A Minha Amiga - FreenBecky

86 - Capítulo

   POV Freen

Domingo, e hoje nossos bebês completam sete semanas, Becky teve muito enjoos no começo, mas eu peguei o jeito da coisa, e já sabia tirar de letra pra amenizar, to assistindo vídeos de culinária, por que Becky tem que comer coisas leves por causa de enjoos mesmo. Ela diz que é uma graça ficar me olhando fazer de tudo pra cuidar dela, é o que eu tenho que fazer, não é? Hoje tivemos uma surpresa, teremos um casamento duplo na nossa família, Demi e Irin, Toni e Cheryl, pois é, todo mundo casando e eu ficando pra trás, por que? Por que não sei como pedir, ai você diz, só pede e pronto, não, não é assim, ainda mais pra mulher que é o amor da minha vida, que eu pretendo ficar com ela pro resto da minha vida, não posso chegar do nada e falar "ei Becbec, quer casar comigo?" só isso? Não dá, nossa história merece muito mais que isso, e minha princesa merece ser tratada como tal. Estou ao lado do nosso beagle, o pequeno Thor, sim, nome de super herói. Ryan me ajudou escolher. Estamos assistindo TV, Becbec saiu com a mãe, e vão almoçar fora, e eu já to ficando com fome, quer saber vou pra casa do meu pai, pelo menos eu sei que a Marie com certeza cozinhou. Peguei a chave do carro e fui em direção a garagem, o primeiro a chegar lá foi o Thor, Becky ensinou ele a passear de carro, abrir a porta e ele tentou entrar lá dentro, sem sucesso, o ajudei e ele ficou no banco do carona quieto. Esse cachorro é mais esperto que eu, Becky havia saído com ele algumas vezes, provavelmente ela ensinou. Saí da garagem e fiz a volta e vi uma garotinha chorando na calçada, ao lado de uma pequena bicicleta rosa, encostei o carro e fui ver se ela estava bem.

- Ei, tudo bem? – perguntei me ajoelhando na frente da pequena e vendo que seu joelho estava ralado. A menina levantou os olhos castanhos na minha direção e tinha um bico enorme além de lágrimas nos olhos castanhos. – Oh, não chora. – assoprei seu joelho. – Ainda dói? – perguntei e ela negou abri um pequeno sorriso e a pequena garota analisava meus gestos.

- Mamãe diz que não posso falar com pessoas estranhas. – ela disse com um tom desconfiado.

- E ela está certa. Meu nome é Freen, Freen Sarocha. – estendi as mãos pra ela e ajudei a pequena criança a se levantar, levantei a bicicleta. – E seu nome é? – perguntei e a menina abriu a boca pra responder.

- Nicole. – uma mulher com respiração desregular e que aparentava ter corrido chegou perto da gente. – Eu disse pra ir devagar filha. –  disse e a pequena abaixou a cabeça.

- Desculpa, mamãe. – ela disse e parecia que eu não estava ali.

- Bom, eu já vou indo então, se cuida pequena, e olha só, quanto mais praticar, melhor fica, quando se aprende a andar de bicicleta nunca mais se esquece. – a pequena sorriu mostrando a falta de um dente.

- Oh, me desculpa, fui mal educada, Sarah Shahi. – a mulher estendeu a mão pra mim, e eu não tive como evitar olhar seu corpo, bronzeado e cheio de curvas e com lábios marcantes, sim eu sei que tenho a Becky e não a troco por ninguém, mas eu não sou cega.

- Tudo bem, sou Freen Sarocha. – apertei delicadamente sua mão.

- Obrigada por ajuda-la, ela me deixou pra trás e eu não consegui alcançar. – disse meio sem graça.

- Tudo bem, eu tava saindo de casa e vi ela chorando, eu não ia deixar ela no chão. – eu disse apontando pra minha casa.

- Muito obrigada mesmo, sou nova no bairro e acho que somos vizinhas. – ela disse e era estranho manter um papo com alguém que a gente não conhece.

- Legal, você vai gostar, é bem calmo. – eu disse e ouvi latidos ao meu lado, Thor que tinha saído do carro, isso por que deixei a porta aberta.

- É seu? – Nicole perguntou olhando pro pequeno cão.

- Sim. Fala oi pra ela Thor. – o cachorro balançava o rabo e lambeu a mão da garota que fez um carinho nele.

- Freen. – ouvi alguém me chamar e olhei pra trás. Minha namorada me olhava com uma sobrancelha arqueada e os braços cruzados. Sabe aquele momento que você sabe que não fez nada de errado, mas tá morrendo de medo mesmo assim, pois é.

- Becbec, oi. – ela veio na minha direção e ficou ao meu lado olhando diretamente Sarah nos olhos. – Elas são nossas vizinhas. – eu já começava a me explicar, o quão patético isso é?

- Sarah. – a mulher a nossa frente estendeu a mão pra Becky, que logo a apertou. – E essa é minha filha, Nicole. – a garota acenou pra Becky, que sorriu pra ela.

- Eu sou Rebecca, Rebecca Sarocha, a esposa dessa moça aqui. – ela disse apontando pra mim, se tinha forma melhor de se marcar território do que essa, eu desconhecia.

- Oh, parabéns. – Sarah disse, ela não havia dado em cima de mim, isso é óbvio, mas se Becky fosse reclamar e eu dissesse isso ainda apanharia por estar "defendendo" a vizinha, claro, então nada mais inteligente do que concordar com ela o tempo todo e a uns quinze metros de distância. E nada melhor do que reforçar o que ela disse.

- Obrigada, e estamos grávidas também. Gêmeos. – pousei minha mão na barriga da Becky. Ela me olhou com um sorriso de lado, mas seus olhos mostravam que teríamos uma conversa mais tarde, não posso nem fazer uma boa ação em ajudar uma garotinha.

- Que lindo. – Sarah disse com um sorriso sincero. – Bom, agora nós vamos pra casa, e andar de bicicleta perto de casa agora, viu mocinha. – disse pra Nicole. – Muito obrigada por ter ajudado ela, Freen. – a mulher disse e saiu empurrando a bicicleta da filha enquanto Nicole ia ao lado. Eu estava com o braço sobre os ombros de Becky.

- Se você tivesse um pau eu iria arranca-lo agora. –  disse baixo e eu engoli em seco. – Onde você estava indo em, cara de pau? –  perguntou e eu sabia que estava muito ferrada, e o pior nem tinha feito nada pra isso.

- Pra casa do meu pai almoçar com o Thor. – eu disse e estávamos ainda na rua.

- Guarda seu carro e o meu e vai pra dentro, vamos ter uma conversa dona Freen. – virou de supetão e pegou o Thor no colo e foi pra dentro sem nem me olhar, que mulher brava é essa? E o pior, por que diabos eu estava excitada pensando nos tapas que eu iria levar?

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Eita Hehe, se cuida Freen! Espero que gostem dos capítulos amores ❤