89 - Capítulo

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    POV Freen


Nada pior do que acordar na quarta-feira com muito sono, bati no despertador três vezes e ele não desligou, perdi a paciência e acabei dando um soco, ele parou, mas também se quebrou. Levantei da cama e fui pro banheiro tomar banho, pouco tempo depois Becky entrou no box comigo e reclamou por conta da água estar gelada, era o melhor jeito de despertar, coloquei na quente e ela me puxou pra debaixo do chuveiro me beijando enquanto fazia carinho na minha nuca.

- Me desculpa por ontem. – ela disse. – Eu sei que te fiz andar pela cidade durante a madrugada, mas eu realmente estava com vontade, só que você demorou um pouco e eu acabei dormindo, e quando chegou meu único desejo era dormir. –  disse e eu sabia que ela não tinha culpa.

- Tudo bem, amor. – falei beijando seu pescoço.

- Você tá com cara de cansada. – ela disse fazendo carinho no meu rosto e seu olhar demonstrava que ela estava se sentindo culpada.

- Nada demais, a noite eu durmo direitinho. – eu sorri pra ela que pareceu concordar com minha idéia, continuamos no banho por mais alguns minutos namorando. – Vou almoçar com a Laur hoje, amir. – falei enquanto estávamos no closet.

- Tá e hoje eu chego em casa mais cedo, quatro horas eu vou sair do hospital. – terminei de me vestir, e segui até sua parte no closet, me ajoelhei na sua frente e amarrei suas sandálias, ela olhava meu gesto com um sorriso bobo, aproveitei pra deixar dois beijos em sua barriga, me levantei e ela aproveitou pra me beijar.

- Vamos, eu te levo até a garagem. – pisquei pra ela que sorriu lindamente, saímos de mãos dadas do nosso quarto acompanhadas do Thor, fiz Becky tomar café da manhã mesmo em meio a protestos, saímos de casa e antes de ir pro trabalho passei na casa da Lucy, sempre deixava o Thor lá e aproveitava pra amassar um pouco minha afilhada, que sempre ria em meio a meus vários beijos em seu rosto. Ela havia completado sete meses a pouco, e dois dentinhos já estavam apontando em seu sorriso, na semana que eles estavam coçando eu vim a casa dela quase todos os dias durante a madrugada por que ela não conseguia dormir, e eu tinha que cantar, em um dos dias acabei dormindo com ela no meu colo no sofá da sala, só acordei no outro dia com Lucy me acordando pedindo que eu fosse pra casa descansar. Foi uma semana cansativa.

- Vamos, Freen. – Ian me chamou se aproximando.

- Vamos. – eu disse e vi um bico enorme nascer nos lábios da minha pequena. – Oh meu amor, tia Freen vem ver você mais tarde, sim. – eu dizia e mesmo assim ela não parecia contente, era claro, em Londres eu passava todo o tempo que eu tinha com ela, e agora eu tinha que dividir meu tempo livre com ela, Becky, e meus dois filhos. – Desfaz esse bico. – beijei sua testa. – A tia trás chocolate. – falei em seu ouvido, sim, eu dava chocolate pra uma criança de sete meses, sem a mãe dela saber, claro, e nem Becky, ela como pediatra se soubesse o que estou fazendo me mataria, mas era só um pouquinho, e ela adora, moderado não faz mal. Ela abriu um sorriso enorme quando ouviu a palavra que ela já conhecia.

- Queria saber seus truques pra convencê-la fácil assim. – Lucy disse próxima a nós.

- Você nunca saberá, Hale. É uma coisa entre a gente, uma ligação só nossa. – pisquei pra bebê que tinha um sorriso sapeca no rosto e beijou meu rosto enquanto apertava meu nariz. A entreguei pra Lucy e dei mais um beijo demorado no rosto da pequena imitando o barulho fazendo ela rir, Ian se despediu da Lucy e seguimos pra empresa, e eu precisei de um grande copo de café pra começar o dia.

(...)

- Hey, Freen. – Lauren disse ao chegar na mesa do restaurante.

- E ai, Laur. – pra falar a verdade nem era a hora de se iniciar o assunto, e mesmo que fosse eu não sabia como fazê-lo corretamente. Nós duas sabíamos por que estávamos ali, mas adiamos, pedimos nosso almoço e poucos minutos depois ele chegou.

- E ai, a Becky comeu a panqueca? – perguntou de forma descontraída.

- Não, quando eu cheguei em casa ela tava dormindo, quem acabou comendo foi eu. – eu disse e ela soltou um risinho baixo. – Quer conversar sobre o que falamos de madrugada? – perguntei e ela bufou.

- É, eu gosto dela, mas eu só namorei de verdade o Tye, e pra falar a verdade, acabou em nada. E mesmo que eu quisesse namora-la, ela não quer, sabe aquilo de amigas com benefícios? – perguntou e eu assenti. – Se encaixa perfeitamente na gente.

- E como você se sente em relação a isso? – pronto, eu estava parecendo uma analista.

- Pra falar a verdade, eu ainda gosto, mas tenho um pouco de medo de me machucar, aconteceu uma parada esses dias e foi meio estranho, por que nunca tinha acontecido isso comigo. – ela disse e parecia recordar o ocorrido.

- O que aconteceu? – perguntei bebendo meu suco.

- Eu senti ciúmes, dela. – ela disse e eu sorri com seu jeito bobo. – Ela saiu com alguém, quando eu liguei ela só disse que não podia falar naquela hora por que estava com esse alguém. Eu só desliguei a ligação, por que me assustei com o ciúme que eu tava sentindo, três horas depois ela me ligou e disse que tava com a mãe comprando calcinhas. – disse sorrindo. – Mas mesmo assim, foi incrível ter experimentado aquele sentimento pela primeira vez.

- E o que mais experimentou pela primeira vez com ela? – perguntei interessada.

- Ela me fez tomar chá, um dia ela foi lá pra casa e nós não fizemos nada, sexualmente falando, só assistimos filmes idiotas e dormimos abraçadas no sofá. E ontem a gente meio que... –  começou, mas parou pra respirar fundo. – A gente nunca fez com carinho, a não ser a primeira vez, entende, ontem foi a primeira vez, era sempre uma boa foda ou sexo selvagem, mas ontem foi diferente, parecia que, que tinha algo diferente, algo que eu não sei o que é.

- Amor, Laur. – eu disse e ela arregalou os olhos, quase pulou da cadeira, me encarava se mostrando assustada. Ela pareceu reviver tudo que tinha feito ontem.

- Não pode ser. – ela disse bebendo todo seu refrigerante de uma vez.

- Vamos lá, eu pergunto e você só responde com sim ou não, nada de argumentar. – ela assentiu.

- Sente frio na barriga antes de vê-la? – perguntei.

- Sim.

- Você já perdeu algumas noites de sono pensando nela, e quando conseguia dormir sonhava com ela?

- Sim. – ela disse com a rosto entre as mãos.

- Quando ela sorri ou te olha parece que o mundo para? – pergunte e ela só assentiu com a cabeça. – E seu coração parece perder o compasso perto dela?

- Sim. – ela respondeu.

- É minha amiga, o diagnóstico é simples, mas muito complexo, você está apaixonada. – eu falei e ela ficou de boca aberta, com cara de espantada.

.............. 

É Lolo, vc esta apaixonadinha 🤭

A Minha Amiga - FreenBeckyWhere stories live. Discover now