A Minha Amiga - FreenBecky

48 - Capítulo

   POV Freen

Cheguei em casa e todos estavam na sala, menos Lucy e Claire, os cumprimentei e subi pro quarto delas. Bati na porta e ouvi um "entra" .

- Hey, olha quem chegou, filha. – Lucy disse e Claire pareceu entender, ao soltar o peito e me olhar.

- Eu disse pra não me esperar acordada, amorzinho. – falei e Claire abriu um grande sorriso pra mim, me sentei ao lado delas e suspirei.

- E ai, como foi? – Lucy perguntou muito animada e Claire voltou a mamar.

- Incrível. – eu disse e encarava a parede na minha frente, relembrando todas as imagens.

- Freen, nós queremos detalhes. – olhei pra ela e vi ela apontando pra si e pra Claire, que mesmo mamando continuava me olhando.

- Nossa, esqueci como vocês são curiosas. – eu disse e me calei só por que sabia que ia irritar Lucy.

- Alô, estamos esperando. – ela disse estalando os dedos na minha frente e eu ri.

- Tá, fomos em um restaurante japonês, conversamos sobre várias coisas, do passado, e de quando eu estava fora, sobre o Ryan, a Claire e depois eu deixei ela em casa. Só isso. – eu disse sorrindo.

- Arram, me engana que eu gosto, vai dizer que não rolou nenhum beijo? – ela disse me olhando com expectativa.

- Três. – eu disse e ela arregalou os olhos.

- Três beijos no primeiro encontro, essas crianças de hoje em dia, nada é mais como era antigamente, na minha época, namoro era segurar na mão. – Lucy disse e eu gargalhei alto.

- Fala sério Lucy, você só segurou a mão dos seus namorados quando tinha cinco anos de idade. – Lucy deu um tapa na minha cabeça, mas acabamos rindo juntas.

- E o que decidiram? – perguntou.

- Nada, é como se estivéssemos recomeçando do zero. – eu disse e Lucy me analisava.

- Fico feliz por que percebo que está feliz. Tia Freen tá feliz, filha. – Lucy disse enquanto brincava com as mãozinhas da Claire. Não demorou muito pra que Claire parasse de mamar e ela estendeu os bracinhos pra mim, era a primeira vez que ela fazia isso e eu tinha os olhos brilhando. – É uma traidora mesmo, é a primeira vez que estende os braços e é logo pra Freen?

- É o charme Sarocha. – eu disse e peguei Claire no colo brincando com ela, e fazendo cócegas em sua barriga. Fiquei mais um tempo ali e comecei a cantar a música preferida da Claire, pouco tempo depois ela já estava dormindo com seu bico na boca. – Dormiu, vou pra cama agora, boa noite, Lucy, até amanhã. – dei um beijo na cabeça da Claire e sai do quarto, fui até meu quarto e cai na minha cama, senti meu celular vibrar e o peguei no meu bolso.

"Não consigo dormir. – Becky."

Olhei no relógio do celular e já estava passando das onze horas da noite.

"Ownt, tadinha. - Freen"

"E a culpa é sua. - Becky"

"Minha por quê? - Freen"

"Tô com saudade de dormir nos seus braços, e fico relembrando do último beijo que me deu essa noite, e agora não consigo me concentrar em dormir. - Becky "

"E o que você quer que eu faça em relação a isso? - Freen"

"Venha pra cá. - Becky"

"Tipo agora? - Freen"

"Agora. – Becky"

"Você pirou? Seu pai vai me matar se me pegar chegando ai essa hora. - Freen"

"Para de drama, você sabe que eles te adoram, anda logo, vem pra cá. - Becky"

"Tá bom, mandona. - Freen"

Deixei o celular na cama e tomei um banho rápido, vesti um moletom e quando sai do quarto meu pai tava desligando as últimas luzes.

- Aonde você vai essa hora? – ele perguntou.

- Pra casa da Becky, ela disse que não tá conseguindo dormir e pediu pra mim ir pra lá. – eu disse corando.

- Assuma logo esse namoro, e fale com o pai dela, por favor. Os Sarocha não enrolam as moças de família. – meu pai disse e foi para o seu quarto enquanto eu o olhava com a boca aberta. Balancei a cabeça, fui até a garagem e sai com o meu carro, dez minutos depois já estava na porta da Becky, quando eu ia bater a porta se abriu e ela me puxou pra dentro.

- Você demorou. – ela disse baixinho.

- Eu tomei um banho primeiro, e não demorei tanto assim. – eu disse e ela beijou meus lábios, até ouvimos um pigarro e eu me soltei imediatamente dela, suspirei em alívio quando vi que era a Kate.

- Vai dormir aqui, Freen? – ela perguntou com um sorriso malicioso no rosto.

- Sim senhora, quer dizer, se a senhora permitir. – Becky tinha um sorriso divertido no rosto.

- Não precisa me chamar de senhora só por que tá namorando minha filha. – ela disse, será que todo mundo cismou nisso de namoro agora? – Mas olhem só, não façam barulho viu. – ela piscou e eu engasguei com a própria saliva e Becky começou a bater nas minhas costas com um certo cuidado.

- Ela tava brincando, Saro. Relaxa. – ela disse e eu me acalmei.

- E seu pai? – perguntei.

- Meu pai te adora, não precisa ter esse medo todo dos meus pais. – ela disse e me puxou pela mão para o seu quarto. Não fizemos nada, em relação a sexo, só ficamos nos beijos e amassos, pouco tempo depois ela puxou meus braços e envolveu em seu corpo, puxei o edredom pra nos cobrir, enterrei o meu rosto no pescoço dela e depositei um pequeno beijo ali na nuca dela.

- Boa noite, Becbec. – eu disse e trouxe o corpo dela pra mais perto do meu.

- Saro? – ela chamou depois de algum tempo e virou seu corpo de frente pra mim. Eu fiz um som pra que ela continuasse. – Eu sei que tivemos nosso primeiro encontro hoje, mas já nos conhecemos a muito tempo, e você sabe, não é? – eu fiz que não com a cabeça, não estava entendendo toda aquela enrolação dela. – É que, eu te amo, e você me ama também, a gente ta madura agora, então eu acho que podíamos tentar sabe, ah droga. – ela se sentou na cama e respirou fundo. – Eu nunca achei que faria isso, mas vamos lá, Saro, você quer namorar comigo? De verdade dessa vez. – disse de um jeito fofo e eu queria aperta-la, eu nunca achei que ela pediria, eu achei que eu o faria, mas também não sabia como e nem quando. – Responde logo, Freen. – disse impaciente e eu dei um selinho nela.

- Claro que eu quero. – ela sorriu grande e atacou meus lábios em mais um beijo quente.

- Vamos dormir antes que eu te ataque, namorada. – ela disse e deu um pequeno sorrisinho.

- Vamos, namorada. – eu disse e dei mais um selinho nela antes de abraça-la, o clima estava tão bom que nem vi quando dormir.