84 - Capítulo

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    POV Freen


Depois do nosso momento íntimo na sala da Becky, nós fomos almoçar, restaurante italiano, ela que escolheu e disse que queria sentar mais no canto, e assim foi, fizemos nossos pedidos e começamos a conversar, um papo que envolvia tudo e nada, não precisávamos ter um assunto certo, mas sempre tínhamos sobre o que conversar, eu gosto de como Becky puxa papo, e assim nunca ficamos caladas quando estamos juntas. Nosso almoço chegou e começamos a comer, estava tudo bem até eu sentir a mão da Becky na minha intimidade e eu dar um pulo.

- Relaxa amor, e disfarça. –  disse e piscou pra mim, ela vai fazer isso aqui? O que essa mulher tem na cabeça? Ela desabotoou e desceu o zíper com um mão só, ela já tá expert.

- Becky, aqui não. – eu disse sussurrando e a essa altura já estava suando.

- Vai negar um pedido da sua mulher grávida? – ela falou fazendo cara de cachorro, assim fica difícil. Ela se aproximou do meu ouvido pra sussurrar. – Se eu quiser fico debaixo dessa mesa e te chupo até você gozar pra mim. –  disse e eu olhei pra ela incrédula. Pelo menos a mesa tem forro, se ela resolvesse fazer isso, misericórdia. Falar que eu não queria seria mentira, o perigo de ser pegas deixava tudo melhor, e sendo em um local público é praticamente um fetiche, ela enfiou a mão dentro da minha calça e isso foi fácil por que estávamos lado a lado, o mais interessante é que enquanto ela acabava comigo aqui em baixo, ela comia normalmente, como uma lady ali em cima. Como é que pode? Ela começou a fazer pressão em cima do meu clitóris. – Serei rápida, querida. – disse beijando meu rosto. Mas que safada, ta com a maior cara de anjo inocente, quem ver de longe acha que é virgem. Ela tinha movimentos precisos e ritmados e eu me segurava pra não gemer, eu já estava suando, tinha que olhar pros lados disfarçadamente pra ver se ninguém poderia ver o que estava rolando, e ainda tinha que tentar ficar calada. Eu estava extremamente excitada por conta da situação, não demorou muito pra que eu me derramasse na mão dela, fui rápida? Talvez, mas é difícil se segurar com essa mulher. Ela retirou sua mão de dentro das minhas calças e os provou, exatamente como eu fiz em sua sala, sua cara de satisfação era mais sexy ainda, eu tinha a boca aberta em um "O". – Minha mãe diria que não se pode comer a sobremesa antes da refeição, mas você não dirá pra ela, dirá? –  perguntou com cara de inocente desenhando meus lábios com seu indicador. Eu balancei a cabeça em negação. – Ótimo, por que eu vou querer fazer isso mais vezes. –  deu um beijo no meu nariz e voltou ao seu almoço, e eu? Ainda estava petrificada na mesma posição e olhando pra ela, eu não aguentaria até os cinquenta anos, era certo, ela me mataria antes.

(...)

Sexta-feira a noite e a Becky tem plantão, e eu? To na casa da Toni e da Cheryl, por que não to afim de ficar em casa só, sem minha namorada é muito chato, se bem que ficar segurando vela pro casal China é terrível também, elas estão nesse momento se pegando descaradamente do meu lado no sofá, enquanto na TV passa Alvin e os Esquilos. Peguei a almofada e comecei a bater na Toni, e isso surtiu efeito por que começamos uma guerra de travesseiro, quando Toni ficou de costas pra mim eu pulei em suas costas e nós caímos, o menina fraca.

- Você é pesada, Freen. – ela disse enquanto nos levantávamos do chão.

- Vai a merda, e vocês, vão parar de se pegar na minha frente descaradamente, só eu e o gato estamos aqui segurando vela, eu sinto pena em pensar o que esse gato já não teve que assistir. – eu disse e Toni mostrou o dedo do meio pra mim.

- É uma abusada mesmo, eu podia muito bem está transando horrores agora, você vem pra minha casa, sem ser convidada, diga-se de passagem, e ainda quer mandar, vê se pode, viu, intimidade é uma merda, Cher. –  disse com a mão na testa, eu não aguentei e comecei a gargalhar dela, acompanhada de Cheryl.

