Lindamente Vazios - Parte I

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N/A: Olá queridos leitores! Como eu avisei, o capítulo demorou para sair, mas espero que a demora valha a pena para vocês, pois este conto aqui ficou bem interessante... 

Têm muitos momentos fofos do nosso casal favorito para suspirar haha :P Para variar, ficou gigante, então dividi o conto em duas partes para não cansar muito rs.

Saiu diferentes do que eu planejei e gostei muito do resultado, ainda mais por abordar questões complicadas a respeito dos jovens da metade dos anos 80, período que os nossos queridos Karas cresceram. Boa leitura :)

Contos após A Droga da Obediência e antes de Pântano de Sangue.

A biblioteca estava muito agitada naquela manhã de segunda-feira, onde metade da universidade estava presente entre as prateleiras, mesas e computadores

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A biblioteca estava muito agitada naquela manhã de segunda-feira, onde metade da universidade estava presente entre as prateleiras, mesas e computadores. A bibliotecária brigava com os alunos no inglês, francês e até no espanhol, o máximo que os seus conhecimentos das duas últimas línguas permitia. Era o período de provas finais, entregas e apresentações de trabalho e os nervos dos universitários estavam à flor da pele.

Em um canto afastado usando um dos computadores, Crânio terminava de escrever a tese de mestrado lutando contra o sono e o cansaço. Não teve fim de semana e havia dormido muito pouco nos últimos dias, mergulhado como estava nas pesquisas, anotações e pilhas e mais pilhas de livros que abarrotavam o dormitório do garoto, para o desprazer dos colegas de quarto.

Ao seu lado esquerdo, um grupo de estudantes de biomedicina cochichavam e discutiam o trabalho do semestre, pouco interessados no que acontecia à volta deles. O rapaz parou de digitar para flexionar os dedos cansados e de forma discreta, passou a observar o grupo ao lado.

No meio da turma, havia uma garota muito concentrada nas próprias anotações para se meter no meio da discussão dos colegas. Porém o que lhe chamou a atenção foi o fato de que a moça, se não fosse pela cor do cabelo e o formato do rosto, poderia facilmente se passar por sua Magrí. Aquela semelhança acertou em cheio o peito de Crânio, e ele se lembrou de como precisava ligar para ela o quanto antes, porque fazia mais de uma semana que não trocavam uma palavra, nem por e-mail.

Ainda estava pensando em quando teria um tempo livre para fazer uma ligação internacional sem ser interrompido, quando ouviu de novo dois garotos da turma ao lado dele conversarem e rirem. Um deles, um rapaz de feições orientais, dizia para o companheiro:

— I think we should go to the arcade tonight. C'mon, I can't stand staying another night studying... (Eu acho que nós deveríamos ir para o fliperama hoje à noite. Vamos lá, eu não aguento mais passar outra noite estudando!)

— How old are you? This is for kids, you moron! (Quantos anos você tem? Isso é para crianças, seu imbecil!)

O rapaz japonesinho parecia muito ofendido. Crânio escondeu o riso.

— I don't give a damn, all right? I will go by myself then. I don't need your company. (Eu não estou nem aí, ok? Eu vou sozinho então, eu não preciso da sua companhia).

Canção Vintage (Crânio & Magrí - Os Karas)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora