112 - Capítulo

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    POV Freen


Duas horas da manhã e sou despertada pelo choro na babá eletrônica, a desliguei e levantei pra ir ver meus filhos, Becky estava exausta, ficou com eles até uma da manhã, então resolvi ir cuidar deles agora, cheguei no quarto e só o Kauê estavam chorando desesperadamente, o peguei no colo e depois de alguns minutos ele ficou mais calmo, Valentina estava acordada por conta do choro do irmão, mas agora que o silêncio voltou seus olhinhos começavam a pesar, arrastei a poltrona de amamentação pro lado do seu berço e me sentei lá, Kauê estava com cólica de novo, coloquei sua barriguinha encostada na minha pra que a dor diminuísse, comecei a cantar all of the stars do Ed Sheeran, acariciando as costas do meu pequeno com a mão esquerda e segurei a mão da minha princesa com a direita. Ela apertou meu dedo e eu sorri com esse gesto. Já havia duas semanas desde o nascimento, minha mãe foi embora a três dias, é claro que eu queria que ela ficasse, mas ainda tinha o Chris e a Lexa, mesmo a vizinha os ajudando minha mãe ficava preocupada e é totalmente compreensivo. Ela prometeu voltar. Sobre ela e Maya, não sei se evoluiu pra falar a verdade, minha mãe realmente parece muito insegura, mas ela ficou muito contente quando eu pedi pra convidar a doutora pra jantar conosco, e ganhei uns beijinhos de Becky também, foi um jantar que valeu a pena. Eu me comportei bem, foi o que Becky disse.

 Tadinha da minha Becky, tem andando tão cansada, os bebês exigem muito dela, e decidimos contratar alguém pra ajudar em casa, Kate ficou de nos ajudar com essa tarefa, eu tenho trabalhado em casa, minha secretária sempre manda os relatórios pra mim, e ela tem ajudado muito também, por que só manda o essencial, quando tenho que ir no fórum ela marca três audiências em um dia só pra que eu não tenha que ir todo dia, ela tá merecendo um bom bônus. Marie também vem quase todos os dias, vem sido uma mãezona, ela me ajuda dizendo o que Becky pode ou não comer, é difícil pra caramba isso de resguardo, ontem o Kauê ficou com cólica a tarde, exatamente como está agora, e começou a chorar desesperadamente, meu coração se apertou demais, mas não só por ele, Becky chorou junto de nosso pequeno, ela estava agoniada, eu liguei pra Kate e ela me ensinou o que fazer e pediu pra mim ir na farmácia comprar um remédio, ele ficou calmo assim que sua barriguinha entrou em contato com a da mãe, mas mesmo assim eu comprei o remédio, só que o problema é, eu não sei onde a Becky deixou, e eu não quero acordar ela, nessas duas semanas ela não dormiu nenhuma dia mais do que cinco horas durante a noite, minha noiva é uma mãe dedicada, até demais, mesmo se eles não fizerem barulho nenhum ela acorda só pra vê-los, hoje ela não acordou por que está exausta. 

Se não fosse por isso provavelmente estaria aqui. Ajeitei a chupeta na boca do meu Kauê e ele chupou com vontade, os olhinhos lutando contra o sono, minha Valentina já havia desistido, vou contar pra vocês, ter filho é muito mais difícil do que eu pensei, e dois de uma vez então, uma loucura, mas é tão bom estar assim, pertinho deles, os sorrisos sem dentes e a forma como eles sorriem durante o banho, eles adoram água, Kate disse que os primeiros meses são os mais difíceis, e eu já to concordando com ela, eu sei que eu já estou ficando com sono, mas e o medo de levantar e Kauê acordar e começar tudo de novo, acho melhor eu ficar aqui, peguei o cobertor dele e estiquei melhor sobre seu corpinho, eu já estava praticamente deitada na poltrona então só fechei meus olhos, e acho que no mesmo instante eu apaguei.


