, sei lá, foi bom, mas eu não quero terminar nosso 'namoro' assim, entende? - Becky""

"Entendo. - Freen"

Essa foi a resposta que ela me enviou e o assuntou acabou ali, eu achei que ficaria mais aliviada, mas na verdade eu me sentia mal, meu coração estava apertado e eu não entendia o motivo disso.




............... 


Boa noite amores ❤🤗

A Minha Amiga - FreenBeckyWhere stories live. Discover now