116 - Capítulo

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  POV Freen


Segundo mês, os bebês já estão no segundo mês, cara que loucura. Becky decidiu pedir ajuda sobre o casamento para Ari, Kate, Irin e a Lucy, e eu agradeci por isso, já havíamos escolhido o lugar, na praia, ela concordou de primeira, isso já foi um milagre divino. Ela me deixou de fora, mas disse que ia escolher minha roupa, eu não deixei, e então rolou um pequena ameaça pra que eu escolhesse muito bem, e depois disso ela aceitou, minha noiva é um amor, deu pra perceber, não é? No momento estou com os gêmeos em cima de um lençol na grama da parte de trás de casa, aproveitando um pouco o sol fraco, Thor está brincando com uma borboleta, e eu estou com um óculos escuros. Becky foi ao mercado com a Rosa, aparentemente eu não comprei certo o que ela pediu, pra falar a verdade isso não era muita novidade não. Uma sombra cobriu meu rosto, retirei o óculos escuros e vi o corpo da minha noiva, do jeito que ela estava eu tinha a visão do centro coberto pela calça jeans, seus seios e seu rosto bravinho me encarando. Naquele momento eu desejei intensamente que ela tivesse de vestido, a visão teria sido mais interessante.

- Eu espero que você tenha passado protetor solar neles. – ela falou com um tom acusador.

- Passei. – fiz minha melhor cara de indiferente e coloquei os óculos escuros de novo, Becky já havia saído de seu resguardo, mas aparentemente está desconfortável com seu corpo, também estou desconfortável em ficar sem sexo, mas eu a respeito, então vou esperar.

- Eles estão dormindo, Saro. – ela disse com carinho. – Vamos leva-los pra dentro. – disse e agora entendi por que estavam tão quietinhos, eu até estava contando uma história pra ele, mas era sobre como conheci a mãe deles no jardim de infância. Becky pegou Valentina, e eu peguei Kauê, e o lençol.

- Vem Thor. – chamei e o cachorro veio correndo pra perto de mim em meio a latidos. Entramos e eu fechei a porta, levei meu bebê pro seu quarto e fui pra cozinha olhar o que Becky tinha comprado, mexi nas sacolas e nada me agradava. - Só legumes e verduras? – perguntei fazendo uma careta.

- Claro, estou de dieta. – ela disse enquanto guardava algumas coisas na geladeira, eu dei uma bela olhada e só consegui ver peito de frango, filé de peixe, legumes dos mais variados, verduras que eu nem conheço, frutas, e sucos, cadê minhas cervejas?

- Becbe, eu não tô de dieta não. – falei, vou ensinar uma coisa pra vocês, quando a mulher que manda na casa faz dieta, todo mundo faz, acho que até o Thor vai ter que comer ração sabor alface, ou então light.

- Eu sei, meu bem. – ela veio na minha direção e eu já sabia que jogaria sujo, ela sempre faz isso. – Mas você faz isso por mim, não faz? – ela disse fazendo carinho no meu rosto, beijou meu nariz, minhas bochechas e me deu um selinho longo. Rosa ainda estava na cozinha e provavelmente estava rindo da minha cara de idiota e de como sou fraca perto dessa mulher.

- Tá, amor. – peguei um dos pacotes lendo o nome. – Nós comeremos... brócolis? A não, amor. – falei já me arrependendo de ter aceitado.

- Você concordou. – ela disse fazendo o bico e a carinha de choro.

- Tá bom, amor. Amo brócolis. – dei um sorriso amarelo, ela me deu um selinho e se virou fiz uma imitação de vômito e Rosa riu, Becky se virou pra me olhar e eu fiz de conta que estava lendo o rótulo da embalagem, sorri e dei um aceno com a mão pra ela.

DOIS DIAS DEPOIS

- MARIE. – entrei na casa do meu pai correndo.

- Que foi, Freen? – encontrei a mulher na cozinha.

- Diz pra mim que tem almoço ai, por favor? – falei fazendo bico, são três horas da tarde.

- Tem sim querida, vou arrumar um prato pra você. – agradeci e me sentei na mesa. – Por que veio comer aqui?

- Becky tá em uma dieta maluca, eu já tô ficando verde de tanta verdura, olha aqui, Marie, meus olhos já estão verdes. – falei fazendo carinha de cão abandonado.

- Oh meu Deus, sério que seus olhos estão verdes? – ela perguntou e eu fiz que sim com a cabeça. – Você é uma figura, Freen. – ela disse sorrindo pra mim.

- É serio, eu preciso de carne. Esse negócio de filé de frango e peixe todo dia, acompanhado de salada não é pra mim. Acho que perdi uns dez quilos nesses dois dias, eu tô ficando desidratada. – falei e me joguei em cima da mesa.

- Deixa de drama menina, tenho certeza que ainda tem água em sua casa. – ela disse e trouxe um prato com um generoso bife, eu amo essa mulher. Eu não tive como não abraça-la e beijar todo o seu rosto.

- A senhora é a melhor, mas não conta pra Becky, tá? – pedi e ela assentiu. Cortei um pedaço da carne no ponto e experimentei, eu conseguia ouvir o coro de anjos. Eu tinha "almoçado" em casa, mas file de frango, quase sem sal, com uma salada de rúcula, aspargos, e outra coisa que eu não sei o que é, não me sustentou, ainda um tal de suco de laranja com beterraba, Becky nem precisa disso, mas é uma paranoia, parece que ela não se enxerga, é a mulher pós parto mais magra que eu já vi na vida. Nem parecia que ela estava grávida a dois meses, mas vai dizer isso pra ela, pra ver se acredita, diz que eu só quero agrada-la, ainda me chamou de cega, tirou a blusa na minha frente e ficou apontando imperfeições enquanto eu nem ouvia, fiquei olhando seus seios descobertos enquanto ela falava com apenas movimentos da boca, bom, pelo menos pra mim, eles estão bem maiores, uma delícia. Terminei de almoçar e me despedi de Marie, falei pra Becky que só ia dar uma passadinha aqui, então não podia demorar. Fui até o mercado mais próximo e comprei balinhas de menta, chupei sete no trajeto até em casa, pra ela não perceber, claro. Não tô mentindo pra ela, é só que é difícil pra uma pessoa carnívora ficar a base de couve de um dia pro outro, cheguei em casa, totalmente feliz por estar satisfeita. – Voltei, Becbec. – falei pegando Kauê, que estava no carrinho na sala, não sei onde Becky está, mas logo aparece. Levantei meu filho que de primeiro riu, rodei com ele ainda no alto, suspenso pelos meus braços. O rostinho dele se fechou.

- Saro, não, ele acabou de... – a voz de Becky foi interrompida pelo jato de vômito que me atingiu. – De mamar, eu tentei avisar. – ela disse controlando o riso. Abaixei meu filho e entreguei pra ela que limpou só uma gota que ficou nos lábios dele e eu fui tomar um belo e longo banho, parabéns Kauê, primeiro xixi, depois vômito. Tô sendo batizada das piores formas por esse menino.

A Minha Amiga - FreenBeckyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora