33 - Capítulo

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   POV Rebecca


Eu juro que tentei não ter ciúmes, juro, mas é impossível, a garota iria ficar junto da MINHA Freen, isso era injusto, eu queria ela comigo, fui o caminho todo pra casa bufando e pensando no que as duas podiam estar fazendo, nem ouvia o que Irin, Demi, Toni e Cheryl conversavam, eu cruzei os braços e fiquei de bico, só ficava sem ele pra resmungar ou bufar, chegamos em casa e eu fui para o meu quarto, não tinha um pingo de paciência pra merda nenhuma. Me joguei na cama e fiquei lá, reclamando e imaginando aquela idiota tendo todos os sorrisos da Freen, inferno. Irin entrou no quarto e sentou na cama ao meu lado.

- Que foi em? Isso é tudo ciúmes da Freen? – perguntou e eu tranquei a mandíbula.

- Não é ciúmes tá Irin, é só que eu não gostei da garota, ela não é boa o suficiente pra ela. – respondi e comecei a bater qualquer coisa no quarto, as gavetas, as portas do guarda-roupa.

- E quem é? Você? –  perguntou e eu olhei pra ela com uma cara que ela já poderia saber que eu queria mata-la.

- E por que não? – perguntei ríspida.

- Por que você não tem nem coragem de admitir que é louca por ela. –  disse e eu tava me controlando pra não pular nela e estrangula-la.

- Eu não sou louca por ela, e aliás, você que é culpada nessa história. – eu disse e apontei o dedo pra ela.

- Eu por quê? – perguntou.

- Que eu me lembre, ela é da sua faculdade, você apresentou elas, se você não tivesse feito isso, ela estaria bem aqui comigo, no sofá ou nessa cama, assistindo qualquer porcaria na televisão. – eu disse e comecei a andar por todo quarto.

- Ah, entendi agora, você pode ficar com outras pessoas, pode esfregar na cara da Freen que é afim de alguém, que eu nem sei quem é, pode falar um monte de merda pra ela, mas ela não, tem que ficar aqui, guardadinha pra você dentro de um caixinha, que quando você quiser brincar é só pegar ela pra você, me poupe Rebecca, vê se cresce, Freen não é seu cachorrinho, ela tem o direito sim de conhecer alguém que dê valor a ela como merece. – disse.

- EU DOU VALOR A ELA. – eu dizia em meio a a lágrimas.

- Ah dá, claro que dá, a garota faz o que você pede, a qualquer hora, é capaz de se você pedir pra ela trazer bananas as três da manhã, ela vai procurar um mercado vinte e quatro horas só pra te trazer essas bananas. Ela faria qualquer coisa por você, e você faria o mesmo? Sabe qual o seu problema, é que você nem pega e nem solta, porra, dá um tempo, a Freen não é uma propriedade sua, Rebecca, bota isso na sua cabeça, vocês são só amigas, não é essa babaquice que você diz sempre? Então deixa ela viver a vida dela, cansei dessa sua infantilidade. –  saiu do quarto batendo a porta e eu me joguei na cama pra chorar, chorar tudo o que eu podia, chorar. 

Quase uma hora depois eu consegui parar de chora, tomei um banho demorado e não parava de pensar nas palavras da irin, eu fui até a cozinha e comi qualquer coisa, depois liguei pra Freen vir aqui pra casa, eu precisava do colo dela, pedi com carinho e ela disse que viria, depois de mais meia hora, ouvi alguém batendo na porta, desci as escadas com pressa e abrir a porta, pulei no colo da minha Saro e fiquei assim, nos braços dela, onde é o melhor lugar do mundo. Sentir que ela me levou até o sofá e sentou comigo ainda em seu colo.

- Que foi, Becbec? – ela perguntou e eu a soltei lentamente, encarei seus belos olhos verdes e tudo o que Irin tinha dito invadiu de novo meus pensamentos. Lembrei de cada momento que eu passei com Freen, do beijo que tivemos a alguns dias, de como me senti aliviada quando vi ela na casa da Hanna, em como eu adorava os beijos que ela me dava no pescoço, como meu coração saltitava ao ficarmos tão próximas assim, ou como meu estômago rodava quando eu pensava nela, passei a mão sobre o rosto dela e depois sobre o belo cabelo negro, que sempre estava levemente bagunçado, isso a deixava mais bonita ainda, a voz de Irin gritou novamente na minha cabeça.

"Por que você não tem nem coragem de admitir que é louca por ela."

Droga, minha irmã tinha razão, eu sou louca por ela, completamente, inegavelmente, compulsivamente, louca por Freen Sarocha.

- Becbec, está me assustando, o que aconteceu? – perguntou e segurou firmemente minha cintura.

- Eu estava com saudades. – eu disse e ela pareceu se aliviar.

- Tem certeza que é isso? – perguntou de uma forma linda, eu sorri com o jeito fofo dela.

- Tenho. – acariciei novamente seu rosto e ela relaxou.

- Mas a gente se viu faz pouco tempo. – ela disse de olhos fechados.

- Isso não impede que eu tenha sentido saudades de você, Saro. – ela sorriu de lado, aquele sorriso que eu tanto amo, amo? Droga, não tem mais como não negar, eu amo essa mulher. Ela abriu os olhos e eu tive uma certeza, eu quero ela pra mim. Sentir um perfume diferente e lembrei que agora eu tinha um empecilho, ela estava ficando com aquela Lucy Hale. Revirei os olhos ao lembrar do nome daquela garota.

- Ei, por que revirou os olhinhos ai hein? – perguntou e tocou a ponta do meu nariz.

- Tava lembrando de um lance aqui, como foi o almoço? – não que eu tivesse interesse em saber dos encontros de Freen com aquelazinha, mas queria saber se ela já tinha desistido da baixinha.

- Foi legal. –  disse com um sorriso nos lábios, que algumas semanas era direcionado apenas pra mim. – Ela que cozinhou. – eu engoli o nó que tinha se formado na minha garganta e sai do colo dela.

- Vamos dar uma volta? – eu chamei e estendi a mão pra ela, eu precisava sair daquela casa, eu precisava respirar, e estava me sentindo sufocada ali dentro. Ela pegou minha mão e me guiou pra fora, tranquei a casa e ela abriu a porta do carro pra mim. 

Fomos até uma sorveteria e tomamos uma banana Split juntas, jogamos conversas fora e algumas pessoas até pareciam incomodadas com as nossas gargalhadas altas, estar com Freen sempre me rendiam boas risadas. Depois fomos para uma praia, ela pediu que eu deixasse o celular no carro, eu não entendi, mas o fiz, quando saímos do carro ela me pegou no colo e correu em direção a água, eu gritava alto e agarrei seu pescoço. E logo a sensação da água gelada encontrou meu corpo, Freen  não me tirou do seu colo, ficamos ali abraçadas, rindo feito loucas, eu conseguia ver algumas pessoas nos olhando com sorrisos nos rostos e algumas outras pareciam não aprovar, e eu não me importava em nada, só queria ficar ali com Freen. Saímos da praia e depois desse banho gelado, ela fez eu tirar a roupa, sim, ela fez, torceu a roupa e me deu um moletom dela que tinha no banco de trás, disse que eu não podia ficar com roupas molhadas pra não me resfriar. Como eu demorei tanto pra perceber que ela é perfeita? Ela retirou a blusa que vestia, tirou o excesso de água e a vestiu novamente, entramos no carro e ela dirigia sem destino algum.

- Você gosta muito de dirigir, não é? – perguntei mesmo já sabendo a resposta.

- Muito, me sinto livre. Por que não tentar? – me olhou rapidamente.

- Não tenho a carta pra dirigir, não consigo aprender e nunca passava naquela droga de teste, então desisti. – expliquei e Freen pareceu me analisar rapidamente, entrou em uma rua e depois de alguns segundos estávamos em um lugar deserto. Ela parou o carro e o desligou. – O que vamos fazer aqui?

- Vou te ensinar a dirigir, agora vem, o banco do motorista agora é seu, Becbec.

............... 


Finalmente Beckynha assumiu gostar pra valer da Freen. Será que ela irá se declarar ou  vai  por tudo a perder?? 

A Minha Amiga - FreenBeckyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora