85 - Capítulo

490 102 13
                                    


    POV Freen


Acordei com barulhos estranhos, pareciam latidos? De onde vinha isso?

- Becbec, para de latir. – eu disse meio dormindo ainda.

- Não sou eu, é o cachorro, acorda Freen e faz ele parar, eu to com sono. –  disse e eu me lembrei do filhote que tinha encontrado essa manhã, abrir os olhos e vi o cachorro no pé da cama latindo, ele devia estar com fome. 

Me levantei e troquei de roupa pra poder sair, peguei o cachorro no colo e saímos do quarto deixando minha namorada dormir. Fui até o pet shop mais perto, e que não era tão perto assim, mas lá tinha atendimento veterinário, então era melhor, o rapaz atendeu o pequeno cachorro, disse que ele é um beagle, e que quase morreu de frio, se eu não o tivesse pegado naquela hora, ele não teria sobrevivido, isso me deixou com o coração na mão, deu ração pro cachorro que devorou rapidamente, ele deu algumas vacinas e me deu um cartãozinho, tinha que voltar em um mês, eu tenho um cachorro agora? Passei por uma sessão e comprei uma caminha, duas tigelas, ração, shampoo, uma coleira com identificação, e uns petiscos. Só tinha que escolher um nome dele pra mandar gravar na plaquinha. Paguei tudo e segui pra casa, só parei pra comprar pão na padaria, chegamos em casa e eu conversava com o cachorro, qual o problema? Pelo menos ele não discordava das minhas ideias. Eu o coloquei no chão e deixei suas coisas perto da porta.

- Tenho que falar com a Becky pra ver se a gente pode ficar com você. – eu disse e o cachorro abanava o pequeno rabo, será que ele tá me entendendo? – Você sabe fazer carinha de cachorro sem dono? Se bem que no momento essa é a cara que você deve ter, mas deveria fazer pra ela, isso vai ajudar a convencer. - fomos pra cozinha e eu fiz o café da manhã da minha morena, arrumei tudo em uma bandeja e quando eu ia saindo da cozinha ela chegou.

- Bom dia, amor. – ela disse beijando meus lábios.

- Bom dia, Becbec, podia ter esperado mais um pouquinho, não é? – eu falei olhando pra bandeja que eu ainda segurava e ela sorriu de forma doce pra mim.

- Comemos aqui. – ela disse e o cachorro cheirava seu pé. – Ah, você tem que me contar a história do filhote. – disse acariciando o filhote.

- Bom, você lembra que eu fui pra casa da Toni, não é? – perguntei e ela assentiu. – Então, nós assistimos um jogo e bebemos uma ou duas cervejas.

- Não minta. –  disse com os braços cruzados, essa mulher me conhece melhor que minha mãe.

- Tá, umas cinco. – eu disse e ela cerrou os olhos. – Tá amor, foi sete, juro. – ela assentiu. – E então dormimos no sofá, por que depois do jogo resolvemos assistir um filme, e apagamos. Eu acordei era cinco e pouco da manhã e resolvi vir logo pra casa pra te espera, quando cheguei em casa eu tomei um banho e quando terminei ouvi uns barulhos estranhos no quintal, olhei pela nossa varanda e não vi nada então eu decidi ir lá ver... – fui interrompida por um tapa. – Ai. – reclamei. – Por quê me bateu?

- E se fosse um ladrão, idiota? – ela perguntou brava.

- Mas não era, amor. – eu disse e ela se aproximou de mim, esses hormônios de gravidez e essas mudanças bruscas de humor.

- Mas e se fosse, continua antes que eu me estresse mais. –  disse com a mão na testa, o que não tem de tamanho compensa em brabeza.

- Então, eu fui lá fora, com muito cuidado. – sorri amarelo pra ela que revirou os olhos. – E ouvi o barulho de novo, procurei e achei ele no chão, todo molhado e tremendo de frio, então eu peguei ele e dei um banho e sequei. O veterinário disse que se eu não tivesse o encontrado naquela hora, ele podia ter sofrido uma hipotermia. – nada melhor que tentar amolecer o coração da latina.

- Own, tadinho. – ela acariciou o pelo do cachorro que estava perto de mim agora. – Devemos dar um nome pra ele.

- Nós podemos ficar com ele? – perguntei com um sorriso bobo, era quase um treinamento pra filhos, só não tinha a frauda suja. Mas ele também fazia suas necessidades.

- Claro, mas você limpa a sujeira dele, e ensine boas maneiras também. – ela disse e beijou meu nariz.

- Tá bom. – eu disse agarrando sua cintura dando início a um beijo calmo. Ela finalizou com alguns selinhos e nos sentamos na mesa pra tomar café. – E como foi no trabalho ontem, hoje, sei lá.

- Foi legal, nada demais, ainda bem. – ela disse e começamos a comer, na terceira mordida que ela deu no pão ela correu pro banheiro, eu fui atrás dela pra ajudar, segurei seus cabelos e acariciei suas costas até ela terminar. Quando se colocou de pé eu ajudei a se limpar e ajeitei o banheiro também. – Desculpa, amor. – ela disse e eu abracei, ela pede desculpa por estar com sintomas da coisa mais linda que já aconteceu na minha vida?

- Não se desculpe, minha rainha. Enjoos matinais, normal da gravidez, e eu quero passar tudo isso ao seu lado, não me importo com isso. – ela sorriu no meu pescoço. – E pelas minhas pesquisas, enjoos matinais significam uma gravidez mais saudável. Então, de certa forma, fico feliz que tenha vomitado. – eu disse sorrindo e ela me bateu.

- Eca, Freen. – ela disse gargalhando. – Vou subir pra escovar os dentes novamente. –  disse e eu assenti. Quando ela subiu eu peguei o celular pra ligar Marie. Ela atendeu no terceiro toque.

- Oi, minha querida. – Marie é sempre um amor comigo.

- Oi Marie, queria saber o que é bom pra amenizar enjoos matinais. – eu disse e ela sorriu, me deu várias instruções e nos chamou pra almoçar lá, disse que ia fazer uma comida leve para os seus netos, ela é um amor, eu concordei e me despedi dela.

- Com quem você estava falando? – Becky perguntou descendo as escadas.

- Com a Marie, ela nos chamou pra almoçar lá e mandou eu fazer um chazinho pra você. – eu disse e ela sorriu de forma doce.

- Você é uma gracinha de mãe, sabia. – ela disse enlaçando meu pescoço.

- Sou? – perguntei e eu sabia que estava sem graça.

- Sim, a mais bonitinha e mais fofa. – ela disse beijando todo meu rosto enquanto eu caia na gargalhada e o pequeno filhote latia ao nosso redor. Nós resolvemos ir logo pra casa do meu pai, então alguns minutos depois já estávamos indo, e o cachorro sem nome estava com a gente, até que eu tive uma ideia.

- Amor? – chamei enquanto dirigia.

- Oi. – ela tinha o tom doce, apaixonante.

- O que acha de Freen Junior? – eu perguntei e ela começou a gargalhar alto até limpar as lágrimas dos cantos dos olhos.

- Nenhum dos meus filhos vai se chamar Freen Junior, pense em outros nomes, amor. –  disse fazendo carinho no meu rosto e eu dei de ombros.

.......... 

Freen Junior, que nome hein! Rsrs

A Minha Amiga - FreenBeckyWhere stories live. Discover now