- Você me ama, Toni. Deixa de ser chata. – eu disse sentando no seu colo e apertando as bochechas dela.

- Vai sonhando com isso, vai. – ela disse batendo nas minhas mãos, Cheryl mudou de canal e ouvimos o barulho de pessoas gritando na TV, olhei pra Toni, ela me encarou e nós olhamos pra TV, jogo dos Lakers, meu time, e dos Phoenix, o da Toni, ela me empurrou pro sofá e pegou o controle da mão da Cheryl. – Eu tinha esquecido desse jogo. –  disse.

- Eu também. – confessei enquanto me ajeitava melhor no sofá, Cheryl já tinha saído de perto da gente.

- Amor, trás cerveja. – Toni pediu sem desgrudar os olhos da TV.

- Vai sonhando, vai Toni. Vou ver minha novela no quarto. – ela disse subindo as escadas. Eu e Toni nos olhamos.

- A não, vai você Toni, eu sou visita. – eu disse já sabendo que uma de nós teria que ir mesmo.

- Exatamente, eu sou a dona da casa, eu que mando aqui, anda Freen. – ela disse.

- Vamos resolver isso da forma mais adulta que eu conheço. – eu disse e ela olhou pra mim em expectativa. – Par ou impa? – perguntei levantando minha mão. Toni perdeu e foi buscar as cervejas, nunca ri tanto na vida, ela xingava todo mundo, e botava defeito em tudo, acabou com vitória dos Lakers com dez pontos de diferença, e ela me xingando, engatamos em um filme e mais cerveja. E cai no sono, quando acordei estava toda torta no sofá, com Toni na outra ponto e a TV ainda ligada, eu me mexi e meu corpo todo reclamou de dor. Puta que pariu esse sofá. Olhei no relógio e vi que já passava de cinco da manhã, resolvi ir logo pra casa antes que Becky chegasse, ela sabia onde eu estava, claro, não sou doida, mas eu gosto de esperar ela chegar e dormir com ela mais um pouquinho.

 Acordei Toni mandando ela deitar de novo e disse que estava indo pra casa, ela mostrou o dedo do meio pra mim e voltou a dormir, esse gesto queria dizer que ela me ama, certeza. Peguei o carro e dirigi tranquilamente até em casa, estacionei o carro na garagem e entrei dentro da casa, fui direto pro banheiro, tomar um banho, tirar o cheiro de cerveja, quando saí do banheiro ouvi barulhos atrás da casa e eu estranhei, olhei pela janela e não vi nada, vesti uma roupa e desci as escadas, fui até a porta dos fundos e a destranquei, o sol já começava a raiar, ouvi o barulho novamente, e fui atrás, um filhote de cachorro, tadinho, todo encolhido, estava fazendo frio e com uma leve garoa, ele me olhou e parecia suplicar, eu quase chorei, o peguei e o levei pra dentro, peguei uma camiseta velha, e o embrulhei, o cachorrinho tremia e ainda chorava. Ele não tinha identificação. Dei banho nele com água morna e o sequei com o secador da Becky, tomará que ela não fique brava, agora que ele estava limpinho e quentinho, ele estava melhor, até arriscava andar sozinho pelo quarto, ouvi barulhos e sabia que era Becky, ela entrou no quarto e viu o cãozinho no chão.

- Oi amor. – ela disse e pegou o cachorro. – Onde você arrumou esse filhote? –  perguntou.

- No nosso quintal. – ela me olhou com dúvida. - Depois te explico, agora eu quero dormir, tô cansada. – eu disse e ela assentiu, deixou o cachorro no chão e foi pro banheiro tomar um banho rápido, arrumei um cantinho pro cachorro no quarto e chamei pra que ela deitasse lá, Becky não demorou a voltar, e o cachorro já estava dormindo, deve ter passado a noite toda no frio, deitei com Becky e caímos no sono quando o sol já tinha nascido.

A Minha Amiga - FreenBeckyWhere stories live. Discover now