A Minha Amiga - FreenBecky

30 - Capítulo

   POV Rebecca

Minha mãe perguntou por que eu não quis ir pra escola hoje e eu disse que estava com dor de cabeça, ela aceitou a desculpa e eu acordei quase nove horas da manhã. Olhei a tela do meu celular e tinha três mensagens. Duas de Lauren e uma de Freen.

"Amiga você devia ter visto, a Freen deu o maior socão na cara da Hanna, foi demais. - Laur"

"Ah, relaxa, a Freen ta bem, não sei é se a Hanna vai ficar depois de um murrão daquele, foi fofo ela te defendendo. - Laur"

"Bom dia, quando acordar me diz se dormiu bem, te adoro. - Freen"

A Freen tinha batido na Hanna pra me defender? Que loucura, mas confesso que gostei, eu gosto desse jeito protetor dela. Ah e a mensagem dela, um amor não é, Freen conquista qualquer garota com esse jeito dela, sempre doce, carinhosa, sorridente, ela é tão... Freen, entendem? Resolvi responder as mensagens.

"Me da detalhes, Laur. – Becky."

"Bom dia, Saro, dormi muito bem, obrigado, também adoro você. - Becky"

 Enviei e dois minutos depois a respostas da Lauren chegou.

"Você tinha que ter visto, ela pegou a Hanna pela camisa e levantou ela, falou algumas coisas baixinho que não deu pra ouvir, ai jogou ela no chão, a Hanna disse algo pra Freen e ela voltou de novo e falou mais alguma coisa pra Hanna, até que a mesma disse que Freen queria era transar com você, e ai eu só vi o golpe e que fez um barulho enorme pra um soco, Hannaa caiu no chão já cuspindo sangue, Freen saiu de perto dela com uma cara de brava, foi no banheiro e depois voltou pra sala mais calma, Hanna deve ter voltado pra casa, por que ela não entrou na sala. – Laur"

Eu estava de boca aberta, é só eu faltar na escola que esse tipo de coisa acontece, não acredito que a Freen fez isso ainda, eu fiquei com um sorriso bobo no rosto e o coração parecia se expandir com tanta alegria. Não recebi uma resposta da Freen, mas eu queria ver ela logo, não ia dizer que já sabia que ela tinha brigado com Hanna, mas queria abraça-la fortemente. Sai do quarto e fiquei um tempo com minha mãe,  Irin chegou em casa com um sorriso de orelha a orelha, roupas amassadas e eu percebi uma pequena marca em seu ombro.

- Dormiu aonde dona Irin Armstrong? – minha mãe perguntou.

- Na casa de uma amiga, desculpa não ter avisado mãe, é que chegamos lá e eu esqueci completamente. – ela disse, se sentou no sofá e suspirou, eu tive vontade de rir, olhei pra minha mãe e ela olhava Irin sabendo que ela não tinha dormido na casa de amiga nenhuma.

- Eu só espero que tenha usado proteção. – minha mãe disse de uma forma tão natural que eu não aguentei e comecei a rir enquanto Irin tinha uma crise de tosse. – O que? Eu não sou idiota e nem cega, Irin. – minha irmã tinha na cara um semblante assustado. Depois passou para envergonhado, subiu as escadas e foi para seu quarto, olhei para minha mãe e ela tinha uma expressão divertida no rosto. Piscou pra mim e me chamou pra comer alguma coisa, depois que ela ficou grávida ta comendo muito mais, fizemos dois sanduíches e comemos juntas. – Freen dormiu aqui ontem? – perguntou de um jeito malicioso.

- Não mãe, ela foi embora pouco depois que jantamos. – eu disse e ela me olhou divertida.

- Você fica abraçada daquele jeito com todas as suas amigas? – perguntou com um tom divertido se referindo a como estávamos ontem no sofá.

- Mãe, por favor. – eu disse já envergonhada.

- Tudo bem, vou parar de falar disso. – ela disse e realmente parou.

- Mãe? – eu chamei depois de um tempo. – Você tinha ciúmes exagerado dos seus amigos?

- Só do seu pai. – ela disse e piscou pra mim, saindo da cozinha, ela sabia de quem eu estava falando, por que eu tinha todo aquele ciúmes de Freen?

   POV Freen

A aula passou com uma lentidão descomunal. Mas quando ela acabou, até o professou ouviu meu suspiro de alívio. Juntei minhas coisas e antes de ir pra casa da Becky, eu tinha que deixar Toni, Cheryl e Demi em casa, eu dirigi um pouquinho rápido, deixei elas em casa e me direcionei a casa da Becky, eu tenho que lembrar de passar em um posto de gasolina, daqui a pouco o carro me abandona no meio da estrada, estacionei o carro e fui em direção a porta. Bati três vezes e Irin apareceu, quando ela me viu ficou vermelha, e eu sabia que ela se lembrou que Demi é minha amiga, e que eu provavelmente já sabia, dei um sorrisinho malicioso pra ela, e entrei.

- Oi querida. – tia Kate saiu da cozinha e me cumprimentou, eu dei um beijo em seu rosto.

- Oi tia Kate, tudo bem? – ela assentiu.

- BECKY DESCE. – Irin gritou ao meu lado, dois minutos depois uma Becky descabelada e com um pijama do Bob Esponja apareceu, com os olhos fechados.

- O que é? – perguntou e nem tinha me visto ainda por que estava com os olhos fechados.

- Abre os olhos, princesa. – eu disse e ela os abriu imediatamente.

- SARO. – desceu as escadas e logo me abraçou, um abraço apertado, ela parecia estar esperando por aquele abraço a muito tempo. Depois de alguns segundos ela me soltou, tia Kate e Irin já tinham saído da sala. – Como foi a aula? – me olhou com uma expressão que eu já conhecia.

- Quem te contou? – perguntei.

- Lauren. – disse envergonhada.

- As notícias correm rápido, não é? – perguntei e ela sorriu com a língua entre os dentes.

- Obrigada, sabe, por me defender. – ela disse sem jeito e ficava linda daquela maneira, parecia a mesma menina que eu conheci a anos atrás.

- Foi um prazer pra mim. – eu disse e beijei o pescoço dela, de forma lenta, ela se arrepiou e eu fiquei com um sorriso no rosto. – E a propósito, você fica uma gracinha com pijama do Bob Esponja. – ela corou e disse que ia trocar de roupa, percebi que estava sendo observada, me virei em direção a cozinha e vi Kate e Irin olhando pra mim como duas crianças curiosas. Fui para junto delas e não demorou muito pra que Becky voltasse do seu quarto. Se sentou do meu lado e começamos um papo animado, senti meu celular vibrar e vi que era mensagem de um número desconhecido.

"Adorei a noite e principalmente a companhia, espero repetir, beijo. – Lucy Hale"

Sorri com a mensagem e respondi.

"Repetiremos. - Freen"

- Quem é? – Becky perguntou com uma sobrancelha arqueada.

- Uma amiga. – eu disse simplesmente antes de guardar o celular e voltar a conversar com elas.