  POV Rebecca


Passei a mão pela cama procurando pelo corpo que normalmente me esquenta, nada, cadê Freen? Abrir um olho pra ter certeza que ela não estava ali e vi que não me enganei, estiquei o corpo e ouvi vários ossos estalarem, tô ficando velha, vi que o dia já tinha nascido, a dias não dormia tão bem e acordava tão disposta, olhei pro relógio no criado mudo da Freen, oito e cinquenta e sete da manhã, meus filhos, caramba, por que a babá eletrônica tá desligada? Levantei em um pulo e fui em direção ao quarto deles correndo, literalmente correndo, e a cena que eu vi fez meu coração se acender. Freen dormindo na poltrona de amamentação, com Kauê em seu colo, embrulhado, minha Freen com a mão nas costas dele e a outra dentro do berço de Valentina, segurando inconscientemente sua mãozinha, os três dormiam perfeitamente bem, seria até um pecado acorda-los, mas meus peitos já estão derramando, me aproximei e vi que minha princesa já estava com os olhinhos abertos, a peguei no colo com cuidado pra não acordar os dois dorminhocos, olhei pra Freen e Kauê, eles são iguais, até a forma de dormir é a mesma, quando esse menino crescer vou ter um trabalho. Tinha mais uma cadeira no quarto que Freen trouxe da mesa da sala de jantar, me sentei nela e comecei a amamentar minha filha.

- Vocês chamaram a mamãe Freen de madrugada é? – perguntei acariciando seu cabelo, mesmo mamando ela mantinha seus grandes olhos castanhos em mim, Freen diz que são os meus olhos, e ela pode ter razão, só não pode saber disso. – Não quero nem ver quando ela acordar, vai tá morrendo de dor por ter dormido desse jeito. – sussurrei pra minha pequena que pareceu sorrir, ela voltou a se concentrar na tarefa de mamar e ouvi Freen se remexer, logo fez cara de dor, abriu os olhos verdes extremamente claros que pousaram diretamente em mim.

- Bom dia, amor. – ela disse com a voz rouca.

- Bom dia, meu bem. – sorri pra ela. – Por que não me acordou pra te ajudar? – perguntei vendo ela tentar se levantar e já colocar a mão nas costas.

- Você parecia exausta, quis te deixar dormir, e era só uma cólica. – ela levantou com dificuldade e colocou nosso pequeno em seu berço.

- Vai precisar de uma massagem? – perguntei chamando ela pra perto de mim. Ela assentiu fazendo bico e se abaixou pra me dar um selinho. Quando tentou subir ela travou. – Tenta ir pro quarto, eu já vou lá te ajudar meu bebê. – falei e ela foi em direção ao quarto encurvada. Mais alguns minutos e Valentina terminou de mamar, a coloquei pra arrotar e a levei pro nosso quarto, vi que Freen já estava deitada na cama e sem blusa, deixei ela ao lado da Freen e fui buscar o Kauê, que acordou no caminho, Freen tava brincando com a nossa filha. – Tá doendo ainda, amor? – perguntei enquanto colocava Kauê pra mamar.

- Um pouco. – ela disse. – Mas vou já levantar pra te ajudar com o banho deles.

- Não precisa, eu termino de amamentar o Kauê, faço uma massagem em você e depois dou banho neles. Você já foi uma ótima garota ficando com eles a madrugada inteira. – aproveitei que estava ao lado dela e passei as unhas em suas costas, por pura implicância.

- Amor, para. – ela disse e eu vi que todo seu corpo tava arrepiado.

- Tô com saudade de fazer amor com você. – falei deslizando minha mão por seu bumbum.

- Becky sossega. – ela disse, mas eu precisava provocar mais um pouquinho, é divertido.

- Sabe amor, tô louca pra você me pegar de quatro e puxar meu cabelo. – falei e puxei o cabelo de Freen, que arfou. – Você faz gostosinho. – falei sussurrando. Agradeci por nossos filhos não estarem entendendo nada. Desci minha mão entre suas pernas e apertei seu sexo. Freen deu um pulo e levantou rápido da cama. – Onde você vai, vida? – perguntei vendo ela ir em direção ao closet.

- Tomar um banho, de preferência gelado. – ela disse e eu comecei a rir de seu jeito bobo. 

Olhei para os meus filhos que mantinham os olhos em mim.

- A mãe de vocês é a idiota mais linda do mundo.

A Minha Amiga - FreenBeckyWo Geschichten leben. Entdecke jetzt