74 - Capítulo

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Oieh amores 😉 como estão? Espero que bem 🤗 boa leitura ❤

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    POV Rebecca


- Ela nunca vai me perdoar. – Anahí disse e pela primeira vez desde que a conheço, vi ela fraca. Chris a abraçou de lado.

- Vai sim, mãe, Freen tem um coração mole. – ele disse fazendo um carinho na mãe. Claire reclamou no meu colo e entreguei ela pra Lucy, queria mamar, Lucy e Ian saíram da sala indo até a cozinha, minha mãe chamou Lexa e Chris pra experimentar algo que ela fazia e só restou Anahí e eu, na sala, a mulher tinha o rosto entre as mãos e eu sabia que ela realmente havia se arrependido.

- Tá tudo bem, dona Anahí? – perguntei, eu sabia que as vezes Freen era cabeça dura, mas ela sempre acabava fazendo o que era o certo.

- Como seus pais agiram quando souberam? – ela perguntou levantando o rosto, percebi seus olhos levemente marejados.

- Bom, eles foram super compreensivos, na verdade até demais, mamãe disse já sabia e o papai perguntou se eu sentia falta da Freen, eles sempre quiseram que eu ficasse com ela, pelo que minha mãe diz, ela é o melhor pra mim. – eu expliquei e vi lágrimas escaparem dos olhos da Anahí.

- Eu devia ter sido compreensiva com Freen. – ela disse e meu coração apertou. – Ela sempre deu indícios, mas eu quis me fazer de cega, como se eu não enxergasse não fosse existir.

- Mas a forma como a senhora descobriu deve ter sido um choque também. – eu disse e a mulher assentiu.

- Mesmo se fosse com um cara eu teria me assustado, mas entrar no quarto e ver minha filha nua com uma garota foi um susto enorme, eu repetia pra mim mesma que era uma fase, e tinha medo que por influência, Chris e Lexa, também se tornassem homossexual. – ela disse e eu assenti. – E eu queria proteger meus filhos, de todo preconceito que eu sei que existe, pessoas matam homossexuais só por serem homossexuais. E foi ai que cometi meu maior erro, em vez de ficar ao lado da minha filha, eu deixei ela ir embora da minha casa, mas fico feliz que ela tenha encontrado uma moça como você, que a defende com unhas e dentes. –  sorriu pra mim, um sorriso que mostrava toda a sinceridade de suas palavras.

- Obrigado Anahí, mas as pessoas não se tornam homossexuais, elas nascem assim, e pra um homossexual é muito mais fácil enfrentar todo o mundo lá fora, quando se tem apoio dentro de casa, eu sei que a senhora errou, sei que quer perdão, e acho bonito que tenha percebido seu erro, Freen é cabeça dura, orgulhosa demais, mas sempre faz a coisa certa, uma hora ou outra ela vai perdoar a senhora. – eu disse e a mulher tinha um sorriso que denotava alívio.

- Espero que sim, eu amo minha filha, e quero concertar todos os meus erros. – ela disse e eu vi Freen descendo com o Ryan, ela havia chorado, seus olhos nunca me enganavam. Eles se olharam e com uma troca de gestos meu irmão saiu do lado dela, Freen me olhou e eu quase podia ouvir seus pensamentos, ela respirou fundo e abriu a boca pra falar algumas vezes, em vão, respirou fundo mais uma vez.

- Mãe. – ela disse e tanto eu quanto Anahí nos surpreendemos, a mulher virou de supetão pra olhar pra Freen. Os olhos da minha namorada já estavam cheios de lágrimas. – A senhora não me deu um abraço de feliz natal ontem. –  abriu os braços e eu vi que Anahí já chorava como uma criança, se levantou e foi até Freen se jogando em seus braços, eu fiquei assistindo a cena, as duas choravam em meio a um abraço que mostrava carinho e exalava perdão. E eu chorava, meu coração se encheu de emoção e essa se derramou por meus olhos. Anahí se separou da filha e pousou suas mãos no rosto pálido a sua frente, ela analisava o rosto de Freen, limpou suas lágrimas e beijou seu rosto. As duas vieram na direção do sofá, eu sabia que elas precisavam conversar.

- Bom, eu vou dar licença pra vocês. – eu ia saindo quando Anahí segurou minha mão com delicadeza.

- Fica. – ela disse e eu olhei em seus olhos, e depois para Freen que assentiu com a cabeça, sentamos no sofá maior e Anahí tinha um sorriso que não cabia em seu rosto. – Tenho que pedir perdão, a vocês duas. Sei que o que eu fiz foi errado, que cheguei na sua casa com um jeito idiota, mas na verdade eu estava com medo que me rejeitasse, Freen. E você, Becky, eu tenho que agradecer por cuidar da minha garotinha.

- Mãe, eu não sou mais garotinha. – minha namorada disse e vi que ela estava vermelha.

- Tem razão, garotinhas não fazem aqueles barulhos na varanda. –  disse e quem ficou vermelha agora fui eu.

- Eu te perdoo, mãe, se a senhora me perdoar também por ter sido uma idiota. – Freen disse, linda, esse coração bobo e mole.

- Oh meu amor, você não tem que pedir perdão. – abraçou a filha e beijou sua testa, Freen agora tinha voltado a ser criança, eu via isso em seu rosto, o mesmo sorriso bobo que ela tinha quando ganhava um elogio da mãe. – Me da um abraço também minha nora? –  me olhava com expectativa, e eu a abracei, claro, minha sogra havia se redimido. – Obrigada. –  disse próximo ao meu ouvido.

- Não há de que. – eu disse e ela beijou minha testa da mesma forma que tinha feito com Freen.

- WIGGLE, WIGGLE, WIGGLE. – Toni entrou dentro da casa cantando e começou assoviar no ritmo da música, estragando todo o momento família que estávamos tendo. Junto dela estava Cheryl, claro, Otto, Marie e Bruce. – Hey, chegamos.

- Percebemos. – Freen disse.

- Você também foi convidada? – perguntei a Toni fazendo minha melhor cara de decepção.

- Claro, eu sou da família. – ela disse.

- Sossega amor. – Cheryl disse batendo na bunda da noiva. Otto veio me abraçar e depois a filha, Marie fez o mesmo, cumprimentaram a Anahí, Bruce estava brincando com a Toni, mas fugiu dela pra dar um abraço em mim e na Freen e cumprimentar Anahí.

- Fizeram as pazes, muito bem. – Otto disse surpreendendo a todos.

- Como sabe? – Freen perguntou.

- Eu sou seu pai, criança, eu sei de tudo. –  fez uma pose e nós rimos dele. Me aproximei de Freen pra poder sussurrar em seu ouvido.

- Por que mudou de idéia tão rápido? – eu mexia em seu cabelo e ela virou seu rosto pra me responder.

- Seu irmão é ótimo com conselhos. – ela disse e eu sorri, beijei seu rosto de forma carinhosa.

- Te amo, meu bem. – disse e deitei meu rosto em seu ombro.

- Também te amo, minha linda. – ela entrelaçou nossos dedos e ficamos ali conversando, até que todos os outro se juntaram a nós, e foi anunciado que o almoço estava pronto. Irin e Demi chegaram na última hora, Camila, Lauren, Ari e Troy haviam chegado junto de Harry e Heng. Estávamos em família. Uma grande e louca família.

A Minha Amiga - FreenBeckyWhere stories live. Discover now