23 - Capítulo

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   POV Rebecca


Desci as escadas rapidamente depois de trocar de roupa, ia saindo quando minha mãe me chamou.

- Aonde você vai, Becky?

- Atrás da Freen. – eu disse e voltei a andar e ela chamou minha atenção mais uma vez.

- Não acho que seja uma boa idéia filha, ela saiu daqui muito triste ontem e pra ser sincera com você, eu duvido muito que ela queira falar com você agora. – minha mãe falava com uma calma que até me assustava.

- Eu tenho que tentar, mãe. – minha mãe analisou meu rosto e sorriu, logo depois assentiu.

 Sai de casa e lembrei que eu precisava de uma carona, foi a primeira vez que me arrependi de não ter tirado a droga da carteira de motorista, voltei pra casa e perguntei pra minha mãe sobre meu pai e Irin, os dois não estavam em casa, não dava pra esperar um táxi, então fiz a coisa que eu mais acreditava ser coerente no momento. Corri, corri como se não fosse a sedentária que eu sou, como se eu praticasse maratonas todos os dias. Três quadras e cinco quilos a menos, depois eu cheguei na casa dela, totalmente ofegante e suada, parei pra respirar com as mãos sobre os joelhos e totalmente ofegante, esperei minha respiração se acalmar a ponto de eu conseguir ao menos falar e bati na porta. Dois minutos depois tio Otto apareceu.

- Onde ela está? – perguntei com a mão no peito respirando fundo.

- Não sei, disse que ia dar uma volta pra esfriar a cabeça, saiu era 6 da manhã. – ele disse e parecia triste.

- Ela te contou, não é? – eu perguntei, ele assentiu e deu passagem pra que eu entrasse. – O que eu faço, tio Otto? – eu estava com o rosto entre as mãos.

- Ela está magoada, minha filha gosta de você, mas está com o ego ferido, nada que você fizer agora vai adiantar. Quando ela era pequena e o hamster dela morreu, ela ficou o dia todo lá fora em cima de uma árvore. Ela é assim, precisa colocar as idéias no lugar antes de tentar voltar. Eu nunca vi Freen, como a vi ontem, ela chegou em casa e não dormiu, ficou andando pela casa, e depois foi mexer no carro com os fones de ouvido tão altos que eu podia ouvir da porta da garagem, e ficou assim a madrugada toda, quando deu 6 horas subiu, tomou um banho e disse que ia sair pra esfriar a cabeça. – ele disse e eu olhei em meu celular, já eram quatro horas da tarde.

- Obrigada, eu vou voltar pra casa, vou tentar falar com ela amanhã na escola. Desculpa, eu sei que o senhor deve está triste por sua filha. – eu disse e me encaminhei para a porta.

- Todos cometemos erros, Becky, só basta tentar não o fazer mais vezes. – disse, eu acenei pra ele e sai da casa. Caminhei lentamente pra casa e vez ou outra eu tentava enxugar minhas lágrimas, cheguei em casa e minha mãe me olhou com dúvida, eu apenas neguei com a cabeça e fui para o quarto. Só sai de lá pra comer alguma coisa e logo voltei, tentei a todo custo dormir. 

Conseguir quando já era duas horas da manhã. Na manhã seguinte acordei antes do despertador, tomei um banho e tentei esconder as olheiras com maquiagem, até que deu certo, terminei de me arrumar pra escola e quando desci minha mãe já estava fazendo o café, eu a ajudei pra ver se o tempo passava mais rápido, deu certo, logo o papai desceu, comi com pressa e fiquei chamando meu pai a cada cinco segundos. Não demorou pra ele se despedir da minha mãe e eu também, fomos para a escola e eu estava inquieta no carro, balançando as pernas e batendo no painel do carro.

- Dá pra você ficar quieta, Becky? – meu pai disse e parecia irritado, talvez todo meu nervosismo tivesse o estressando.

- Desculpa, pai. – parei por trinta segundos e depois comecei tudo de novo, meu pai pareceu acelerar o carro e pra chegarmos mais rápido a escola, já tinha algumas pessoas por ali, mas eu fui a primeira a chegar dos meus amigos, droga de relógio, parece que parou no tempo. Fiquei lá quase roendo as unhas quando vi Camila entrando no pátio, me senti aliviada, pelo menos uma pra tentar me distrair.

- Bom dia, Becky. – ela disse sorridente.

- Bom dia, Mila. – eu lembrei do que tinha falado dela na festa. – Eu queria pedir desculpas pelo que eu disse na festa.

- Tudo bem, quem nunca falou merda quando estava bêbado, não é mesmo? – ela disse sorrindo. – E você e a Freen, como estão?

- Não sei, não conseguir falar com ela, já liguei umas 80 vezes de ontem pra hoje, mas nada, ela não atende. – eu bufei e vi Heng chegando com Lauren e Ariana, eles nos cumprimentaram.

- Você tá bem, Becky? – Heng perguntou.

- É, to. – eu disse e começava a me perguntar se Freen não viria hoje, ela fugiria de mim até aqui? – Droga.

- Que foi? – Ari perguntou.

- Tô achando que Freen não vai vir, tenho que falar com ela. – eu disse e ainda olhava para a saída.

- Não falou com ela ainda? – Laur perguntou.

- Ela não me da chances de fazer isso, a última vez que eu a vi foi depois que ela me levou pra casa e depois de cuidar de mim e me pôs pra dormir. – eu disse e já começava a roer as unhas. 

Vi Hanna chegar e lembrei do que tinha falado pra ela, fiquei com vergonha e ela se aproximou. Nos cumprimentando, todos agora sabiam que eu era afim dela, e que meu namoro com Freen era só pra poder fazer ciúmes na Hanna.

- Acho que ela chegou, Becky. – Heng disse e eu olhei para a entrada da escola. 

O carro branco entrando de forma lenta, conseguir ver que com ela haviam mais algumas pessoas, mas eu não sabia quem era. Ela estacionou em uma vaga longe da gente e logo desceu, linda, perfeita, com uma calça jeans rasgada nos joelhos, uma blusa preta com um símbolo do rock, uma touca cinza e aqueles malditos óculos escuros. A outra porta do carro abriu, revelando três garotas, uma branca com os cabelos em um castanho, as pontas em roxo e azul, e raspado do lado esquerdo, a outra garota bem magra, cabelos negros e bem grandes, e um sorriso divertido no rosto, a última garota surgiu com os cabelos ruivos esvoaçantes, um sorriso lindo e pra completar segurou a mão da segunda garota.

- Desde de quando ela conhece Demi, Toni e Cheryl? – Laur perguntou e eu não tirava os olhos da cena, Demi guiando Freen para a turma dela, a do terceiro ano, as três garotas eram as mais populares da escola e agora tinham a Freen.

- Eu não faço a menor idéia. – eu disse ainda sem desviar os olhos, Freen estava rindo junto das três e mais algumas pessoas do terceiro ano, e ainda parecia bem íntima de Demi. Que merda é essa?

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É isso, Demi Lovato chegou na parada é junto cm ela, Toni e Cheryl 🤭

A Minha Amiga - FreenBeckyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora